11.3.15

Resenha: Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo - Benjamin Alire Sáenz

Aristóteles é um garoto solitário, sem amigos e com uma família meio problemática. O irmão foi preso há anos e, para os pais, é como se ele estivesse morto. O pai ainda sofre com as marcas geradas pela guerra, embora não conte a ninguém sobre. E a mãe, talvez seja o relacionamento mais "normal" que Aristóteles tem dentro de casa. Até que, num verão, ao frequentar uma piscina pública, ele acaba conhecendo Dante, um garoto da mesma idade. Os dois se aproximam quando Dante ensina Ari a nadar e, embora muito diferentes um do outro, o verão que passam juntos acaba fazendo com que os dois criem uma ligação muito forte, redefinindo e questionando conceitos do passado, e tentando descobrir os tais "Segredos do Universo".

Eu acompanhei todo o buzz gerado em cima deste livro. Teve uma época, no ano passado, em que todos falavam de Aristóteles e Dante e eu, imediatamente, me vi interessado em ler, embora não tenha procurado saber sobre o assunto. Demorei para pegar o livro porque percebi que tenho uma tendência a ler livros famosos depois da comoção inicial, e com esse não foi diferente. E fico grato por isso. Porque, mesmo que tenha lido muita coisa boa sobre a obra, o esquecimento foi gradual até a época da minha leitura e isso me fez muito bem. Porque li sem muitas expectativas.

A propósito, 'Aristóteles e Dante' lembra muito livros adolescentes do gênero contemporâneo, como As Vantagens de ser Invisível e Quem é você, Alasca? porque todos estes possuem adolescentes atormentados e em fase de auto-descoberta como protagonistas e isso não é nem um pouco ruim. Eu amo esses livros e este detalhe em comum talvez seja o único, em relação a outros aspectos do livro. Benjamin criou uma trama envolvente, mas que ao mesmo tempo, se passa devagar. Eu li tudo sem pressa, sem vontade de acabar e o livro foi no mesmo ritmo. As coisas vão acontecendo de forma orgânica, dando mais tempo para o leitor processar e analisar.

Realidade. Uma das melhores características deste livro. É possível acreditar que Dante e Aristóteles são reais, mesmo que também tenham aspectos de personagens literários, o autor faz com que acreditemos nos personagens, na trama e nos desdobramentos que cria e isso é um feito e tanto. É possível não concordar com algumas das reações dos protagonistas a certos casos, mas também é muito fácil aceitar e compreender, justamente por esse fato de ele passar uma incrível realidade. 

Com poucos personagens e poucos assuntos em foco, Benjamin Alire tem espaço para poder trabalhar tudo com muito mérito . O conflito dos pais de Aristóteles além de ser bem interessante, tem o espaço necessário na obra, assim como a história com o seu irmão. Esse livro é uma obra recheada do mais puro romance e de uma delicadeza extrema. Trata de determinados assuntos com muita cautela e sempre com boa execução. Ao ler a última página, nos sentimos como se realmente tivéssemos atravessado uma jornada junto com os protagonistas em busca dos Segredos do Universo e, com aquele desfecho, o sentimento é de que nós finalmente os descobrimos. 

5 de 5

2.3.15

Cinema: A adaptação de "Cinquenta Tons de Cinza"

No último mês, não se falou de outra coisa, aliás, desde que essa adaptação foi anunciada, um burburinho se criou. Quem seria o Grey? Quem seria Anastasia? Como eles colocariam as cenas picantes no cinema? Existia muita curiosidade e ansiedade para que o livro fosse adaptado para as telonas e, depois de um tempo, ocorreu a estreia do filme de Cinquenta Tons de Cinza, mostrando que tem tudo para ser mais uma das franquias inspiradas em livros de maior sucesso, sendo a maior estreia de um filme em fevereiro em toda a história do cinema americano.

Mas saiamos dos números e vamos falar do filme. Pra quem não sabe, Cinquenta Tons de Cinza gira em torno da desajeitada srta. Anastasia Steele, estudante do último ano de literatura inglesa na faculdade. O livro começa quando a melhor amiga de Ana, que estuda jornalismo na faculdade, está doente demais para fazer uma entrevista. Anastasia acaba indo no lugar da amiga enferma totalmente no escuro, sem fazer muito ideia de quem seria a pessoa que estava prestes a falar. O objeto da entrevista, por sua vez, é um personagem que, à primeira vista, chama atenção aos seus olhos e é bastante peculiar. Seu nome, Christian Grey.

Christian é o CEO da Grey Enterprises. Resumindo, ele é podre de rico e bastante intimidador também. Durante sua entrevista, Anastasia quase morre de nervoso e só faz demonstrar a sua falta de habilidade em lidar com outras pessoas, principalmente pessoas como Grey. Apesar do começo constrangedor, a personalidade quase intrusiva de Christian faz com que eles se encontrem novamente em algumas outras ocasiões (e Ana aos poucos vai percebendo que ela fica muito feliz com isso) e deem início a um relacionamento. Até então, nada de diferente, não é mesmo? Acontece que Christian Grey não é apenas um cara super poderoso e intimidador, ele tem alguns hábitos e, junto com Ana, descobriremos quais são.

Cinquenta Tons de Cinza é um filme bem fiel ao livro. Muitas cenas mantiveram-se intactas à obra de E. L. James. Que pena (risos). Porque, ao dizer que o filme ficou igual ao livro, tenho que dizer que o filme tem a mesma construção pobre de enredo e personagens, e a mesma habilidade de preencher espaço com cenas irrelevantes, sendo as do filme um pouco melhor, porque eles colocaram mais cenas de amorzinho entre o Grey e Anastasia, focando-se mais no relacionamento em si. No livro, essas cenas fillers foram em sua maioria cenas de sexo, que não significavam muita coisa além do desejo de encher as páginas e fazer jus à temática erótica. Em relação à adaptação, o livro está um pouco inferior quanto à trama, e a rapidez dos acontecimentos, mas como disse, os dois são muito parecidos, então não há muita melhora.

Os atores, por sua vez, me pareceram no ponto dos personagens. Dakota Johnson no papel de Anastasia é quem mais merece elogios. Ela conseguiu captar a essência da personagem de uma forma que Kristen não conseguiu com Bella. Mostrou-se realmente a garota desajeitada, e até um pouco feia, que é descrita nos livros. O Grey ficou um pouco fora do tom. Jamie não pareceu estar completamente confortável no papel, e não passou a confiança necessária para interpretar o Christian. Os outros atores são quase que meros figurantes, já que as cenas são monopolizadas pelo casal principal, mas não vi nenhum destaque negativo. Desafio: Contar quantos segundos e quantas falas teve a cantora Rita Ora nesse filme!

Quando o filme terminou, saí do cinema com o mesmo gosto que tive ao terminar o livro. Começou muito bem, com aquela misteriosidade, que gera um interesse súbito. Mas aos poucos vai desdobrando-se de uma forma pouquíssimo favorável. Coisas desnecessárias acontecem e cenas que só servem para confundir o entendimento, deturpando o que até então achava ser o relacionamento de Christian e Ana, e a opinião desta segunda sobre o que Christian lhe mostrou. As cenas finais são uma coisa que até hoje não entendo e nunca esperei para ler o segundo para descobrir e também não farei com o próximo filme, espero. Assisti a este apenas com o desejo de ter a experiência filme x livro e, agora que já tive, não quero mais. Já posso partir para a próxima.

2,5 de 5
(1 ponto especial para a trilha sonora, que está de matar!)

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1.3.15

Resenha: Cidade do Fogo Celestial - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #6)

O capítulo final de Os Instrumentos Mortais finalmente chegou as minhas mãos depois da verdadeira saga de reler todos os livros da série antes de ler o último. Com a história fresquinha na mente, mal podia esperar para ver o que aconteceria com Clary, Jace, Sebastian e todo o mundo dos Caçadores de Sombras. Aproximando-se de um desfecho grandioso, Cidade do Fogo Celestial traz à tona tudo o que Cassandra Clare esteve preparando nos livros anteriores e o resultado não poderia ter sido mais espetacular.

Em busca de uma forma de deter o irmão demoníaco (cujo único objetivo é trazer o mundo as ruínas, pelo simples prazer de fazê-lo), Clary, junto de seus amigos, parte em uma expedição não-convencional em direção aos reinos infernais, onde Sebastian se encontra. Mas antes de tudo, precisamos ir ao começo do livro, as primeiras páginas, onde somos apresentados ao instituo de Los Angeles. Emma Carstairs e Julian Blackthorn e sua família estão sendo atacados pelas forças de Sebastian e seus Crepusculares, uma forma de ligação à próxima série de livros da autora com o mesmo tema. 

Mas não é só essa pontinha que é dada aos novos personagens, que vão ter uma boa participação nas páginas seguintes, porém, mesmo assim, achei bem desnecessário. Pra começar, a ideia de continuar explorando o mundo dos Caçadores de Sombras já soa sem inspiração e oportunista o bastante e nos fazer ler o começo da próxima história quase que obrigatoriamente, não me pareceram uma ideia justa e bem intencionada. Apesar de tudo, o livro consegue equilibrar bem esses novos personagens com os originais, que estão na maioria da trama tentando concluir sua jornada lá nos confins do Inferno.

Neste cenário incomum, temos as melhores e mais reveladoras cenas da série. Enquanto, um grupo x de personagens está sendo mantido refém neste mesmo lugar (o que também nos garante cenas incríveis), Clary, Jace, Simon, Isabelle  Alec - o grupo fadado a salvá-los - passam por diversas coisas que nos mostram pedaços destes personagens que até então não tinha sido muito aproveitados na história. A partir da metade e do estabelecimento desta missão infernal dos principais, o livro perde um pouco de ritmo e passa a se arrastar um pouco, embora revelações continuem a acontecer e experiências importantes (!) sejam feitas por eles.

Porém, todo o ritmo que fez um pouco de falta nesse meio do livro nos é dado no desfecho. Que, CARAMBA, é daqueles de simplesmente cair da cadeira! Épico, surpreendente e emocionante. As últimas páginas de Cidade do Fogo Celestial me trouxeram muitas emoções, além da tristeza por estar acabando. Este foi um dos poucos livros em que o final me agradou quase que completamente. Tudo ficou em seu lugar. Coisas ruins aconteceram, personagens bons morreram, mas tudo foi necessário e justificado.

Fazendo uma análise geral dos 6 livros, é interessantíssimo ver como os personagens evoluíram (juntamente com a escrita da Cassandra Clare). Clary, que começou como aquela mocinha indefesa, fracote que sempre tomava decisões questionáveis, tornou-se um símbolo de força e, por que não, boas decisões. Sempre escolhendo sacrificar-se pelas pessoas que ama, sempre sofrendo, mas nunca reclamando de forma pedante por isso. Isabelle e Alec cresceram muito na série e gostaria muito de que tivesse algum tipo de spin-off focado apenas nos dois e em sua família. Jace, embora continue com basicamente a mesma personalidade convencida e cheia de si, perdeu um pouco daquele egoísmo quando enfrentou alguns demônios do passado e passou a amar Clary. E Simon! Do amigo boboca da personagem principal, ao amigo vampiro boboca da personagem principal, à chave do enredo de um dos livros e uma participação enorme e necessária do último livro. Os Instrumentos Mortais definitivamente não seria tudo isso se não tivesse um personagem feito Simon. E preciso comentar o final dele? Apenas leia (e sofra).

Cassandra não matou por matar, nem escreveu por escrever. Criou uma gama imensa de personagens, principalmente neste último livro, o que foi uma atitude arriscada, mas se comprometeu em fechar tudo o que deveria ser fechado nesta série e criou um dos mais épicos e bem escritos finais para séries Young Adult dos últimos anos. Algumas cenas importantes aconteceram, mas não foram escritas, talvez o maior erro do livro, mas acredito que a autora tentou condensar a história o máximo que pôde, focando-se no que era mais importante, não que eu ache que essa tenha sido uma decisão inteligente. Mesmo que fique aborrecido por ter mais uma penca de livros para serem lançados, não posso dizer que não tenho vontade de ler, porque, apesar de tudo, Cassandra Clare nunca nos faz arrepender a leitura de um livro seu e tenho certeza de que continuará assim.

5 de 5

Resenhas da série:
6. Cidade do Fogo Celestial

(releitura)


Cinema: 1 filme por mês!


Estava lendo a lista de lançamentos deste ano no cinema e, e olha, só tem coisas boas e interessantes. Essa lista me deixou tão empolgado que resolvi criar uma meta para mim mesmo. A cada mês, vou pelo menos uma vez ao cinema para assistir a um lançamento de minha escolha e, claro, logo após, resenharei o livro aqui para mostrar a vocês a minha opinião!

Então, o desafio está lançado pra mim e pra você também, se quiser participar! O lançamento de fevereiro é Cinquenta Tons de Cinza.

22.2.15

Estou de volta!


Essa não é a primeira vez que volto com o blog depois de um grande período de recesso porém, este foi o maior tempo que passei fora do ar. Eu precisava dar uma pausa. Já não tinha mais tanto gosto em escrever por aqui porque parecia ter perdido o ritmo que tinha antes. Eu costumava ler muito, mas nos últimos meses, estive parado, no que parece ter sido a pior ressaca literária da minha vida. Não li muitos livros. Mas também não foi só esse o motivo de ter fechado o blog. Eu não estava mais satisfeito com o formato que seguia, parecia tudo muito enferrujado, muito robótico. Sempre sabia que depois de ler um livro, ver um filme ou terminar a temporada de alguma série, teria que fazer a resenha, e essa constatação não mais me trazia felicidade. Apenas fadiga.

Então, foi bom ter esse tempo para pensar e sentir saudades de estar por aqui. Ao mesmo tempo em que tenho medo, pois se consegui fluir tão bem nessas postagens que fiz com o blog off, temo que quando ele fique aberto novamente, volte a sentir aquela obrigação. E nunca precisei dela para ser ativo por aqui. Na verdade, escrevia muito mais quando encarava tudo mais como uma diversão. E é assim que pretendo (voltar) a ser daqui pra frente. Não vou prometer nada, mesmo que tenha algumas ideias. Acredito que vocês tenham que continuar por aqui para descobrir o que pode vir a acontecer, pois também preciso da sua ajuda. Seguindo, comentando e dando a sua opinião que sempre foi o mais importante.

Espero que apreciem essa minha decisão e continuem no blog :) Até mais, pessoal!

21.2.15

Reli: Cidade das Almas Perdidas - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #5)



Em mais uma parte da aventura de Clary e os caçadores de sombras, a garota tenta achar um jeito de reencontrar Jace, desaparecido desde o final do último livro. E que está sob custódia de seu irmão frívolo, Sebastian. É mais que certo que Jace está sofrendo de maus tratos e passando poucas e boas nas mãos do menino Morgestern. Quando o encontra, é tomada por surpresa ao ver que Jace parece bem, muito melhor do que deveria estar, por sinal. Aparentemente, ele está confabulando com seu pior inimigo e a revelação deixa ela e seus amigos em frangalhos. 

Porém, nem tudo é o que parece. Clary descobre que Jace está ligado a Sebastian, de uma forma que quando um dos dois é ferido, o outro recebe a dor e a marca igualmente, porém, sendo Sebastian o "mestre" desta ligação, podendo controlar os pensamentos e vontades de Jace, para se adequarem às suas. Determinada a salvar Jace e encontrar um jeito de matar o seu irmão sem que seja preciso fazer o mesmo com seu amado, Clary se junta aos dois em uma viagem perigosa mas necessária quando tudo o que quer fazer é salvar as pessoas que ama. 

Eu amo este livro e o meu amor perdurou nesta segunda leitura. Cidade das Almas Perdidas é definitivamente o mais sombrio e sério de todos (pelo menos até Cidade do Fogo Celestial). Nele, nós temos a oportunidade de observar de perto os planos e ações de Sebastian e finalmente podemos ter a comprovação de que ele é um vilão muito mal-intencionado e mil vezes pior que o vilão do primeiro arco, seu pai, Valentim.

Sebastian é um personagem sem escrúpulos, que não deixa de surpreender por suas maldades e não possui uma gota de humanidade em si. Será mesmo? Digo isso porque, assim como Clary, somos tentados a questionar as suas intenções. Existe um motivo para ele fazer isso? Suas aparentes boas-intenções com Clary e a preocupação em ser um bom irmão e atender as suas vontades é verdadeira? É justamente esse foco em Sebastian e sua personalidade dúbia que se torna o trunfo do livro. Cassandra criou-o para ser daquele tipo que a gente odeia porque sua natureza é apenas fazer o mal, mas com esse foco em sua possível humanidade, é inevitável não se aproximar e criar afeição por Sebastian, embora ele continue sendo essa pessoa que no passado tomou atitudes absolutamente detestáveis.

Também temos alguma história acontecendo, mas os desvios de enredo tornam-se apenas plano de fundo para a trama de Clary x Jace x Sebastian. Temos o recém-formado grupo de integrantes do Submundo e Caçadores de Sombras, formado por Magnus, Alec, Isabelle e Simon que realizam uma das peripécias mais grandiosas de toda a série e fornecem alguns momentos engraçados.

A escrita de Cassandra Clare está muito evoluída, desde o primeiro livro da série. Aqui ela tem mais habilidade para capturar a tensão e deixá-la durar de forma envolvente durante das páginas do livro, além de cada vez mais enriquecer o universo dos Caçadores de Sombras, com sua mitologia fascinante. Cidade das Almas Perdidas é o clímax de toda a história, temos uma boa preparação de terreno para o desfecho, que promete ser grandioso e épico.

4,5 de 5

10.9.14

Reli: Cidade dos Anjos Caídos - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #4)




Faz pouquíssimo tempo desde que terminei Cidade dos Anjos Caídos e, mesmo tendo o lido em dezembro passado, essa releitura foi toda uma nova experiência. Percepções completamente diferentes das que detalhei na primeira resenha lá em 2013. Neste livro, nós temos a quase imediata quebra da situação inicial com o mistério das mortes de Caçadores de Sombras, juntamente com o comportamento estranho de Jace e Simon sendo procurado pelo vampiro chefe da cidade. 

Porém, ao mesmo tempo em que parece ter muita coisa acontecendo, é bem vagarosa a forma como a autora resolve desenrolar tudo isso. Entrelaçando os enredos entre si de uma forma que, sim, é admirável, ela amarra a trama de Cidade dos Anjos Caídos, entretendo-nos com dosagens muito baixas e esporádicas, acredito que um dos motivos para o livro ser um dos menores da série seja o fato de que não há muito desenvolvimento aqui, 

É como se ela tivesse instalado os assuntos que trataria no fim do livro e apenas no finzão mesmo se deu ao trabalho de resolver e, enquanto isso, ir enchendo linguiça com outras coisas. Não que eu não tenha gostado do destaque especial que Maia tenha ganhado, eu acho a história dela uma das mais fascinantes do universo da série, e também gosto muito dessa atmosfera creepy de filme de terror trash com toda aquela história da Igreja de Talto e tudo mais mas pareceu que foi porque a autora estava se segurando para não entregar o clímax muito rápido. Se ela tivesse colocado no papel de uma forma melhor, talvez o livro não evidenciasse tanto isso.

Acontecendo em pouquíssimo tempo, Cidade dos Anjos Caídos, por sua vez, tem um dos desfechos mais incríveis e que te fazem tombar da cadeira da série, se não o mais! Fica claro que quando idealizou tudo, Cassandra Clare queria levar as coisas para um outro nível e mostrar que a série tinha crescido e ela sabia aonde estava levando e, sinceramente, ela não decepciona nesse quesito. Eu lembro de ter ficado muito ansioso para ler o livro seguinte e mesmo estando um pouco saturado da série no momento, minha avidez por saber o final continua. Este volume me encantou da primeira vez e nesta segunda vez, mesmo depois de poucos meses, já foi lido sob um olhar quase completamente diferente. De qualquer forma, o meu amor por Os Instrumentos Mortais continua, assim como essa maratona, já estou partindo direto para o próximo! :)

3,5 de 5

30.8.14

Reli: Cidade de Vidro - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #3)


No terceiro volume de Os Instrumentos Mortais, Clary, Jace e o outros personagens da história devem se preparar para uma guerra iminente. Detentor dos Instrumentos Mortais, falta pouco para que Valentim consiga terminar o seu plano e cabe aos Caçadores de Sombras o impedir de faze-lo. Indo contra o desejo de Jace, Clary foge para a Cidade de Vidro em busca do antídoto para sua mãe e, quando as coisas complicam, ela se vê na cidade que muito provavelmente está prestes a se tornar o palco do conflito com Valentim.

Esse é o livro mais enérgico da série. Ele tem muita coisa acontecendo. De uma forma totalmente funcional e organizada, Cassandra Clare coloca muitos acontecimentos, recheando o enredo e deixando-o quase impossível de se largar. Ao termina-lo, é como se tivéssemos acabado de ler um livro que se passa em um ano inteiro, mas que, na verdade, é passado em semanas. Eu amo livros assim e, novamente, terminar Cidade de Vidro foi como terminar uma longa e prazerosa viagem.

Ainda com o conflito de Clary e Jace serem irmãos, ler tudo de novo, me fez lembrar da sensação desesperadora da primeira vez. E também, assim que os personagens novos apareceram, Sebastian, sendo um deles, já estava prestando mais atenção pois sabia da importância que teriam logo após. Dinamizando um pouco mais a história com mudanças de perspectiva, é possível notar o desenvolvimento na escrita de Cassandra Clare. Seu texto passa a ser mais coeso e organizado, além de continuar extremamente interessante.

Sua mitologia, com todo o pano de fundo político, que é muito aplicado neste livro, é uma das coisas que mais me encantam nesta história. O desfecho deste livro não é tão devagar quanto Cidade dos Ossos e tão surpreendente quanto Cidade das Cinzas. Contém o que teve de melhor nos outros livros. Gosto do final deste livro, mesmo que tenha deixado bastante pontas soltas (proposital ou não?) para os próximos livros. A primeira trilogia contém muita coisa boa, alguns erros, porém um aquecimento para o que está por vir para os próximos livros. Já estou lendo Cidade dos Anjos Caídos e não poderia estar mais ansioso para finalmente chegar ao tão esperado desfecho da série!

5 de 5

a

25.8.14

Gilmore Girls, 6ª temporada



E chegamos ao ponto crítico. Com uma ótima porém confusa 5ª temporada, um season finale muito do cliffhanger, eu esperava muito desta temporada. Primeiro porque ficou faltando dar uma melhor aproveitada no personagem do Logan e segundo porque, OMG, eu precisava saber o que iria acontecer. A gente tem uma Rory mudada, um primeiro episódio com Lorelai cheia de sangue nos olhos, ela e Rory sem se falar. E isso perdura por mais de cinco episódios.

Se no começo era interessante ver o quanto a relação delas estava mudada e no quanto de orgulho as duas têm, depois foi ficando cansativo. Eu não entendo porque Rory goste tanto do Logan, mas isso não é lá coisa pra se discutir. Sempre pode-se dizer que o amor é cego. Na verdade, o que mais incomoda é vê-la fazendo coisas que são totalmente contra o que ela era. Transformando-se em uma rica mimada, hipócrita, sem se preocupar com o futuro.

Uma raiva enorme da Rory foi me tomando e mesmo que eu já soubesse que no fim, as coisas não poderiam terminar assim, só torcia para que o jeito como tudo acontecesse fosse convincente e justo. Mais uma vez, ela toma uma penca de atitudes confusas. Mas então, não foi dado o que eu queria? Pelo menos ela voltou ao normal, não é mesmo? Algo que incomoda é os roteiristas terem adquirido uma mania muito insuportável de "resolver" as coisas mas deixar diversas coisas em aberto. Isso é muito irritante! Parece que nada nunca tem fim.

E ainda com aquilo do Logan parecer não ter mostrado totalmente a que veio, nós temos mais um monte de buracos no personagem. Uma hora ele é de um jeito, depois de outro. O roteiro ficou confuso, estranho. E, mesmo com a trama voltando "ao normal", ficou bem difícil aproveitar a volta das garotas Gilmore com todas essas perguntas. Esse foi o último ano dos Palladino no comando, acredito que tenha sido por isso. Parece que ela tentou fazer demais pra depois esquecer ou não ter cabeça pra escrever um desenvolvimento plausível.

A segunda metade da temporada também é bem irritante. Porque um plot aparece praticamente do nada, com um objetivo muito claro e clichê, que mais uma vez torna-se uma bola de neve para no fim explodir no PIOR SEASON FINALE DA SÉRIE até agora. Coisas desnecessárias aconteceram nos últimos episódio e no desfecho, parece que eles ficaram sem assunto e preencheram com outra coisa. Se não fosse a penúltima temporada, abandonaria com certeza. Já comecei a sétima e devo dizer que uma melhora muito grande é notável. A 6ª temporada é aquele estorvo pelo qual toda série tem que passar, só espero que a próxima sirva para tirar esse gosto ruim e terminar com chave de ouro. E que venha a series finale!

3 de 5

Modern Family, 2ª temporada



Mais uma temporada de Modern Family terminada. Será que consigo assistir tudo a tempo da temporada nova começar? Enfim, continuamos a acompanhar a família de Jay e suas situações mais do que hilárias. O que tenho a dizer sobre essa temporada é que ela foi boa. Eu assisti, novamente, os episódios muito rapidamente e foi uma delícia ver um atrás do outro. Porém, se for fazer uma comparação com a primeira, é possível notar um declínio.

O roteiro parece não estar tão eficaz quanto esteve no ano anterior e, consequentemente, as risadas não chegaram tão fácil  quanto chegavam antes. Os episódios eram engraçados, tinham acontecimentos divertidos mas a sagacidade humorística da série se foi. 

Por descuido, os personagens em determinados momentos foram se tornando caricatos e mesmo que esta série não tenha o compromisso de passar realidade, era crível imaginar os personagens como pessoas reais.

Essa temporada começou mal, os três primeiros episódios são descartáveis, sem argumento. Porém, entre esses ruins, nós temos alguns muito bons. Temos o do Halloween que é repleto de cenas hilárias e o ápice, que acontece no episódio do aniversário da Manny em que Gloria com o simples manejo de uma arma faz uma das cenas mais engraçadas da série. Mas depois daí, as coisas só começaram a decair. Os episódios com Mitchell e Cam são bem entediantes e só me arrancaram sorrisos amarelos. 

O que é algo decepcionante, já que na temporada anterior o casal de personagens não costumava fazer feio. A segunda temporada está cheia de altos e baixos, é um declínio de qualidade e, sinceramente, tudo o que eu queria era a genialidade e o humor de antes. Espero que isso seja resgatado na próxima temporada, espero mesmo. Porque, se continuar assim, sem chance de eu acompanhar até o fim. 

3,5 de 5

10.8.14

Reli: Cidade das Cinzas - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #2)


Cidade das CinzasNo segundo volume de Os Instrumentos Mortais, Clary está em busca da solução para o problema com sua mãe. Ao mesmo tempo em que ataques suspeitos a criaturas do Submundo andam ocorrendo e ninguém sabe quem os está executando. Este é o livro mais parado da série. E o mais chato também. Eu fiquei enrolando para começar a ler porque sabia que ele não seria bom. Havia uma pequena esperança de que, nessa segunda leitura, eu pudesse ver o livro com outros olhos (talvez tivesse sido apenas a época que eu li, que não fora propícia). Mas não. 

Eu não sei o que aconteceu. Mas neste livro, tá tudo ruim. O enredo tá ruim, a escrita tá chata e cansativa. Os acontecimentos não são nem um pouco empolgantes e o livro acaba por deixar explícito que ele é apenas uma ponte entre o primeiro e o segundo. Surpreendendo quem achou que seguiria a mesma rapidez de Cidade dos Ossos, um balde de água fria nos é jogado conforme lemos. Eu ia lendo sem um pingo animação, assim como da primeira vez e já tinha me conformado de que o livro era assim independente de quantas vezes o lia. 

Novos personagens são introduzidos. Como Maia e a Inquisidora. E até mesmo os pais de Alec e Isabelle. Maia tem a melhor história, contada logo quando ela aparece e a Inquisidora Herondale, além de ter uma importância enorme neste e nos outros livros tem uma cena que, de longe, é uma das melhores desse livro. Depois de um começo e meio frio, as coisas só começam a esquentar lá pela página (eu marquei) 258, quando Clary tem uma grande descoberta sobre si mesma. 

Se você for parar para pensar, o livro demora muito para engrenar, tendo em vista que ele tem apenas 400 páginas. Porém, uma vez que ele engrena, as coisas esquentam e o livro mantêm-se assim para um final mais organizado que o do primeiro e muito mais épico também. O que é aquela cena final? Meu Deus, de tirar o fôlego. Cidade das Cinzas é um livro mediano, entediante, mas que é preciso para que se possa ler o próximo. Ele, de fato, precisava ser escrito e publicado porque as coisas que acontecem aqui e posteriormente precisavam dessa introdução. Enfim, não é o meu favorito da série. Na verdade, o que menos gosto.

3 de 5

2.8.14

Gilmore Girls, 5ª temporada




Acho que depois da segunda temporada, essa é mais conturbada da série até agora. Pelo menos para Rory. Nós podemos acompanhar a sua mudança de personalidade, logo depois que conhece Logan e se familiariza com Yale. Sua relação também está bem estranha com Lorelai depois do que aconteceu com Dean na season finale. É possível que durante todo o tempo a mãe parece estar pisando em ovos quando fala com a filha.

Isso foi bem difícil de se ver porque, se tem uma coisa que encanta nessa série é o relacionamento incrível que Lorelai e Rory tem. Que vai muito além da relação mãe-filha. Mesmo que a Rory tenha me irritado em boa parte dos episódios e eu tenha sentido que faltou um pouco de pulso firme da Lorelai, entendo que o roteiristas tenham feito isso para poder destacar mais as suas semelhanças.

Não apenas o cabelo que, até o fim da temporada, fica bem parecido. Os erros de Rory são como os que Lorelai tomou no passado, sendo os da Rory um pouco tardios por, bem, ter sido uma adolescente praticamente perfeita. Confesso que esperava mais do Logan, sabendo de um spoiler sobre ele desde que comecei a série. Esperei que ele fosse tudo o que Dean e Jess não foram. Mas acontece que ele, em alguns pontos, é pior. Nós vivenciamos o melhor e o pior dele em cada episódio e isso tornou um pouco mais difícil de gostar e até mesmo me tornar familiar com ele. Espero que eles corrijam esse detalhe nas temporadas futuras. E, nesta temporada temos uma das cenas mais incríveis e fortes da série. Acontece no episódio Wedding Bell Blues logo no final, entre Lorelai e Emily. Eu cheguei a repetir algumas vezes de tão incrível que foi!

O season finale mais uma vez é bombástico. De cortar o coração e de se matar de raiva. Novamente, me deixou com uma vontade absurda de correr para ver a próxima temporada que é o que já estou fazendo. Essa temporada, mesmo tendo uma linha de história muito boa e de muitas coisas serem importantes para o amadurecimento da história, teve muitos altos e baixos. Justamente por não estabilizar a personalidade de Logan e, aparentemente, querer fazer com que torçamos para ele. Estou com Lorelai e não consigo gostar do garoto nem um pouco. Os personagens coadjuvantes também tiveram mudanças em suas histórias. Destaques para Sookie e Kirk que, por sua vez, participou bastante na série e claro, Sra. Kim e Lane que são as minhas favoritas. Sempre! <3 Acredito que esta temporada seja um mal necessário pois deixou a história mais densa. Falta aquela forma suave das primeiras temporadas para poder retratar essa mudança, mas a série continua sendo uma delícia de assistir. Recomendo!

4,5 de 5

1.8.14

Modern Family, 1ª temporada





Modern Family é uma série de TV de comédia que acompanha a vida da família de Jay. Com sua esposa mais nova e latina Gloria, seu enteado Manny. E seus filhos Mitchell e Claire, com suas famílias. O seriado, gravado peculiarmente como se fosse um reality show, mostra com muito humor situações normais de uma família que de normal não têm nada.

Eu simplesmente devorei essa série! Ela tem episódios de apenas 20 minutos e, como divide-se na maioria das vezes entre histórias com as três famílias e isso acaba por deixar os episódios muito dinâmicos. Algo também muito legal é a sagacidade que a série tem. Mesmo tendo um humor bem acessível, não rende-se ao pastelão, ou ao óbvio e acaba arrancando risadas em momentos muito espontâneos.

Eu gargalhei. E eu nunca tinha rido tanto vendo uma série. Os meus personagens favoritos, em termos de dar risada foram o Phil, o Cam e a Gloria que, por sua vez, é a minha personagem favorita em todos os aspectos. Seu sotaque latino e o jeito meio estereotipado e histérico é totalmente apaixonante. O jeito como ela lida com as coisas são sempre um bom atalho para rir bastante.

Os melhores desta temporada, definitivamente foram os da viagem ao Hawaii e do aniversário do Luke, mas tem ainda com aquele com a memorável cena em que o Cam se mata de chorar enquanto a Lily está chorando no quarto. Só de lembrar eu começo a rir! Modern Family é uma série leve que eu assistiria outra vez se não tivesse outras 4 temporadas para ver. Quando acabarem os episódios, vou rever com certeza. Estou bem ansioso para ver mais. Recomendo!

5 de 5

29.7.14

Reli: Cidade dos Ossos - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #1)


Este é o primeiro livro na minha peripécia em reler os livros da saga d'Os Instrumentos Mortais para finalmente ler o últmo, Cidade do Fogo Celestial. Primeiro de tudo, devo observar que a minha releitura de Cidade dos Ossos foi muito mais analítica do que da primeira vez. Mas, também, foi muito mais contagiante emocionalmente. Em grande parte por causa da nostalgia que senti em diversos momentos e também por, ao presenciar determinada cena, dar a devida importância a ela por saber o que ela se tornaria nos livros seguintes. Como minha primeira releitura de um livro "grande", esses foram os pontos positivos.

Cidade dos Ossos como a maioria já deve saber conta a história de Clary e sua descoberta de um mundo que seus olhos não enxergavam. A sinopse pode ser lida lá na minha primeira resenha do livro, cujo link está aqui. Ela é apresentada a Jace, Alec, Isabelle e diversos outros personagens do Mundo das Sombras, participando de uma corrida contra o tempo para poder salvar a sua mãe. Este livro, até agora, foi o que mais teve ação e mudanças de situação. De todos, ele é o que mais têm uma quantidade grande de acontecimentos. A cada capítulo, nós conhecemos uma nova face desse mundo peculiar que envolve Caçadores de Sombras, Idris, seres do Submundo e, novamente, foi o aspecto que mais me encantou no primeiro volume.

Com a escrita ainda pouco dilapidada, Cassandra acertou em colocar muita coisa acontecendo nestas páginas porém, se comparando aos outros livros é possível notar que aqui ela tratava com as coisas de forma mais crua. É muito bom perceber a linha de melhora que esses livros representam na escrita da autora. Mesmo com escorregadas aqui e ali, seu jeito de contar histórias foi melhorando cada vez mais. Sua habilidade de surpreender e criar uma tensão, claro, também é um trunfo. Tendo esquecido de algumas partes, cheguei a ficar surpreso e tenso com algumas partes do livro.

O livro se passa bem rápido mas se tem uma coisa que tiraria agora e antes é a parte em que os personagens estão em Renwick. Em ambas as vezes eu me senti entediado lendo esta parte, simplesmente porque ela é muito extensa e cansativa e não passa a tensão necessária. Principalmente se tratando do desfecho do livro. Cidade dos Ossos termina de uma maneira que meu deus do Céu. Cheio de promessas para Cidade das Cinzas, que eu não gostei muito, mas vai ser a minha próxima (re)leitura. Este continua sedo um livro que merece ser lido e essa viagem de volta ao mundo só me fez ficar mais apaixonado. Definitivamente, Os Instrumentos Mortais perdurará como uma das minhas grandes paixões literárias ainda por bastante tempo!

5 de 5 + <3

28.7.14

Maratona "Cidade Do Fogo Celestial": Relendo os 5 livros de "Os Instrumentos Mortais"

Então, aproveitando que Cidade do Fogo Celestial já foi lançado e estou evitando ao máximo ler o desfecho da série que mais amo nesse mundo e também porque quero refrescar a minha mente quanto ao enredo da saga, uma vez que li o primeiro livro há dois anos atrás, resolvi fazer essa maratona de leituras da saga Os Instrumentos Mortais, um atrás do outro, para relembrar e, por que não?, fazer uma análise mais profunda sobre os livros. 

Inicio aqui a maratona Cidade do Fogo Celestial, aguardem por novas resenhas dos livros da série e sintam-se à vontade para participar também.


Resenha Combo: As Crônicas de Bane #1, #2, #3

Então, mais uma vez estou de volta para fazer uma Resenha Combo que nada mais é que resenhas de livros pequenos que não teriam texto suficiente para preencher um post de resenha normal. Então essas são as resenhas dos três primeiros livros dos dez contos sobre Magnus Bane que a Cassandra Clare e as autoras Maureen Johnson e Sarah Rees Brennan estão escrevendo.

O que realmente aconteceu no Peru
Neste livro, nós vemos uma compilação de histórias de Magnus em diferentes momentos em que esteve no Peru. A cada fim de história, as autoras eliminam aquela ser a possibilidade de ele ter sido expulso do país, fato que logo nos é revelado. E isso, de certa forma, cria uma expectativa. Esse foi o livro que mais me causou estranhamento. A história demorou bastante para engatar (mesmo sendo bem curta) e foi bem difícil de me prender a ela. Magnus não se parecia em nada com o personagem que conheci em Instrumentos Mortais. Ficou parecendo que a Cassandra e a Sarah colocaram um punhado de acontecimentos e se esqueceram de tratar do protagonista. Magnus ficou caricato e superficial. Mesmo assim, eu li bem rápido e estava ansioso para começar o próximo. Tudo o que eu pensei neste livro foi que o problema estava na autora convidada e, lendo o próximo, essa ideia meio que se confirmou.

2,5 de 5

A Rainha Fugitiva
Essa foi a minha história favorita até agora. Pela visível melhora no problema com o personagem principal e também pela quantidade de referências históricas contidas aqui. Acontecendo no auge da Revolução Francesa, Magnus, fazendo um favor para uma de suas paixões, tem o dever de proteger a família real francesa que está em um refúgio, sendo tratada a pão-de-ló pelos rebeldes. Com uma participação mais que especial de Maria Antonieta, essa história tem o vigor das histórias de Cassandra Clare. Prende, mesmo com poucas páginas e cria uma linha de enredo em mais convincente. Definitivamente, ela funcionou muito melhor com Maureen do que com Sarah no confuso primeiro conto.

3 de 5


Imagine tamanha foi a minha supresa ao ver que Sarah estava presente neste livro outra vez (na verdade acabei descobrindo que as duas são as únicas autoras com quem Cassandra colaborará nas histórias de Magnus). Já comecei este livro com certa desconfiança. Retratando uma tentativa de assinatura dos Acordos entre Caçadores de Sombras e membros do Submundo, foi legal ver esse momento histórico sempre citados n'Os Instrumentos Mortais. Mas esse acontecimento fica em segundo plano já que esta história serve mesmo para introduzir o personagem de Camille Bellcourt e Edmund Herondale. Não me recordo do Edmund, ou ainda não li sobre ele, acredito que saberia se tivesse lido os outros livros de As Peças Infernais mas Camille é uma personagem que eu curto bastante e ver o início de seu relacionamento com o Magnus foi legal e bem retratado. Mesmo que eu seja team Malec para sempre <3! Não sei o que me espera nos próximos contos, acredito que agora teremos uma linha de história se seguindo nos contos seguintes, pelo menos é isso o que espero. Mesmo a dupla com Sarah tendo dado mais certo que na primeira vez, não houve uma progressão, mas este conto está na mesma altura de A Rainha Fugitiva, o meu favorito até agora, o que é bom. 

3 de 5

E aí, pessoal? Gostaram desta resenha? Acham que eu deveria fazer mais posts neste formato? Eu, particularmente, adoro fazê-los! Vocês já leram ou têm pretensão de ler As Crônicas de Bane? Contem-me nos comentários, vou adorar saber a opinião de vocês.

23.7.14

Skins (UK), 1ª temporada

Como uma pessoa cada vez mais aficionada por seriados, eu já tinha ouvido falar bastante de Skins que está nas indicações de 9 entre 10 pessoas que curtem séries. Depois de procrastinar por algum tempo (alguns anos, diga-se de passagem), aproveitei uma maratona de férias que estava rolando no Banco de Séries, praticamente o skoob das séries e finalmente comecei a ver. 

A série gira em torno de Tony e seus amigos Sid, Jal, Chris, Michelle, Cassie, Maxxie e Anwar. Um grupo de adolescentes festeiro que mora no Reino Unido. Cada um com suas particularidades e quantidade enorme de subtramas ganha um episódio com um enfoque especial. É muito boa a forma como o roteiro simples e coeso faz com que nos aproximemos de forma muito forte com esses personagens. Seja para defender e torcer ou para odiar profundamente.

Sinceramente, no começo eu não entendia como o "protagonista" poderia ser o Tony. Não que realmente há um personagem principal nesta primeira temporada, mas quem está presente na maioria das histórias e meio que leva o enredo, é sim, o Tony. Ele é tudo aquilo que eu desprezo, e acredito que muitas pessoas também. Mas enfim, relevei porque temos personagens incríveis como Cassie, Sid e Jal. A Michelle foi conquistando-me aos poucos, assim como o Maxxie. Todos eles fazem a série valer a pena. Só assim dá pra relevar o protagonista babacão que temos.

E, sim, também temos a Effy, irmã do Tony que é muito, muito amor <3. Skins não tem compromisso algum de passar alguma boa imagem para a juventude, pelo menos não explicitamente. Mostra tudo o que é politicamente incorreto, traz personagens que não são tão mocinhos assim e da mesma forma consegue criar apelo para quem está assistindo. Foi me conquistando aos poucos porque me adaptar a essa série foi como me adaptar a um amigo. E depois de acostumado, foi melhor ainda. Merece ser assistida e tem um desfecho completamente cliffhanger. Sorte a minha que a segunda temporada já está em mãos e devidamente iniciada.

5 de 5

Resenha: Inacreditáveis - Sara Shepard (Pretty Little Liars #4)

No fechamento do primeiro arco da série Pretty Little Liars, nós temos o enredo cada vez mais se fechando em torno dessas quatro garotas. Aria, Hanna, Emily e Spencer estão completamente sobrecarregadas com suas próprias vidas e as mensagens de A e, claro, ainda tem o mistério sobre o passado e a morte de Alison, a grande amiga delas e a antiga abelha rainha. Neste livro, o esperado é que algumas perguntas sejam respondidas, depois de um bom tempo no escuro e com cada vez mais pistas e alarmes falsos. 

Confesso que estava me mordendo de vontade de saber quem era A e o assassino de Ali no final do terceiro livro. Aquele desfecho me fez pensar que algo muito maior e mais conclusivo estaria presente neste livro. Mesmo que, enfim, nada muito conclusivo possa ser esperado já que nós temos mais, pelo menos, uma dezena de continuações por aí, algumas questões poderiam ser solucionadas. Pela bem da minha sanidade mental. As coisas começam frias, assim como todo livro de PLL até agora. Demora um pouco para as histórias intercaladas engrenarem e algo ruim neste livro é que na maioria do tempo as meninas estão juntas, então não é tão interessante acompanhá-las já que seus dramas e enredos pessoais não estão encarando muitos novos acontecimentos.

Como já é de costume da Sara Shepard, lá pra metade o livro começou a esquentar mas não chegou à temperatura máxima atingida nos livros anteriores e o pior de tudo é que eu nem sei na verdade a que se deve isso. Talvez seja porque eu não fiquei realmente surpreso ao ver como as coisas se desenrolavam. O jeito como a Sara encaminhou, desde o livro anterior, já se dava para ter uma ideia dos mistérios e isso foi bem chato. Uma parte de mim sempre esperou que eu desse com os burros n'água, mas isso não aconteceu. Pode ter sido só comigo, mas a revelação dos segredos me pareceu bem previsível e muito mal aproveitada. Porque, mesmo que eu já soubesse do mistério, o jeito dele ser solucionado poderia fazer toda a diferença. Infelizmente, a Sara fez aquilo lá e não ficou nada bom. A justificativa e as explicações não me convenceram nem um pouco.

As quatro personagens principais ganham pouco destaque individual e agem, na maioria do tempo, o grupo. O que me fez sentir falta da confusão que sempre dava quando cada uma dava seu jeito de lidar com o problema. Hanna talvez seja a que mais tenha sido aproveitada neste livro, dada as circunstâncias, o que foi bom, já que ela é a minha favorita. Mas não foi o suficiente, claro. O problema foi que a autora criou personagens cheias de segredos e diversas faces e as mostrou unilateralmente neste livro. Foi frustrante. O final do primeiro arco não foi nem um pouco bom pra mim, o que me surpreende, já que eu pensei que assim que terminasse ficaria morrendo de vontade de ler o próximo e nem sentiria os trocentos livros conforme fosse lendo, mas agora já não sei. Espero uma melhora nos próximos. Definitivamente, não foi o desfecho que a série merecia.

3,5 de 5

18.7.14

Filmes que assisti #1: Uma Linda Mulher + Vampire Academy: O Beijo das Sombras

Comecei a assistir esse filme pela televisão e depois de ter que sair e não poder ver o resto, fui atrás e continuei a ver pelo Netflix. Minha mãe sempre foi apaixonada por Uma Linda Mulher e todos os filmes que a Julie Roberts participa então sempre vi um pedacinho aqui e ali, mas nunca fui parar para ver. A verdade é que, esse filme já se tornou um clássico. A história, todos já conhecem, o empresário multi milionário que contrata uma prostituta para ser sua acompanhante durante uma semana. Mostrando ser um cliente não convencional, o cara acaba conquistando Vivian aos poucos e o romance dos dois, muito bem retratado na tela, fez com que eu me apaixonasse perdidamente pelo filme. Claro, também tem o fato do enredo super fácil de ser digerido, as cenas cômicas e as com drama passam a emoção certa. Não sei se é possível recomendar ele para vocês, mas caso alguém ainda não tenha assistido. Por favor, faça o mais rápido possível!

5 de 5

Eu já tinha começado a ver Vampire Academy lá em meados de abril, assim que terminei de ler o livro, por um link no YouTube já que é muito difícil achar o filme por aí na internet. Por alguma razão, eu não estava no clima para assistir. Talvez eu ainda estivesse na vibe do livro e a forma mais rápida e cômica do filme de contar a história tenha me repelido. Bem, aproveitando que já tinha me esquecido um pouco dos livros e estava com vontade de assistir algo leve e adolescente, fui direto assistir, já que também acabou de ser disponibilizado no Netflix. E, sim, o filme está bem legal! Contando a história de Rose e Lissa, duas adolescentes, uma é uma vampira e a outra é a sua guardiã, nós acompanhamos o mundo da Escola São Vladmir, a academia de treinamento para guardiões e vampiros. Eu gostei muito do estilo Gossip Girl / dramalhão adolescente do livro e gostei muito que eles afloraram muito mais isso no filme. Mesmo que o filme passe de forma bem corrida, o ritmo ficou bem legal, a forma que a Rose tira sarro de si mesma, da mitologia e tudo mais, foi um adicional! Os personagens estão sendo bem representados, os efeitos são esdrúxulos, mal feitos, mas creio que esse não é objetivo principal do filme. Acredito que ele queira divertir e foi isso que aconteceu. Daqueles que a gente assiste quando quer espairecer, dar algumas risadas... Talvez saia uma continuação, se continuar nesse estilo, vou gostar muito. Porque o mais legal é que eles fizeram algo que não fosse tão apelativo, caça-bilheterias, como alguns filmes do gênero. E devo mencionar também a trilha sonora. M.I.A, Iggy Azalea, Katy Perry, num filme só. Perfeita! É um filme legal, divertido, mas não se deve esperar mais que isso. 

3 de 5

15.7.14

Gilmore Girls, 4ª temporada

A cada temporada de Gilmore Girls só consigo ficar mais apaixonado pela série, seu universo e seus personagens. Desde o começo do ano assistindo a série pela primeira vez, desde a primeira temporada, já estou completamente familiar com a trama, praticamente vivendo em Stars Hollow. E mesmo já tendo passado tanto tempo por lá, estou bem longe de enjoar. Continuo assistindo às temporadas ininterruptamente, começando outra no mesmo dia em que terminei. Enfim, aqui estou para  a quarta temporada e já estou triste por saber que só faltam mais três para terminar.

É possível notar uma mudança na forma como a história é contada do começo para essa temporada. Os roteiristas optaram por dar um pouco mais de flexibilidade às tramas, o que torna a presença do humor muito mais habitual. As situações loucas em que os personagens se metem em cada personagem garantem boas risadas, o que não era muito comum antes, já que a gente costumava ver um lado mais "real" de tudo. Se na temporada passada nós tivemos um enfoque maior nos coadjuvantes e nas anteriores o foco estava todo nas protagonistas, na quarta temporada, o balanço parece ser a melhor escolha.

Se na season finale passada uma sensação de ciclo fechado tomou conta, nesta, dá para perceber que realmente é uma nova "era". Além das mudanças de dinâmica do enredo, nós também temos o amadurecimento das garotas Gilmore. Rory, ao finalmente entrar na faculdade, além de um corte de cabelo novo, ganha uma face muito mais adulta (apesar de cometer suas burradas, como sempre). Lorelai está às voltas de abrir sua pousada, o que é seu grande sonho e, particularmente, achei esse plot bem interessante e bem desenvolvido. 

O melhor de tudo em uma temporada é, ao final, notar a quantidade de mudanças da situação inicial e a temporada 4 definitivamente tem bastante coisa nova. A volta de Paris foi um grande alívio, porque ela era a melhor personagem da trama de Chilton, mesmo aquele plot desnecessário sendo dado a ela por metade da temporada. Também temos Lane a sra. Kim que finalmente têm seu status quo quebrado, rendendo uma das cenas mais lindas e emocionantes de todas as temporadas. O novo personagem, Jason, foi introduzido muto bem, era muito legal e não gostei de como decidiram terminar as coisas para ele.

De repente, ele era um idiota e achei muito sem motivo aquelas coisas acontecerem. Mesmo que ele fosse o empecilho para que o meu casal favorito acontecesse, não fica legal criar um personagem tão bom e legal e simplesmente largá-lo de mão desleixadamente. Essa foi uma temporada com episódios de qualidade mista, aqueles decisivos e os parados muito bem distribuídos, o que fez com que essa temporada tivesse a maior pontuação no Banco de Séries. A season finale superou todas as outras, tendo em vista que GG tinha uma deficiência com episódios finais (salvo o da terceira temporada <3). Essa temporada reconquistou o meu amor e avidez em assistir episódios perdida lá na segunda temporada, conquistada parcialmente na terceira. Estou muito ansioso para a quinta temporada, inclusive já comecei a assistir e morro de curiosidade para saber o que acontecerá no final da série. Mesmo desejando que mais episódios estivessem sendo feitos...

5 de 5

12.7.14

Resenha combo: Fala sério, mãe! + Fala sério, professor! + Fala sério, amor! - Thalita Rebouças

Tendo em vista que os livros da série Fala Sério! da Thalita Rebouças são bem pequenos e sem muitos detalhes a serem apontados em uma resenha de tamanho normal, resolvi fazer um combo com dois arcos. O primeiro, com os três primeiros livros e o segundo com os três livros restantes. Ainda não sei quando vou ler os próximos, mas prometo que será em breve.

Fala sério, mãe!

Esse foi o primeiro livro que li e, se não me engano, o primeiro escrito por Thalita na ordem da série. Começamos com a narrativa da Angela, a mãe da Maria de Lourdes, ou Malu. É um livro bem divertido, vai contando a vida de Malu do nascimento aos 22 anos, primeiro pela narrativa da mãe (que é engraçadíssima) e depois da filha. Confesso que fiquei do lado da mãe em muitas partes e ela foi a minha personagem preferida, simplesmente porque conseguiu me arrancar boas risadas. Mas depois de conhecer o lado da Malu, meio que dá pra relevar certas coisas que ela faz com a mãe. O final é bem bonitinho, chega a ser emocionante, até. É incrível a relação das duas, uma coisa muito bem criada e convincente mesmo com poucas páginas.

3,5 de 5

Fala sério, professor!

Mostrando a vida de Malu na mesma passagem de tempo (desta vez só na narrativa da adolescente), a gente fica sabendo sobre a sua relação com os professores, além de algumas coisas que acontecerem no período narrado no livro anterior, mas que ficaram de fora. Incluindo novamente a mãe, a melhor personagem na minha opinião, nós vemos todo o tipo de professor. Professor particular, de escola, de academia, de yoga, shiatsu e diversas outras situações novas, com as amigas de Malu e os colegas de classe. Confesso que me irritei um pouco com os personagens estereotipados que a Thalita criou aqui. É bem chato e preguiçoso usar a concepção geral para criar um personagem. Não gostei. Mas fora isso, o livro foi muito legal e novamente com um ótimo e conclusivo final.

3 de 5

Fala sério, amor!

O terceiro na linha cronológica de lançamento, Fala Sério, Amor! continua com o mesmo humor dos anteriores, com notáveis melhoras e amadurecimento, Thalita nos traz a mesma Malu de sempre, novamente contando um lado específico da sua linha de vida. Eu achei incrível! Este livro é o que mais evidencia o formato de crônicas, com títulos que por vezes são sequenciais. Também achei o mais engraçado de todos. Sem dúvida, Thalita teve que ter muita inspiração para criar os namorados. Porque não foram poucos! Devorei rapidamente. Recomendo e estou muito ansioso para ler os próximos.

4 de 5

Eu li cada um desses livros em tempos bem pequenos. O primeiro em um dia, o segundo em três horas e o último em uma noite e uma manhã. São livros muito bons para passar o tempo, mas também possuem o seu conteúdo. Com bastante humor, mostra uma linguagem muito boa que além de se conectar com o pessoal da minha idade, também é universal. Creio que dará certo para qualquer tipo de idade. Leiam os livros da Thalita!

8.7.14

Resenha: O Começo de Tudo - Robyn Schneider

O Começo de TudoEzra tinha uma vida perfeita. O garoto mais popular da escola, namorando a popular líder de torcida, um futuro promissor na cidade. Até que um acidente o tira do seu status quo. De volta à escola, Ezra percebe que não se encaixa mais em seu antigo grupo. O acidente o deixou com uma limitação na perna que o impede de ser o brilhante tenista da escola e tudo parece estar perdido até que ele encontra uma garota chamada Cassidy Thorpe. Uma novata na escola, Cassidy mostra a ele um mundo novo onde sempre esteve presente, mas seus olhos não viam. 

Essa é a proposta inicial do livo. É o que a curta sinopse conta (o que agradeço, porque a Novo Conceito costuma exagerar no tamanho destas) e é tudo o que temos, principalmente nas primeiras páginas. É incrível como nós nos apaixonamos pela Cassidy ao mesmo tempo em que o Ezra, a personalidade imprevisível e super nerd dela me encantou de uma forma! Ezra também é um personagem que criou um apelo comigo. É possível acompanhar a sua mudança de personalidade durante o livro.

Algo que faz do enredo é o mistério sobre Cassidy. Apaixonante, a personagem está rodeada de incertezas. E o mistério foi me consumindo até o clímax. Eu achei que a autora daria um desfecho previsível. E, mesmo que, no fim, eu tenha acertado aonde certas coisas iriam dar, me surpreendi totalmente com o que ela planejou para o desfecho. Foi uma coisa que não me passaria pela cabeça nem se eu pensasse muito, uma ideia incrível e que me deixou de boca aberta. 

O Começo de Tudo foi uma experiência boa. Inevitavelmente usando esta metáfora, mas uma montanha-russa de emoções. O livro mostra-se convincente de uma realidade que poderia acontecer com você ou com um amigo. Em algumas partes, eu senti certas semelhanças com os romances de John Green. Um toque de superficialismo que ficou pequeno diante da realidade que os personagens passam. Robyn começou de um jeito espelhando-se em outro autor e no final, foi mais individual e marcante do que poderia ser. Vale muito à pena ser lido!

5 de 5

7.7.14

Venham conhecer Kiesza e seu incrível EP "Hideaway"

Imagem retirada de:
http://idolmag.co.uk/sites/default/files/uploads/keisza.jpg
Então, uma manhã dessas de domingo estava vendo como de costume um programa da MTV só de clipes e me apareceu esse clipe incrivelmente peculiar, que parecia ter sido gravado em um take só, com uma coreografia muito f*da e uma música com batidas não muito usuais nos dias de hoje. E, claro, ainda tinha a voz notável da cantora. Fiquei apaixonado! Mas até então não me movimentei em ir procurar saber mais. Até que vi no domingo seguinte de novo e vi uma postagem no Facebook sobre a cantora, além de anúncios no YouTube. Era o destino! E, que bom que eu dei a ouvidos a ele. 

Kiesza lançou recentemente, aproveitando o buzz de "Hideaway", o EP de mesmo nome, com músicas com sonoridade parecida com o single, porém, cada uma com sua particularidade. Eu adorei o estilo dela! É uma delícia de se ouvir e não paro de ouvir um momento. O EP começa com Hideaway, a música que me fez ficar apaixonado pela Kiesza (nome engraçado, né?) (se quiser saber mais sobre a cantora, a história dela e tudo mais, cliquem aqui para acessar um post super útil do Papel pop). Com suas batidas oitentistas e sintetizadores e "uh" "oh", a música torna-se bem marcante e diferente. Difícil de enjoar!

Em seguida, nós temos Giant In My Heart que é mais música com uma vibe super anos 80. Tão boa quanto Hideaway, talvez até melhor, porque remete a essa época de uma forma mais nostálgica. Esses sintetizadores são o melhor da música dos anos 80 e estão fortemente presentes nessa música. Aquele "wow doo-doo-doo-dow" antes do refrão, é muito amor, gente <3 E em seguida nós temos duas baladinhas. So Deep é bem tristonha e com vocais cheios de eco, reforçando a lindeza que é a voz dessa mulher. É daquelas músicas soft que você quer ouvir de madrugada. Perfeitona. E em seguida nós temos a minha preferida do momento, What Is Love, que nada mais é que um cover de um clássico de uma década que vocês já devem ter adivinhado. É lindo, com uma nova roupagem e novamente a voz da Kiesza tá perfeita.



Fechando o post, deixo aqui a minha indicação para que ouçam essa cantora que chegou com uma proposta incrível e músicas refrescantes, mesmo que não seja algo totalmente novo. Vintage tá com tudo e certeza de que ela vai bombar em breve. Ela merece.

4.7.14

Assisti: Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (Hoje Eu Quero Voltar Sozinho) - Poster / Capa / CartazQuando eu assisti o curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, gostei bastante e me surpreendi. Indiquei para um monte de amigos e fiquei encantado com a história de Leonardo. Porém, existia um defeito na obra. Sua brevidade. Fiquei sabendo, um tempo depois que o curta estaria sendo adaptado e tamanha foi a minha felicidade. Não sabia muito bem o que esperar, se mudariam muita coisa, se os atores continuariam os mesmos, se a história seria tão encantadora e sutil como o curta do YouTube. Bem, acompanhem-me na resenha clicando abaixo.

3.7.14

Resenha: The Throne Of Fire - Rick Riordan (The Kane Chronicles #2) (O Trono de Fogo)

The Throne of FireNo sucessor de A Pirâmide Vermelha (leia a resenha aqui), nós temos a introdução dos personagens e da trama principal, assim como o seu primeiro avanço na batalha que, em O Trono de Fogo, ou The Throne of Fire, que foi a versão que li, complica-se mais ainda. Correndo contra o tempo para impedir que um grande mal se instale e o mundo entre em colapso, Carter e Sadie novamente saem em uma jornada à procura do que pode ser um trunfo na sua batalha contra as forças do Caos, que estão cada vez mais fortes. Clique abaixo para ler o que achei do livro!

30.6.14

Gilmore Girls, 3ª temporada

Cá estou eu em mais uma resenha desta série linda que é Gilmore Girls. Nesta terceira temporada, nós temos, obviamente, o desenrolar do que foi plantado na season finale da temporada passada. E, bem, digamos que as coisas ficaram bem quentes no último episódio da temporada 2. Eu esperava muitas coisas, ao mesmo tempo em que não sabia ao certo o que esperar. Os primeiros episódios são, sim, muito bons!

Com certeza, dão um banho nos primeiros da segunda temporada que, pra mim, foram um saco. Com poucos acontecimentos importantes até então, nós chegamos a They Shoot Gilmores, Don’t They, o primeiro episódio com uma digna reviravolta. Com seus momentos tristes e engraçados é um dos meus episódios favoritos e também tem seu mérito por ocorrer no momento perfeito, pelo menos na minha opinião.

Dado esse novo background e o plot do último ano escolar da Rory, nós passamos a ver mais os personagens coadjuvantes, o que foi muito bom. Se na temporada passada eu sentia falta da Sookie, neste ela foi muito bem aproveitada, inclusive presenteada com uma novidade incrível! Todas as vezes que ela e o Jackson estão juntos, é garantia de risadas. Emily e Richard também aparecem mais aqui, embora eles tenham tido bastante espaço antes. O episódio do flashback de Lorelai, na época em que ela ficou grávida da Rory foi um dos melhores.

Uma coisa que percebi foi o abandono do plot Shelley e Christopher. Sim, é um enredo que ninguém gosta de ver, porém, ficou meio estranho eles desaparecem do nada. O Christopher nem mesmo estava presentes naquele acontecimento importante da season finale, achei bem chato isso. O Kirk aparece mais também, e eu ri bastante com ele, mesmo que não simpatize muito com seu personagem.


E muito amor pelo digno aproveitamento da Lane e da sua mãe, Sra. Kim <3. As duas são engraçadíssimas e a minha cena favorita da temporada é quando a Lane está mostrando o papel da faculdade religiosa e diz “my life is over” sorrindo e depois sai correndo. Eu repeti umas três vezes essa parte!  Eu consegui simpatizar um pouco mais com o Jess e não sei que rumo ele tomará na próxima temporada, espero que não seja o mais provável. E nota dez para aquela season finale. Foi de chorar. Notavelmente, o fechamento de um ciclo. Começarei a ver a quarta temporada o mais rápido possível!

5 de 5

22.6.14

Resenha: Capitães da Areia - Jorge Amado

Capitães da AreiaCapitães da Areia conta a história de um grupo de garotos de rua, moradores de um trapiche na Bahia, que, para sobreviver vivem do roubo. Com um enfoque especial no líder do grupo, Pedro Bala, e em seus amigos, Sem Pernas, Professor, Volta Seca e Gato, Jorge Amado nos conduz nessa história peculiar, mostrando a vida nesses meninos criminosos e o que pode tê-los motivado para chegar até ali. Também acompanhamos em alguns momentos, a narrativa focando-se em pessoas que os ajudaram, com o padre João Pedro.

Esse livro é uma delícia. Confesso que o comecei com um pouco de falta de vontade, tinha pedido emprestado eras atrás e só agora o tive em mãos e já não estava tão animado assim. Acontece que a escrita surpreendentemente fácil de Jorge Amado me tomou de assalto, assim como o seu dom de contar boas histórias. Me envolveu totalmente. Fiquei absorto nesse mundo dos Capitães, assim como pela forma que ele retrata a Bahia, com bastante influência da cultura negra, do catolicismo que também era fortemente presente naquela época.

O dialeto dos meninos é bem peculiar e dão mais realidade aos personagens. E é essa realidade uma das coisas que mais me encantaram. Aos poucos, nós vamos descobrindo um pouco de cada um e acabamos por nos familiarizar e até mesmo justificar suas ações. Dá para ver que Jorge Amado teve uma preocupação de contar a história de um grupo, ao mesmo tempo em que dava um início, meio e fim para as subtramas dos personagens. Quando o número de páginas restante do livro já ia diminuindo, era possível notar os desfechos sendo empregados e isso foi muito bom porque deu tempo de fechar a história de todos. 

A Dora foi uma personagem que apareceu quando a história já tinha meio caminho andando, porém, essa facilidade de humanizar e criar apelo para personagens do autor fez com que sentisse bastante o que posteriormente vem a acontecer a ela. Quando terminei o livro, foi sensação de dever cumprido, por um livro que antes eu considerava "difícil" ter sido lido por completo e por descobrir que ele não era tão difícil assim. Na verdade, eu até me diverti lendo Capitães da Areia. É uma história realística, que captura muito bem a alma dessas crianças, seu medos, desejos, sonhos. Definitivamente, uma releitura futura. 

5 de 5