5.8.13

Resenha: Amor Infernal - Lisa Desrochers (Personal Demons #1)


Amor InfernalA vida de Frannie Cavanaugh nunca esteve tão movimentada - no último ano do ensino médio, precisa decidir para que universidade ir, acaba de se separar de Trevor e de abandonar a banda que ele lidera. Para complicar, os dois novos caras supergatos - Luc e Gabe - que surgiram do nada neste último ano da escola parecem ter por ela um interesse fora do normal. Amor angelical ou infernal? Movida por forças que buscam controlar suas emoções, Frannie se debate entre dois tipos de atração diametralmente opostos, mas igualmente irresistíveis. E, sem saber, numa feroz batalha entre Céu e Inferno pela possessão de sua alma.



Posso começar essa resenha com uma confissão? Esse livro foi recentemente resgatado da minha lista de abandonados, eu já o tinha lido até a página 250 e não tinha me animado a continuar. Algum tempo depois, mais animado (pero no mucho), comecei da primeira página e fui deixando o fluxo me levar. A curiosidade me trouxe até o final e aqui estou, fazendo a resenha do primeiro livro da trilogia Personal Demons, a qual eu vou querer finalizar.

O enredo corre um pouco arrastado pelas quase quinhentas páginas, dividindo a narrativa entre a protagonista Frannie e o demônio Luc - ou Lucifer -, que está no nosso plano para poder marcar a alma de Frannie para o inferno. Também temos Gabe - ou Gabriel -, que é um anjo e está aqui para levar a alma da protagonista para o lado do "bem". Confesso que a divisão de perspectivas foi um grande HELP para a história que ficaria muito irritante com apenas Frannie no comando.

Sim, a garota é insuportável! Junte a Bella do Crepúsculo, a Nora do Hush Hush e isso nem vai dar o nível de garotinha mimizenta no qual a Frannie se enquadra. Ela, por diversas vezes, para mostrar que se opunha a determinados assuntos fazia birra e chiliques que se estendem pela maioria dos capítulos da metade pro fim, uma atitude bem infantil para uma garota que já está no último ano de colegial. Também me pareceu um pouco forçado colocar o anjo Gabriel em pessoa para participar do livro, no começo, mas depois achei um pouco justificável e até corajoso mexer com um personagem bíblico tão importante da forma como a autora faz no livro.

A tradução foi algo que me incomodou bastante, em diversos momentos, senti que algumas coisas foiram traduzidas ao pé da letra, deixando o texto um pouco confuso e pobre. A mitologia por sua vez foi, ao meu ver, bem explicada, embora só vá fazer um sentido quando você chegar ao fim da leitura. Apesar dos pesares, a escrita da Lisa não é de todo ruim e o fim me instigou bastante para os próximos. Quero saber o que me espera em Pecado Original e mal posso esperar pra ler. Este livro é simples, mais para ser encarado como passatempo, pode ser um pouco difícil de se aguentar a personagem mala e tudo mais, porém vale pela criatividade e por ver personagens famosos sendo desconstruídos em um livro YA!

Editora: iD
Autora: Lisa Desrochers
Série: Personal Demons - Livro Um
Título original: Personal Demons
Páginas: 488
3,5 de 5

1.8.13

Resenha: A Culpa é das Estrelas - John Green



A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.


Eu evitei este livro por um tempo porque, afinal, ele tinha virado modinha em meados do ano passado. Sem contar que, ele não fazia o meu "estilo de leitura", então nem me interessei. Até que o peguei emprestado e me desafiei a ler. Mal sabia eu que estava pra testemunhar a leitura de um dos livros mais legais (senão o melhor) lido neste ano, até agora.

John Green conta com muita leveza a história de Hazel e Augustus, sendo o livro contado em primeira pessoa pela Hazel. Me admira a forma como ele montou esses dois personagens, mesmo sendo vítimas do câncer, os dois nunca perdiam a oportunidade de fazer uma piada sobre a doença ou qualquer outra coisa. Seu carisma nos ajuda a torcer pelos dois com mais avidez, conforme as páginas iam se passando, ia ficando com o coração na mal ao perceber que já estava extremamente envolvido com as suas histórias.

O enredo vai acontecendo rapidamente, de forma muito bem organizada em quase trezentas páginas, mostrando o desenvolvimento do relacionamento dos personagens principais, assim como a sua busca pelo autor de Aflição Imperial, um livro que ambos gostam e que tem um desfecho peculiar. A história se passou que eu nem senti e me envolver de forma muito, mas muito intensa.

Sim, assim como metade dos leitores deste livro, eu me emocionei com o final. Aí você pensa: "Ah, é normal chorar em livros!". Mas, não, pra mim não é. Até agora, só tinha ficado com olhos marejados e tudo mais. Porém, com este livro, eu chorei como se os personagens fossem reais. Estou com um pouco de vergonha por ter revelado isso, mas enfim, me julguem, é a verdade. Termino esta resenha com a impressão de que não fui muito eloquente e isto significa que gostei muito deste livro. Essa é uma ótima forma de começar o mês e espero que minhas leituras continue tão boas quanto essa. E nem preciso falar que este livro é ALTAMENTE RECOMENDADO!

Editora: Intrínseca
Autora: John Green
Série: Livro Único
Título original: The Fault in Our Stars
Páginas: 286
5 de 5 + FAVORITO