A jovem Katniss Everdeen sobreviveu aos mortais Hunger Games não apenas uma, mas duas vezes, e mesmo assim ela não tem descanso. Na verdade, os perigos parecem estar se agravando: o Presidente Snow declarou guerra contra Katniss, sua família, seus amigos, e todas as pessoas oprimidas do Distrito 12.
Essa resenha, até agora, está sendo uma das mais difíceis para escrever, portanto me deem o crédito se eu eventualmente perder o fio da meada ou não ser muito claro em argumentos. Essa dificuldade de expressão deve-se à quantidade de emoções que sentimos e acontecimentos que presenciamos nesse último livro da saga Jogos Vorazes. Depois do primeiro livro, genial, e o segundo que me decepcionou, o terceiro chega para tentar consertar isso e, bem, acho que ele conseguiu.
Algo muito admirável (ou não) é que Suzanne leva a guerra muito bem, sabendo fazê-la perdurar de forma convincente e bastante presente nas páginas do livro.Além de tudo, ela têm uma incrível capacidade de contrariar tudo o que você um dia suspeitou que fosse acontecer. Da metade pro fim do livro, a única coisa que conseguia fazer é ficar de boca aberta com o rumo com que as coisas tomavam. Você estava lendo um capítulo e de repente, bum, algo acontece, o capítulo termina com palavras rápidas da personagem principal e você fica tipo: "Isso está realmente acontecendo?"
Apesar das qualidades enormes da escrita e das ideias da autora, notei uma pequena deficiência no começo. Demorei um pouco pra pegar no livro de verdade, o que mudou no decorrer das páginas, onde a única conseguia era ficar preso da história de Collins. Estava tudo ótimo pra mim do meio para as últimas páginas, eu sabia que mortes seriam inevitáveis e não as senti muito. Claro, fiquei triste por alguns mas nada que beirasse o inconformismo, pois nenhum dos meus preferidos morreu (não é spoiler já que vocês não sabem quem são, haha).
É justamente essa vontade de surpreender da autora que faz com que o final do livro fique um pouco "Blée", não sei se foi o ritmo incrivelmente rápido das coisas irem acontecendo, algumas de extrema importância tiveram muito pouco espaço na história ou a resolução que inutilizada o conflito principal, tão repetido pela Katniss no segundo livro, algo que contribuiu muito para que ele fosse um porre. Mas claro, é impossível se agradar a todos, e apesar do fim desagradável, ainda aprecio toda a genialidade da coisa e o modo como Jogos Vorazes me faz ficar pensando na possibilidade de tudo realmente acontecer. Mesmo tendo outras séries distópicas por aí que até me agradaram mais do que esta, nunca irei esquecer da autenticidade e do universo único criado aqui.
Conclusão da série: Jogos Vorazes tem os seus méritos, um enredo brilhante, rápido e cruel. Em Chamas é mais devagar, concentra-se mais na situação política da rebelião. A Esperança mostra o desfecho de tudo, com coisas que podem agradar e desagradar, como em todo o final de saga. Recheados de pontos fortes e fracos, os livros forma um conjunto incrível que merece e precisa ser lido. Cheio de poder revolucionário implícito em um enredo claro e fácil, com uma reprodução quase que exata da natureza humana, em dadas cirscutâncias. Tá esperando o quê pra começar a ler? Sem dúvida, vai ficar na lista para uma futura releitura!
Não sei se são os casulos, ou o medo, ou [...], mas sinto a arena ao meu redor. É como seu jamais houvesse saído dela, na realidade.
Editora: Rocco
Autora: Suzanne Collins
Série: Jogos Vorazes - Livro Três (Final)
Título original: Mockingjay
Páginas: 424
Nota: 4 de 5
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