19.9.11

Resenha: Diários do Vampiro (O confronto) - L.J Smith



Editora: Galera Record
Autor: L.J Smith
Ano: 1991, reedição em 2010
Título Original: The Struggle

Era fim de dia na Bienal e lá fui eu para o estande da Galera para comprar os livros da Lauren Kate, como já estava mesmo no fim do dia, não tinha sobrado muito dinheiro e acabei comprando a continuação do primeiro volume de Diários de um vampiro, que eu tinha lido fazia um tempo e nunca tive coragem de comprar o segundo.

Não posso dizer que foi uma decepção, até porque não esperava muito de um livro que faz parte de uma série de quatro livros e todos são bem pequenininhos, ou seja, sabia que a autora não ia mostrar coisas a mais por aqui. Na verdade, em O Confronto ela mostrou muita coisa, pro fim, mas não é nada que seja surpreendente para a série.
–– Preciso voltar pra lá assim que estiver seca –– disse Elena. Seu cérebro trabalhava novamente e uma coisa era clara: ela não vira Stefan por lá; tudo havia sido um sonho. Stefan ainda estava desaparecido.
No segundo livro de Diários do Vampiro, Elena está procurando Stefan, ao mesmo tempo em que tem de defendê-lo para o resto de Fell's Church e ao mesmo tempo em que aguenta as ameaças de Damon, o imortal, também imortal do seu namorado vampiro. E, acreditando eu que este não seja um grande spoiler já que a garota encontra Stefan no segundo capítulo, o imortal é salvo por Elena. Mas as coisas não acabam por aí, ela encontra o namorado e ele está fraco, o que ela faz? Acaba dando sangue para Stefan, que não bebe sangue humano. As coisas ficam bem mal explicadas no livro e absolutamente nada mais acontece após a descoberta do paradeiro de Stefan.
–– Desculpe, Matt –– disse ela ––, pelo modo como agi lá em casa mais, e... por... –– Ela se atrapalhou por um minuto e desistiu. Por tudo, pensou desolada.
–– Bom, peço desculpas por ter assustado vocês. –– Ele se virou animado para fitá-la, como se isso resolvesse a questão. –– Agora podem, por favor, me dizer o que acham que estão fazendo?
Uma enrolação digna de Lua Nova e Crescendo começa e bilhetinhos estranhos com partes do diário roubado de Elena começam a aparecer no mural da escola e ela começa a suspeitar de quem tenha feito isso. Ao mesmo tempo em que chega um professor à cidade chamado Alaric Saltzman (presente na série de TV) e a protagonista sabe que há algo de errado por trás daquele sorriso e simpatia que conquista as garotas e aos garotos de sua escola. Quis adiantar o máximo possível do que posso contar e... A verdade é que não sei bem como escrever a sinopse deste livro.
–– Não é o suficiente. Você ainda está fraco...
–– É o bastante para você. –– Ele a empurrou de novo e viu algo semelhante ao desespero cintilar naqueles olhos verdes. –– Elena, se eu tomar mais, você começará a se transformar. E se você não se afastar, não se afastar de mim agora...
Tantas coisas acontecem e ao mesmo tempo NÃO acontecem! Bem, o que quero dizer é que enquanto tudo aquilo que a chegada de Alaric à cidade, creio eu que não representa nada nos próximos e livros, nenhum conflito é adiado, nada de mais acontece além disso. Claro, além das ameaçadas e flertes contínuos de Damon e Elena. A verdade é que O confronto é uma boa continuação e um bom livro. Porém, o enredo do início aos últimos capítulos é muito enrolado e o final fantasioso demais. Ao mesmo tempo em que é uma boa leitura, que nos traz apenas diversão e não algum conceito a mais sobre L.J Smith ou sobre a série. Espero muito mais nos próximos e, com certeza, vou procurar na sinopse do terceiro sobre o que diabos acontece no fim.
Alguém apareceu nos fundo do refeitório e entoou: "Tira! Tira!". Outras vozes se juntaram a ele.
–– Ninguém vai parar a garota? –– Bonnie fumegava.
Talvez eu não tenha gostado mais porque não tenho o A Fúria em mãos para logo descobrir o que vai acontecer, mas o suspense não vai me deixar mais demorar tanto para ler a continuação. Bem, vamos ao menos resumir a minha percepção. Bem feito, mas enrolado. Com bom enredo, mas pouco bem amarrado e planejado. Há pouca coisa acontecendo em algumas páginas muitas coisas acontecem de uma vez só, confundindo-me e aos leitores por completo.

A diagramação da Galera Record é mediana, em muitas horas os travessões estão manchados e a tipologia (fonte) nos faz pensar que o livro foi datilografado em uma máquina de escrever. O início dos capítulos, a chamada capitulação, é bem charmosa e simples e eu adoro esse tamanho de livro para você ler e ter conhecimento de que está andando, diferentemente destes livros que são feitos hoje em dia com altura máxima e letra pequena demais. Em certo ponto, me satisfez bastante. Principalmente pelas capas amarelas e pelo charme simples da editora. Para mim, faltou um pouco mais de explicação e VERDADE na sinopse do livro, o que ela nos faz acreditar é totalmente contrário ao que acontece no livro. As capas são absurdamente lindas, mesmo rosto do vampirinho neste não coincidir de tamanho com o do primeiro.
Naquela noite, ela ficou deitada na capa por muito tempo, olhando o teto, incapaz de dormir. Ficava se lembrando de Vickie sonhadoramente fazendo um striptease no refeitório. O que havia de errado com aquela menina? Ela se lembraria de perguntar a Stefan da próxima vez que o visse.
Bem, o que falar dos personagens? Elena se mostrou menos fútil neste livro. Aquela coisa de fazer pacto de sangue com as amigas para conseguir um garoto é obsessivo e sinistro. Damon, meu personagem favorito da TV e dos livros está sarcástico e ao mesmo tempo romântico sua reação no fim sobre o que acontece... É surpreendente, achando o leitor que foi ele quem provocou aquilo. Ponto negativo para o Stefan, ele está cada vez mais amargurado, tão sem sal quanto o personagem da TV interpretado pelo Paul Weasley. Destaque para Bonnie, mesmo achando que sua veia mágica deveria ser mais explorada e ponto negativo para Robert, Meredith, Margaret... Que causam uma confusão de nomes na minha cabeça!

Pode ler sem medo, mas não vá esperando que este seja o grande best-seller da década, é um bom YA, como qualquer bom YA, não é fantástico (em termo de ser legal e não sobre o que contém no enredo ser criatuas fantásticas), mas também não é perda de tempo. Espero ansioso para A fúria, com mais explicações, número maior de páginas e menos enrolação nas primeiras páginas do livro. Se L.J estivesse escrevendo ainda a série e eu pudesse lhe dar uma dica, diria para que continuasse o seguinte na mesma de onde parou o anterior, quando um livro termina em uma cena de suspense e no próximo a cena é diferente, eu noto um terrível erro de continuidade, o que acaba confundindo a cabeça do leitor, mais uma vez. Não costumo mais sinalizar os quotes, mas este, é o meu momento favorito do livo. Delena forever!
Na extremidade do salão, duas portas imensas giraram para dentro. Uma figura apareceu entre elas. Andou na direção de Elena e ela viu que era um jovem vestido de roupas renascentistas, camisa leve e colete debruado de peles.
Stefan! Ela partiu na direção dele com ansiedade, sentindo o peso do vestido balançar na cintura. Mas paralisou ao se aproximar, puxando o ar subitamente. Era Damon.
Ele continuou andando na direção dela, confiante, despreocupado. Ele sorria, e tinha uma expressão desafiadora. Alcançando-a, ele pôs a mão no coração e se curvou. Depois estendeu a mão para ela como se a desafiasse a segurá-la.
–– Gosta de dançar? –– disse ele. Sem mover os lábios. A voz estava na mente de Elena.
4/5 

2 comentários:

  1. Muito boa resenha! Eu adorei este livro, achei um dos melhores da série, e para quem gosta da escrita da L.J. Smith e da história, A Fúria é tão bom quanto O Confronto. A diagramação para mim, é indiferente. Eu gosto muito dos livros da Record, então nem me prendo muito à isso.
    Enfim, vale a pena seguir a série.
    Abraço!

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  2. A saga desse livro é maravilhosa!
    Gosto muito da leitura...
    Bjss *-*
    http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/

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