27.12.13

Lista: Os melhores livros de 2013!



Mais um ano chegando ao fim, nem parece, mas o Bobagens & Livros já fez 3 anos e esta é, por acaso, a terceira vez que estou fazendo esta lista que já se tornou tradição por aqui. Em 2013, a minha ressaca literária foi bem menor do que a de 2012, com um pico que se manifestou em novembro, quando não li nenhum livro e mesmo lendo pouco, consegui estabilizar com uma média de dois livros lidos no ano, o que é bem pouco, eu confesso, mas esse ano foi bem agitado pra mim :S. Então, vamos deixar de lenga-lenga e prosseguir com essa lista :)

O Terceiro Travesseiro#10
 O terceiro travesseiro - Nelson Luiz Carvalho

Esse livro foi uma ótima surpresa. Encontrei ele de forma aleatória, baixei e foi meio que interesse instantâneo. A temática, os personagens. Ele me assustou, me emocionou, me sensibilizou pelo fato de ser uma história verídica. Gostei muito! Link para a resenha.
 
 

#9
 A Esperança - Suzanne Collins (Jogos Vorazes #3 - Final)

Terminei a saga Jogos Vorazes com a sensação de que Suzanne Collins se perdeu no meio do caminho, com Em Chamas. Mesmo tendo uma adaptação maravilhosa, não podemos esquecer que o livro não foi tão feliz assim em termos de escrita e, se não fosse pelo cliffhanger e pelo fato de Jogos Vorazes ser um dos meus livros favoritos da vida, nunca teria chegado a esse. O final é meio traumático, com bastante violência. Mas digno, com certeza. Link para a resenha.

Finale#8
 Finale - Becca Fitzpatrick (Hush, Hush #4 - Final)

Finalmente (ou não), a minha saga favorita de anjos teve a sua conclusão. Depois de altos e baixos, Becca Fitzpatrick traz pra gente um desfecho um pouco corrido, cheio de informações, mas sem dúvida, muito satisfatório. Gostaria que o livro fosse mais enxuto, mais complexo, poxa, todos nós merecíamos isso, né Becca? Mas ele ficou bom do jeito que é, fechou com chave de ouro e me deixou órfão e morrendo de saudades do casal mais lindo do mundo YA-anjos (na minha opinião) <3 Link para resenha
 

Lola e o Garoto da Casa ao Lado #7
 Lola e o garoto da casa ao lado - Stephanie Perkins

Meu primeiro contato com Stephanie Perkins não poderia ser melhor. E também não poderia começar o ano melhor. Este livro foi um dos mais divertidos e despretensiosos que eu já li, na minha opinião, muito melhor que o primeiro e mais aclamado da autora, Anna e o beijo francês. Link para resenha.

Fazendo Meu Filme 3#6
  O roteiro inesperado de Fani - Paula Pimenta (Fazendo Meu Filme #3)

Esse livro é uma verdadeira ponte entre os livros. Separando o bobinho e fofinho pro mais sério e real. Sem dúvidas, muito bem, muito vívido, me fez brigar com os personagens o tempo todo e tem aquela escrita devorável característica da Paula Pimenta <3 Link para resenha.



Cidade de Vidro#5
  Cidade de Vidro - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #3)

O encerramento inicial da série Os Instrumentos Mortais. Um livro com ação com começo ao fim, junta o que ficou solto entre os livros, traz com maestria uma guerra muito bem escrita e detalhada. E, mesmo tendo um desfecho satisfatório, deixa com bastante vontade de continuação. Link para resenha.

#4
  A Culpa é das Estrelas - John Green

Nunca um livro me deixou emocionou (chorei litros, admito) e me envolveu tanto quanto esse. Comecei esperando nada do livro, mas com bastante "saco cheio" por tudo que tinha visto anteriormente na blogosfera. Intolerante é a palavra que melhor define. Mas A Culpa é Das Estrelas me pegou de surpresa. Foi paixão imediata! Link para resenha.



#3
Cidade dos Anjos Caídos  Cidade dos Anjos Caídos - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #4)

Esse conquistou o meu coração faz pouco tempo. O último livro de 2013, pelo menos até a postagem desta lista me fez envolver de uma forma absurda, me deixando pregado da primeira à última página. Com um enfoque de Simon essa nova trilogia de Os Instrumentos Mortais tem tudo para ser ainda melhores que a primeira. Devo terminá-la ano que vem e espero que seus livros estejam na próxima lista. Link para resenha.

Fazendo meu filme 4#2
  Fani em busca do Final Feliz - Paula Pimenta (Fazendo Meu Filme #4 - Final)


O desfecho da saga de Fani não podia ser mais incrível. Em um livro que demonstra o incrível amadurecimento da série, em que a qualidade cresce junto com a personagem, Paula Pimenta fechou tudo da melhor forma possível, mostrando Fani em busca do seu mais que merecido final feliz. Conta com troca de narrativas entre capítulos, assim como o tempo muda, nos explicando tudo o que aconteceu nos cinco anos que se passaram. Se Becca Fitzpatrick fez tudo corrido, Paula não economizou nas páginas. Este é o maior e melhor livro da série. Link para resenha.

E o favorito do ano é...

Insurgente


#1
  Insurgente - Veronica Roth (Divergente #2)

Pela segunda vez consecutiva, um livro da Veronica Roth nessa lista. Essa série maravilhosa da qual já sou fã assumido, traz uma continuação de tirar o fôlego, que me deixou de boca aberta em quase todas as partes e, claro, em seu final. Só de lembrar já fico abismado com toda a grandiosidade deste livro que, sem dúvida, superou todos os lidos neste ano e me fez colocá-lo aqui no topo e fazer uma enorme recomendação. Você precisa ler! Link para resenha.


E por hoje é só. Espero que tenham gostado desta lista, foi um pouco difícil fazê-la, afinal, felizmente, foram muitos livros bons que li neste ano e espero que no ano que vem sejam muito mais e que eu consiga ultrapassar a minha meta. E deixo aqui meu desejo de um feliz ano novo para vocês que acessam o blog, qual foi o livro favorito de vocês neste ano? Qual são as expectativas para o ano que vem? Comentem!

23.12.13

Lista: As 12 melhores músicas de 2013


Fim de ano... E é tempo de que? Listas, claro! Então, aí está a lista das melhores músicas lançadas neste ano, baseada no que eu mais escutei, ou seja, na minha opinião :)

12. I'm Out - Ciara feat. Nicki Minaj

Uma das minhas primeiras paixonites do ano. Essa soa refrescante e muito dançante. Tem um clipe muito, muito bom e se você curte Nicki, ou rap, precisa ouvir, principalmente por causa da parceria incrível com ninguém menos que Ciara!


11. Come & Get It - Selena Gomez

Selena Gomez voltou com um novo álbum. Trazendo essa música como primeiro single. A princípio, eu estranhei bastante esse som indiano do começo, mas depois foi só amor. Eu escutava ela toda hora e até hoje é uma das mais ouvidas do meu iTunes.

10. Iggy Azalea - Work

Meu primeiro contato com o trabalho da rapper Iggy Azalea não poderia ser melhor. Essa música, com batidas que mudam a todo o tempo. Também ficou em repeat quase eterno no meu player.

9. The Way - Ariana Grande feat. Mac Miller

Outra artista que conheci esse ano. Logo de início, gostei muito da música por ter essas batidinhas old-school e um clipe super divertidinho. Outra coisa que impressiona é a voz incrível de Ariana!

 8. Perfume - Britney Spears

Primeira vez em anos que a Britney lança uma baladinha. Nesta, sua voz está segura, nos remetendo aos seus velhos tempos. A letra é meio decepcionante, mas a melodia e o instrumental compensam. Afinal, é Britney, gente!

7. Miley Cyrus - Do My Thang

Se eu pudesse, eu colocaria todo o Bangerz aqui. Mas já que são as melhores músicas e não os melhores álbuns, eu não posso. Essa é uma das que torço para que seja single, embora tenha ficado bem feliz com as últimas escolhas. É pra ouvir sem preconceitos!

6. Aura - Lady Gaga

O "peak underneath the cover" de ARTPOP, essa foi a primeira música que vazou e eu meio que não sabia o que esperar. O começo da música me fez torcer o nariz, "Americano 2.0"? Mas esse refrão matador, com a voz de Gaga dando o seu melhor, fez da música uma das minhas favoritas!

5. Outlaws of Love - Adam Lambert

Essa é pra chorar. Ainda esperando o novo trabalho do Adam, fui sendo reconfortado com essa música com letra e produção linda. Muito bem reconfortado, diga-se de passagem.

4. You're Not The One - Sky Ferreira

De todas as músicas da Sky, pelas quais me apaixonei, escolhi essa porque, enfim, é a mais recente e uma das que gosto mais do novo álbum. Eu adoro essa vibe bad-girl anos 80 dela e essa música retrata muito isso.


3. Saturday Night - Natalia Kills

A maioria de vocês não deve conhecer essa cantora, mas deveria. Essa música foi uma das melhores lançadas em 2013 e está na maioria das listas nos blogs por aí. O clipe é incrível e eu não conseguia parar de ouvi-la, altamente viciante.


2. Do What U Want - Lady Gaga feat. R. Kelly

Mais Gaga! Bem diferente de Aura e Applause, ela me surpreendeu totalmente quando lançou esse R&B despretensioso e ao mesmo tempo bem crítico. Adoro a forma como as vozes dela e de R. Kelly se cruzam, um feat. que só a Gaga poderia fazer funcionar dessa forma.

1. Applause - Lady Gaga

E, finalmente, A MELHOR DE 2013! Digam o que quiserem, mas a produção, aliada com a voz camaleao de Gaga e esse clipe... Fez com que não saísse nunca da minha playlist, fato é que a ouço sem cansar desde agosto e ainda continuo amando-a, se bobear até mais. Gaga definitivamente merece os meus aplausos!

Menções honrosas:

5. Royals - Lorde 
4. Team - Lorde
3. Glory and Gore - Lorde
2. Haunted - Beyoncé
1. Young & Beautiful - Lana Del Rey

E assim termina a primeira lista da pequena série que irei fazer até o final do ano. Espero que tenham gostado e comentem quais foram as suas músicas favoritas no ano!

Resenha: Cidade dos Anjos Caídos - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #4)

Cidade dos Anjos CaídosEntão, antes de começar a escrever esta resenha preciso confessar que está sendo um pouco difícil escrevê-la. Simplesmente porque Cidade dos Anjos Caídos foi um livro muito, muito bom, com inúmeros pontos positivos e eu simplesmente não sei por onde começar, então me perdoe se em qualquer parte deste texto eu acabar soando confuso. É inevitável. Este volume meio que reinicia a história que era para ter terminado em Cidade de Vidro. Podia ter terminado ali? Sim. Eu queria que ela tivesse terminado ali? Com a mais absoluta certeza de que não.

Aparentemente, tudo está perfeito. Clary, Jace e seus amigos estão vivendo os seus finais felizes. Mas por muito pouco tempo. As coisas começam a acontecer bem rápido quando já no começo do livro nos deparamos com mortes misteriosas de caçadores de sombras, mistério que perdurará por boa parte do livro e será um dos fios que irá fazer parte da trama. Neste livro, Cassandra Clare volta com sua escrita afiadíssima, seu enredo de tirar o fôlego e seus personagens apaixonantes. O enfoque em Simon fez com que ela mantivesse sempre duas cenas sendo narradas ao mesmo tempo, com pausas cliffhangers enquanto alternava entre uma e outra, fazendo que os capítulos, mesmo que grandinhos, passassem sem que eu nem percebesse.

Eu adoro esses livros. A sensação de que várias coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, a falta daquela sensação de tédio nas partes chatinhas praticamente não existe. Não vou dizer que não existe totalmente porque existiu uma parte em que eu quis que passasse rápido, mas por sorte, esta parte dura bem pouco, logo antes do desfecho incrível e vou logo avisando: extremamente cliffhanger. A série era ótima quando nos limitávamos, de certa forma, ao que Clary passava. Ela, apesar de ser um pouco por carregar o fardo das protagonistas, era uma protagonista legal. Mas se tem um personagem ainda melhor na série toda, na minha opinião (perdendo apenas para Magnus Bane), é o Simon.

Ele é aquele tipo de nerd brincalhão, super gente boa, que sempre faz tudo por todo mundo. E, neste livro, acompanhamos um aprofundamento na personalidade dele, ao ver pelos maus bocados que ele está passando quando finalmente começa a sentir o peso de ser um vampiro. O Jace continua aquele poço de sarcasmo, mas consegue ser bem chato quando quer. Alec e Magnus formam o melhor casal gay de todos <3 e Isabelle... Ah, Isabelle! Resumindo, eu curti muito, muito mesmo, a leitura de Cidade dos Anjos Caídos, acho que o único ponto negativo que posso apontar é a revisão cheia de erros da editora, mas isso nem culpa da autora é. Recomendo muito que você leia assim que possível a série e leia este livro, porque está imperdível. Mal posso esperar para Cidade das Almas Perdidas, que já tenho aqui, mas estou com super pena de ler porque o último ainda nem foi lançado lá fora. :( Mas acho que minha curiosidade vai ser maior!

Editora: Galera Record
Autora: Cassandra Clare
Série: Os Instrumentos Mortais - Livro Quatro
Título original: City of Fallen Angels
Páginas: 360
5 de 5
Outros livros da série: 

21.12.13

Resenha: Loving The Band - Emily Baker

Loving The BandEste livro foi um daqueles que eu comprei apenas porque tava na promoção maluca da Bienal e ao me encontrar procurando a minha próxima leitura dia desses, acabei escolhendo este. Decidi começar a ler Loving The Band sem esperar muita coisa, apenas diversão. Bem, a história se baseia em Jess e sua amiga Tegan que, depois de um término de namoro conturbado, resolvem ir até Londres passar as férias. Eis que lá, elas acabam encontrando a boy band mais famosa do momento: The Only Truth!

Sim, o enredo é bem genérico e previsível, mas esperava que ele pelo menos conseguisse me entreter. Infelizmente, nem isso ele conseguiu. A escrita da autora é bem rasa e os acontecimentos são bem repetitivos, o que acaba por fazer do livro irritante. Os personagens são mal desenvolvidos e uma coisa que me irritou muito foi Emily ter dado importância para coisas que poderiam muito bem ter ficado de fora ou pelo menos sido amenizadas, como cada troca de roupa e cada comida que a personagem ingere e ter esquecido totalmente de tornar os relacionamentos convincentes, o que é totalmente necessário tratando-se de um romance.

O fato da escrita ser rasa e mal-desenvolvida não justifica-se no fato do livro ser uma evolução de uma fanfic, afinal, já cheguei a ler histórias escritas por fãs infinitamente melhores do que este livro. Dá para se perceber um certo descaso da autora na adaptação, o que pode ter funcionado com capítulos que eram publicados um por vez, com desfechos que pudessem chamar o público leitor, no livro, acabou se tornando mais um empecilho para o desenvolvimento do enredo. Parece que ela só pegou o texto integral, mudou os nomes por causa dos problemas de direitos autorais e entregou o livro para a editora.

E o que me deixa muito embasbacado é notar que a editora iD trouxe lá de fora um livro tão (desculpe a falta de adjetivos) sem-graça tendo tantos livros melhores aqui no Brasil e até mesmo lá fora. Gastar dinheiro com impressão e edição neste livro que pelo visto não fez muito sucesso por aqui foi uma decisão totalmente equivocada por parte da editora, assim como me equivoquei em ler este livro. Se me arrependo? Bem, pelo menos eu li até o final e tive a prova se ele era bom ou ruim. Eu não recomendo, mas talvez você deva ler, apenas pra tirar a prova...

Editora: iD
Autora: Emily Baker
Série: Livro Único
Título original: Loving The Band
Páginas: 200

1,5 de 5

18.12.13

Divulgado pôster de "A Culpa é Das Estrelas"

Sim, depois de muito tempo recebendo algumas poucas informações sobre o filme, finalmente temos entre nós esse pôster que, diga-se de passagem, ficou IN-CRÍ-VEL! Mal posso esperar pra ver a Shailene de Hazel (achei que ela ficou perfeita pra esse papel) e chorar muito no cinema! :) O filme está pra estrear dia 6 de junho (bem perto do meu aniversário!!). Enfim, aí está:

 

E então, o que acharam? Estão ansiosos pra ver o filme?

17.12.13

Resenha: Perdida - Carina Rissi


Continuando a minha "corrida" para terminar as leituras que tinha deixado pela metade, Perdida foi uma ótima surpresa. Um chick-lit brasileiro que conta a história de uma mulher totalmente dependente de tecnologia e "moderninha" que depois de um incidente, acaba comprando um celular novo e indo parar no século dezenove. Sofia imediatamente encontra a ajuda de Ian Clarke, que a hospeda em sua casa, fazendo a personagem passar por grandes descobertas enquanto tenta encontrar um jeito de voltar pra casa.

O primeiro romance de Carina Rissi é bem despretensioso, ao mesmo tempo em que se encaixa nos parâmetros das grandes escritoras de "literatura para mulheres" internacionais. Com a ambientação no Brasil, ela nos traz a sua versão do gênero, tendo um sucesso imediato. Rissi já se tornou um nome grande na literatura brasileira. Feito muito merecido, afinal, este livro é muito bem escrito, estruturado, idealizado e convincente e imagino que os outros também sejam. Bem, por enquanto só existe um (Procura-se um marido, lançado em 2013), embora Perdida 2 já esteja por vir! ;)

A história começa com o enredo já se desenrolando e a maioria dos personagens nos sendo apresentados logo nos primeiros capítulos. Temos a oportunidade de conhecê-los melhor no decorrer do livro e a forma como a autora os desenvolveu os tornou carismáticos e com um forte apelo de torcida por seus finais felizes. É incrivelmente fascinante acompanhar as curiosidades e diferenças entre as épocas abordadas no livro, o desespero de Sofia acaba virando o nosso quando nos imaginamos com as privações que ela tem que se submeter por estar perdida em um tempo diferente.

O final é satisfatório, mas bem clichê. O que me põe a pensar que mesmo tendo várias qualidades, o livro acaba perdendo pontos por acontecer exatamente o que você já sabia que ia acontecer. Além de tudo, possui muita semelhança com os desfechos da maioria dos outros livros do gênero, por isso não me agradou muito. Apesar de tudo, Perdida ainda é um livro que eu indico muito e que apreciei do começo até o fim. Bastante divertido, pra se ler nas férias ou até mesmo durante uma ressaca literária, pra poder aliviar os ânimos. É o tipo de livro que cai pra qualquer momento. Recomendo!

Editora: Verus
Autora: Carina Rissi
Série: Perdida - Livro Um
Título original: Perdida
Páginas: 360

4 de 5

13.12.13

Resenha: Insurgente - Veronica Roth (Divergente #2)


Insurgente Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor. 







No ano de 2012, coube a Divergente o papel de ser o meu livro favorito do ano e, ao finalmente ter Insurgente em mãos, ficaram enormes expectativas para que o segundo fosse tão bom quanto o primeiro. Bom, se este tornou-se o meu favorito eu não posso dizer (já já publicarei uma lista de melhores livros do ano), mas dentre tantas histórias ótimas que conheci nesse ano, essa é uma das melhores.

Insurgente começa com o universo ainda abalado pelos acontecimentos do primeiro livro. Novos personagens são adicionados no decorrer de todo o livro e antigos ganham um aprofundamento, uma vez que este livro foca-se mais nos conflitos dos personagens ao invés daquela introdução às facções e à "Iniciação", como tivemos no primeiro volume. 

Neste segundo livro, encontramos uma escrita mais madura, bem estruturada. Mas se você pensa que Veronica Roth perdeu a sua habilidade de fazer enredos eletrizantes está muito enganado. Eu posso afirmar, com a mais absoluta certeza, que Insurgente supera em muitos graus Divergente. A forma como a história é contada, a quantidade absurda de reviravoltas que nós temos do começo ao fim, mostra que a autora não teve medo de ousar e que todas as quinhentas páginas do livro são válidas e precisam ser lidas.

Este é um daqueles livros que você não pode piscar por causa da quantidade de mudanças, que você não consegue ficar muito tempo sem ler, afinal, nós ficamos pendurados pela genialidade do universo e os acontecimentos da história durante todo o tempo, o que nos impossibilita de largá-lo. Se eu recomendo Insurgente? Ainda mais do que eu recomendei o anterior.

Mesmo que este livro tenha um início e meio muito bons é o desfecho que me deixou apaixonado, de boca aberta, completamente descrente, tendo que ler mais de uma vez as últimas páginas. Ainda mais ambicioso e grandioso que qualquer outra distopia que já li pôde ser. É simplesmente incrível. Altamente recomendado e mal posso esperar para Convergente!

— Você soa exatamente como alguém da Audácia — diz Caleb, irritado. — É sempre uma coisa ou outra, não é? Não há nuança alguma. O mundo não funciona assim, Beatrice. O mal depende do ponto de vista de quem o vê.
 Editora: Rocco Jovens Leitores
Autora: Veronica Roth
Série: Divergente - Livro Dois
Título Original: Insurgent
Páginas: 505

18.11.13

Review faixa-à-faixa: Lady Gaga - ARTPOP


A cantora Lady Gaga lançou recentemente seu mais que aguardado álbum ARTPOP, sucesso do Born This Way, o disco, querendo ou não, veio com a premissa de restaurar a imagem de hitmaker que a Gaga conseguiu com The Fame e The Fame Monster. Se ela irá conseguir? Isso nós não sabemos, porém aí está o que achei do álbum!

1. Aura - 5 estrelas

Quando eu escutei Aura pela primeira vez estava totalmente extasiado porque era a primeira coisa nova e concreta que tinha ouvido da Gaga em tempos. Esse solo de violão, a voz agressiva que ganhou alguns retoques na versão pro álbum, o refrão que contém um dos vocais mais poderosos da cantora. Aura é muito amor! E ainda vem recheada de crítica cultural e polêmica. Ótima pra abrir o álbum.

2. Venus - 5 estrelas

Se você pensa que em Venus diminuímos um pouco o ritmo, está redondamente enganado. Venus é a primeira faixa produzida inteiramente pela Gaga, é um pouco confusa por ter basicamente dois pré-refrões e um refrão que acompanham mudanças de batidas e desviam-se da melodia. A letra é inteligente e cheia de segundas intenções, a primeira de muitas menções à deusa Afrodite neste álbum.

3. G.U.Y - 5 estrelas <3

G.U.Y começa com uma recomendação de uma voz, dizendo para nos deitarmos e deixar que a música nos leve para posições novas. Essa é a premissa da canção, ela nos leva pra algo que a Gaga não fez antes, uma música pop-dance eletrônica com batida energizante e com um quê de psicodelia. E a letra é toda feminista e mais uma vez inteligente e metafórica. 

4. Sexxx Dreams - 5 estrelas

As quatro primeiras músicas contém sim um forte apelo sexual, assim como o resto do álbum, mas é em Sexxx Dreams que tudo se aflora. Declaradamente uma canção sobre uma paixão lésbica e masturbação. Tem um refrão que te leva pra outro mundo e a batida igualmente incomum, pelo menos na música pop atual.

5. Jewels 'N Drugs (feat. T.I., Too $hort and Twista) - 4 estrelas

Muita gente classificou essa como a faixa mais fraca de ARTPOP. Sim, de fato, dentre todas essa é a que menos se destaca. Na minha opinião, a música deveria conter mais explosão vocal da Gaga e algum tipo de interação entre ela e os rappers, apresentando seus nomes com um grito, que seja. Mas não é ruim, vale à pena pela produção carregada de batidas trap do DJ White Shadow.

6. MANiCURE - 4,5 estrelas

Essa é mais uma música feminista que utiliza de metáforas que podem ser confusas, obviamente colocadas exatamente para nos fazer discutir sobre. MANiCURE contém batidas fortes, expressivas e um pouco de trap no breakdown. Tem toda a energia que faltou na música anterior, funcionaria muito bem como single já que Gaga sempre está dispostas a empurrar as barreiras estabelecidas pela própria em sua música.

7. Do What U Want (feat. R. Kelly) - 5 estrelas + <3

O segundo e último feat. do álbum. Funciona de uma forma surpreendente boa, essa vibe oitentista da música combina muito com R. Kelly, assim como a voz dele combina com a da Gaga quando ambos se encontram na música, fazendo da música uma verdadeira colaboração entre dois artistas. A letra não poderia estar mais crítica. Gaga está despindo-se de própria, dizendo que não liga, entregando sua imagem ao mundo.

8. ARTPOP - 5 estrelas

Eu vejo a faixa-título como um hino à criatividade da cantora. Em deliberados momentos, ela pede que ARTPOP venha até ela, dizendo que o mesmo poderia significar qualquer coisa e que ambos poderiam significar qualquer coisa. Os versos finais Free my mind, ARTPOP. You make my heart stop. Não poderiam ser mais bem idealizados, a música toda é um conjunto incrível. O instrumental que se assemelha a um violino no fundo e um som que parece-se muito com teclas sendo apertadas combina com toda a atmosfera tecnológica que ARTPOP tem. Incrível!

9. Swine - 5 estrelas

Nesta música, Gaga descarrega toda a sua raiva. Tudo o que sente sobre si mesma e talvez de outras pessoas também. Mas a letra se destaca pouco por causa da peça de música eletrônica que temos aqui. A produção deixa a música energizante, com batidas psicodélicas e tratamentos na voz da cantora que apesar de parecerem estranhos à primeira vez, combinam perfeitamente canção. Swine é uma música pra pular, dançar e esquecer de tudo gritando a plenos pulmões "Swiiiiiiiiine" e, cuidado, porque o refrão é altamente grudento e tenho que falar do breakdown que se segue depois disso, é altamente cativante. 

10. Donatella - 5 estrelas

Nós saímos um pouco da atmosfera crítica e um pouco (só um pouco) mais séria do álbum. Donatella abre espaço à uma sequência de músicas mais irresponsáveis, digamos assim. Está claro que Gaga fez pensando apenas na diversão, quando nesta música faz referência à distúrbios alimentares na moda e entra no papel de uma mulher "loira, magra, rica e um pouco vadia". O refrão é um pouco confuso, mas muito bom. Uma homenagem para Donatella Versace, dançante até o pescoço. O "She walks so bad, like it feels so good" é o melhor da música, sem dúvidas.

11. Fashion! - 5 estrelas

O que é essa música? Meu Deus, uma produção do Will.I.Am que não tem cara de Will.I.Am. Vale contar que David Guetta também esteve presente na produção. Em Fashion!, Gaga mostra pra todos como se sente bem vestindo o que veste. O piano no começo da música é matador e eu acho a melodia bastante parecida com a Holiday da Madonna e o que é o "ooooooh" interminável da Gaga e os "Slay!" que são gritados durante a música?

12. Mary Jane Holland - 5 estrelas

Mais uma vez assumindo um novo personagem (?). Gaga declara todo o seu amor pela maconha ou apenas fala sobre a sua enorme vontade de ser uma mulher chamada Mary Jane Holland, se preferir. Essa música é linda, irresponsável e por falta de adjetivos, linda, novamente. Eu adoro o pré-refrão, o refrão e claro, a bridge não poderia passar despercebida com um dos melhores vocais da Gaga ever e um verso super bem bolado. "I know that mom and dad think I'm a mess, but it's alright because I am rich as piss. / When I ignite the flame and put you in my mouth, / the grass eats up my insides and my brunette starts to sprout".

13. Dope - 5 estrelas + <3

No começo, eu cheguei a falar que preferia I wanna be with you que era mais ou menos uma demo dessa música. Mas a forma como Dope me deixa pra baixo é de outro mundo. Isso não é uma coisa ruim, muito pelo contrário. A música contém uma emoção que é passada pro ouvinte e é super simples. Apenas um vocal bagunçado e meio bêbado de Gaga, um sintetizador que aparece timidamente em alguns momentos e o piano. Linda!

14. Gypsy <3

Eu fico sem palavras pra essa música. Ela fala sobre a estrada e sobre Gaga ter que abandonar as pessoas que ama para viver seu sonho. É a única música com produção do RedOne, que esteve por trás de Judas, Bad Romance, The Edge of Glory e outras. Soa bastante como essa última e tem um potencial incrível para se tornar um hino. O violão foi um ótimo acréscimo à canção, vocais perfeitos e é muito legal quando a Gaga cita o nome de vários lugares por onde ela já passou.

15. Applause - 5 estrelas

A cereja do bolo. Parece inferior às outras agora, mas possui o seu brilho próprio. Restaura o clima de festa e celebração que tinha cessado com Dope e Gypsy. Uma ótima música eletrônica, dentro dos padrões mas diferente ao mesmo tempo. Experimente ouvir com bons fones de ouvido! Estrategicamente colocada aqui para que pudéssemos ter um pretexto para aplaudir a cantora e ao mesmo tempo termos vontade de ouvir o álbum mais uma vez. Pelo menos comigo, é sempre essa sensação que acomete.

                                           5/5


16.11.13

Resenha de série: American Horror Story - Temporada 1

Aviso:  Oi, pessoal! Eu sei que tenho demorado eras para fazer uma nova postagem no blog é que meu nível de procrastinação aumentou nos últimos meses e meu ritmo de leitura diminuiu bastante. Mas, na medida do possível, vou tentar voltar ao normal.


American Horror Story sempre me chamou muita atenção. Seja pelos teasers e posters assustadores ou por ser escrita e dirigida pelo mesmo diretor de Glee, série que acompanhava no longínquo ano de 2010. O fato é, Ryan Murphy decidiu fazer uma série menos comercial, provavelmente sem pretensão nenhuma de que ela fosse durar e a fórmula fez tanto sucesso que a terceira temporada já está no ar, com promessas de uma quarta.

Cada episódio desta primeira, começa com um história do passado, explicando uma morte ou iniciando um mistério dessa casa macabra para onde a família Harmon se muda. Falando neles, a mãe Vivien, a filha Violet e o pai Ben, uma família que está passando por um período conturbado. A partir do primeiro episódio, passamos a acompanhar as desventuras desses personagens com os antigos moradores dessa casa.

Devo dizer, a série é um pouco confusa. São poucas as revelações realmente aproveitantes para o andamento da trama, os mistérios acabam por se acumular a cada episódio, na verdade. Apesar de ficar sem entender até basicamente os episódios finais, mas tudo bem. Creio eu que isso ajudou com que a atmosfera dramática e até um pouco pesada se mantivesse.

American Horror Story é uma série apaixonante que te prende do começo ao fim, muito bem escrita e idealizada. Com personagens altamente carismáticos e não falo apenas dos bonzinhos. Você se pega torcendo e em alguns momentos com muito momento do que está acontecendo ou inevitavelmente está para acontecer. O final foi incrível, mesmo tendo dividido opiniões do pessoal que assiste e não podia estar mais ansioso para a temporada 2. Recomendo!

5/5

18.10.13

Resenha: Louras Zumbis - Brian James

Louras Zumbis
A partir do momento que Hannah Sanders chegou à cidade, ela sentiu que havia algo errado. Muitas casas estavam à venda, e a cidade parecia infectada por um silêncio sobrenatural. E então, no primeiro dia de Hannah no colégio, ela correu para um grupo de cheerleaders, as meninas mais populares da escola. O estranho era que elas eram quase idênticas na aparência: loira, bonita, e pálida. Mas Hannah quer desesperadamente se adaptar independentemente do que seu amigo Lukas está dizendo a ela. Quando seu sonho de ser uma delas começa a se tornar realidade ela vê que isso pode ser um pesadelo!






Eu não sabia muito bem o que esperar deste livro. Só o trouxe pra casa da Bienal porque ele estava em super promoção. De certa forma, ele foi o que mais me chamou atenção na mesinha do desconto e acabei comprando. Logo de cara, o tema me interessou bastante. Líderes de torcida? Confere. Ensino Médio? Confere. Zumbis? Por incrível que pareça, confere!

Fiquei muito curioso pra saber no que daria essa mistura muito louca e criativa do autor. Apesar de ter elementos que dariam uma boa comédia, o livro não tem nada disso. Desde o início, o autor estabelece o compromisso de criar uma tensão, mostrando a relação de Hannah com o pai e mostrando a cidade pra onde eles acabam de se mudar como a coisa mais pitoresca e esquisita possível.
Por isso mudei de ideia sobre não haver regras. Porque existe uma regra sobre fugir dos seus problemas. Aquela que diz que a fuga vai se repetir sempre [...]
Os personagens realmente trabalhados são poucos, tem a principal, Hannah, pela qual consegui atribuir algum apreço. Ela sofre bastante e sempre se preocupa em não demonstrar para o pai o quanto está mal, com medo de deixá-lo chateado. Ela toma decisões erradas. Mas o que seriam dos livros sem decisões erradas? Outro personagem que aparece bastante é o novo amigo de Hannah, Lukas. Ele tem um papel importante no andamento da história. Os outros personagens são mostrados um pouco superficialmente, mas talvez seja porque quase todos eles são monstros morto-vivos.

Louras Zumbis é uma ótima pedida pra você que quer um livro rápido, que te proporcione diversão, com uma tensão sadia. Tem clichês, mas também tem seus méritos de criatividade. Espere uma quase recriação do mito dos zumbis e muitos questionamentos adolescentes. É possível perceber também uma leve crítica à valorização da beleza na sociedade. Vale à pena. Sem dúvidas, recomendado!


Editora: Galera Record
Autora: Brian James
Série: Livro Único
Título original: Zombie Blondes
Páginas: 230
5 de 5

30.9.13

Resenha: Fani em Busca do Final Feliz - Paula Pimenta (Fazendo Meu Filme #4)


Fazendo meu filme 4
 Depois de uma ríspida separação, Fani e Leo agora têm que seguir caminhos diferentes. Porém, as juras de amor feitas no passado deixaram marcas profundas em seus corações, e, mesmo anos depois, eles ainda sentem as consequências daquele trágico dia. Será preciso mais um encontro, para que eles possam finalmente entender o que houve e libertar um ao outro? Ou será que isso devastaria ainda mais o seu destino? Acompanhe os apaixonantes personagens de Fazendo meu filme no livro final da série best-seller que conquistou milhares de leitores e leitoras em todo o Brasil. Não perca o desfecho dessa emocionante história de amor e prepare-se para torcer muito pela nossa querida Fani, nas cenas finais da sua busca pelo merecido final feliz.




Resenha com spoilers dos livros anteriores!

Outras resenhas da série:

A cada término de leitura de um volume da série Fazendo Meu Filme, eu me via mais envolvido pela história de Fani. A forma como a Paula Pimenta começa cada livro de forma leve e despreocupada sempre alivia o que quer que seja desesperador que tenha acontecido no capítulo anterior. Em Fani Em Busca do Final Feliz começamos a acompanhar em capítulos alternados entre o presente e o passado, o que acontece com Fani a partir do fim do livro anterior.
E agora, no lugar daquele amor todo, ficou apenas o vazio. Espero que o meu peito seja logo preenchido novamente. Quem sabe assim eu passe a escrever para outra pessoa?
Aliás, posso dizer que este livro foi feito de alternativas. Primeiramente, temos a troca de tempos entre os capítulos e no meio e fim do livro, passamos a ler também pela perspectiva do Leo, o mocinho da história. Realmente, foi muito mais esclarecedor poder ver tudo pela cabeça dele, fazendo com que ele tivesse ainda mais carisma e apelo pra mim. Ao meu ver, a intenção da Paula com isso tudo foi nos apresentar quem era o verdadeiro vilão de toda a série: O destino.
Toda a raiva que eu vinha sentindo desde o momento em que a havia conhecido. Não era raiva dela. Era de mim. Por ter me permitido amá-la desde o momento em que a havia conhecido.
Fani ganhou mais idade e maturidade. Embora tenha ficado mais fria devido a acontecimentos do passado, a gente acaba vendo que ela continua a mesma adolescente chorona de sempre, sempre muito dedicada e preocupada com os amigos. Fani está vivendo uma vida de sonho, dirigindo um filme em Hollywood e convivendo com estrelas. Nós podemos ver ao decorrer do livro que existe muita satisfação e felicidade para a personagem durante os cinco anos, mas nenhum deles devido ao amor.
Ele então abaixou o braço, respirou fundo, se virou novamente para o mar e, em um tom mais baixo, completou:  "Sempre foi só você..."
Os personagens secundários tiveram um destaque moderado. Gabi, Christian, Tracy, Ana Elisa e Natália tiveram seus finais, assim como participação regular na trama. Dos novos personagens ficam os destaques para Alejandro que devia ter a história um pouco mais desenvolvida e Cecilia que me deixou cheio de ideias. A Paula bem que podia fazer a série sobre uma garota viciada em livros com ela, né?  
E eu só esperava que, ao acordar, eu conseguisse fazer tudo voltar a ser como era antes.
O desfecho? Bem, eu não sei muito como definir em palavras, a não ser uma que me veio à cabeça logo quando fechei o livro: P-E-R-F-E-I-T-O! É sério, gente! O final não é daqueles cheio de explicação, mas também não é muito subjetivo. Eu terminei o último capítulo e me deu uma sensação muito ruim (ou boa?) quando vi que estava cara a cara com o epílogo. Fazendo Meu Filme foi uma série que eu peguei pra ler sem compromissos, pensando ser uma história um pouco boba e, confesso que até hoje não consigo explicar o motivo de eu gostar tanto, mas que, a cada livro, foi me conquistando cada vez mais fazendo uma despedida muito digna e emocionante. Vou sentir saudades.
"[...] Porque a verdade é que todos esses anos não foram suficientes para te esquecer."

Editora: Gutenberg
Autora: Paula Pimenta
Série: Fazendo Meu Filme - Livro 4 (Final)
Título original: Fazendo Meu Filme
Páginas: 608
5 de 5

11.9.13

Resenha: Aquele Verão - Sarah Dessen


Aquele Verão
Há muita coisa acontecendo na vida de Haven... Primeiro, o casamento do pai com Lorna Queen, a “Mulherzinha do Tempo” da televisão local. Depois, o casamento da irmã Ashley com o chato Lewis Warsher, que não parece combinar com Ashley de jeito algum. Haven também não consegue ignorar o fato de ter quase um metro e oitenta e cinco de altura e ainda continuar crescendo. Ela mal consegue ver quem ela é agora ou onde ela pode se ajustar.
Então, o antigo namorado de Ashley, Sumner Lee, aparece e reacende as lembranças de Haven do verão quando seus pais eram felizes, a irmã era descolada e despreocupada, e tudo era perfeito... ou pelo menos assim parecia.




Eu peguei este livro por alguns motivos 1) no estande da iD na Bienal ele estava por apenas 19,90; 2) sempre quis ler algo da Sarah Dessen; 3) queria um livro que tivesse a temática de verão. A sinopse do livro, a capa e tudo mais, me passou uma imagem totalmente diferente do que encontrei no livro. Enquanto achava que ia encontrar algo leve e solar, acabei encontrando totalmente o contrário.


Apesar de enganar o autor quanto à temática, Dessen tinha uma boa história nas mãos que se fosse bem trabalhada levaria a um livro razoável. O livro é bem pequeno, porém muito arrastado. Ela passa boa parte desenvolvendo coisas que não são importantes ou interessantes para o enredo, com cenas que muitas vezes me fizeram ficar entendiado (nunca tinha tido um sentimento igual com um livro de apenas 200 páginas).

E, no final, ela resolve jogar tudo pro leitor. Confesso que ela me surpreendeu um pouco, mas ainda assim terminei a leitura com um sentimento de decepção. O enfoque que ela resolveu dar não me agradou nem um pouco, a forma da tratar a história (como já disse) também me irritou e os personagens não são nada carismáticos, então não cheguei a torcer para nenhum especificamente.

Aquele Verão é um livro que, pra mim, mesmo sendo curto, arrastou-se como se tivesse uma quantidade exorbitante de páginas. Entendo que seja meio difícil você incorporar conteúdo em uma história curta e até admiro um pouco a autora pela coragem. Mas, no final, acho que alguém devia ter dito a ela que o resultado não ficou tão bom assim. Li por aí que esse é o primeiro livro dela, ainda espero ler outros e ver se meu conceito muda. Não sei...

Editora: iD
Autora: Sarah Dessen
Série: Livro Único
Título original: That Summer
Página: 200
2,5 de 5

10.9.13

Resenha: Ela disse, ele disse: O namoro - Thalita Rebouças e Maurício de Sousa

Ela disse, ele disseUm dos grandes sucessos de Thalita Rebouças, Ela disse, ele disse ganha continuação, com a participação mais que especial de Mauricio de Sousa e sua Turma da Mônica Jovem. Em Ela disse, ele disse – O namoro, Leo e Rosa, que se conheceram e se apaixonaram no primeiro livro, estão namorando. E continuam descobrindo as delícias e agruras da vida a dois. Entremeando as vozes dos protagonistas com cenas ilustradas, a história de Leo e Rosa é acompanhada por ninguém menos que Mônica, Cebola, Cascão e Magali, que estão lendo o livro de Thalita Rebouças no colégio e se divertem com as aventuras e desventuras do casal.





Assim que vi que este livro estava pra lançar, fiquei muito ansioso porque sou muito fã da Thalita Rebouças, do Mauricio Sousa e do Ela disse, ele disse o primeiro desta série (?). Mesmo que não tivesse entendido muito bem o que iria resultar a parceria entre esses dois autores, eu comprei o livro apenas por se tratar de um livro de parecia entre ambos. O conceito de O namoro é mostrar algo como uma continuação para o primeiro, apresentando a Turma da Mônica Jovem lendo-o e comentando cada final de capítulo.

Eu fiquei um pouco mais tranquilo, uma vez que pensei que o livro fosse ser apenas uma espécie de Graphic Novel, reapresentando o enredo do primeiro, porém com os traços do Mauricio. Porém, acabei ganhando uma boa decepção ao ler. Primeiro que, de forma alguma, Ela disse, ele disse precisava de uma continuação. A primeira trama foi bem rápida de se desenrolar porque assim como todos os livros da Thalita, tudo o que ela queria falar estava ali. Não tinha nada que precisava ser reforçado. 

Mas tudo bem, este volume meio que não teve compromisso em dar continuidade ao enredo apresentado no outro, foi mais uma forma de matar a saudade do leitor de Leo, Rosa e seus amigos e não foi o grande erro do livro. O que mais me irritou foi que a Thalita apresentou a nós personagens diferentes do que tinha feito antes, parece que ela teve lapsos de memória e nem se deu ao trabalho de reler o primeiro livro para lembrar. E não estou falando de acontecimentos ou coisas do tipo, a personalidade de Rosa e Leo foi quase que completamente modificada.

Rosa tornou-se uma personagem muito mimizenta, uma garota que faz drama por tudo, potencializando todos os problemas de namoradas adolescentes em uma só pessoa. O Leo virou o cara que na frente da namorada diz que está tudo ok mas na maioria das vezes ele sente totalmente o contrário. E o desfecho? Parece que ela simplesmente viu que já estava bom de encher linguiça com os capítulos sem noção repletos de briguinhas e resolveu colocar uma que, muito previsível, apareceu do nada entre as folhas. A participação de Mauricio foi bem apagada, em todos os capítulos, seus personagens mais famosos ganham um par de páginas e quase a mesma quantidade de falas. 

No final de tudo, Ela disse, ele disse: o namoro poderia ser esquecido pra mim que preservo tanto amor pelo o primeiro. Me pareceu que os dois fizeram essa parecia apenas para conseguirem mais leitores e consequentemente mais dinheiro, embora, vamos combinar, já tenham bastante. Algo feito na pressa, sem muita vontade. E, se não foi isso, fui uma ideia muito bem intencionada mas que não deu nada certo. Não recomendo esta leitura.

Editora: Rocco Jovens Leitores
Autores: Thalita Rebouças e Mauricio de Sousa
Série: Ela disse, ele disse - Livro Dois
Título original: Ela disse, ele disse: O namoro
Páginas: 144
de 5

8.9.13

Bienal 2013: Eu Fui!



Depois de metade de um ano sem comprar (muitos) livros, finalmente pude gastar todas as minhas economias em dois dias muito bem aproveitados de Bienal. Um pela escola e outro por conta própria, ambos garantindo caminhadas em todos os três pavilhões e paradas em muitos estandes. Não vou dizer praticamente todos, existem mais do que você possa imaginar e acho que seja humanamente impossível visitar todos. 

>> O primeiro dia - 05/09 <<
No primeiro, eu tinha todo o meu dinheiro e junto comigo uma lista com os estandes interessantes porque teria apenas seis horas pra visitar e queria comprar tudo o que estava na lista de desejos, afinal, não sabia se voltaria outro dia. Comprei! Cheguei ao meio-dia (peço perdão pela falta de fotos é que desta vez fui munido apenas do meu celular e estava correndo pra tudo quanto é lado, sobrando pouco tempo pra fotografar as coisas no evento), que pode ser considerado o pior horário de todos porque é quando a Bienal junta o pessoal que chegou de manhã e ainda não foi embora e o pessoal da tarde que acaba de chegar. Não deu outra, logo que cheguei, não aguentei olhar nem metade do que tinha no pavilhão laranja porque estava numa euforia danada pra chegar logo ao azul, já consciente de que ele estaria muito mais lotado, uma vez que continha as editoras mais "famosinhas". Deu pra dar uma olhada na Novo Conceito que chamava uma atenção danada com seus livros gigantes, de longe a organização mais notável em termos visuais e outras coisas como o atendimento e a quantidade de eventos. Não consegui parar muito tempo lá, porque estava com horas cravadas, então corri para a Galera Record onde uma fila gigantesca que cercava todo o estande me aguardava. Primeiro tive que entrar na fila para entrar e, já lá dentro, depois de organizar uma caçada aos livros que eu queria, mesmo que não tivesse muito espaço para ficar na indecisão. Elogios ao pessoal da Record que foram muito atenciosos enquanto eu procurava o meu segundo volume de Círculo Secreto que fui informado de que tinha sido esgotado e procurava pela  confirmação de que a Patrícia Barboza estava no estande autografando. Tinha bastante gente lá e eu fui tratado com muita educação. Infelizmente, a autora já tinha ido embora e depois da fila que mesmo quilométrica não me tomou mais que quinze minutos, fui para o estande da Rocco que também estava muito cheio. Felizmente, a fila bem menor me economizou o tempo que passaria perambulando a procura dos amigos que eventualmente se perdiam em meio ao mar de gente. Parei na fila gigantesca da Arqueiro para acompanhar uma amiga e demorei bastante tempo lá. Logo depois da parada pro lanche, corri para a Intrínseca onde fiquei muito feliz em achar Bubble Gum da Lolita Pille por apenas 9,99. Foi um pouco triste enfrentar a fila pra comprar um único livro, mas a conversa e a animação por estar no evento nem me deixaram perceber o tempo passar. Já quase no final do dia, parei na Universo dos Livros pra comprar uma biografia da Lady Gaga e corri para o estande da Gutenberg que era o meu grande desejo de Bienal e comprei logo o Fazendo meu filme 4 e o Minha Vida Fora de Série - 1ª temporada. Ainda deu tempo de passar novamente na Galera Record e comprar Louras Zumbis porque estava na mesa em que todos os livros eram 10 reais. Terminei o dia muito cansado, cansaço só sentido quando finalmente sentei. Mas valeu muito a pena. Esses foram os livros do dia 5:


>> O segundo dia - 07/09 <<

7 de setembro, feriado nacional. Eu já estava mais do que convencido de que só iria um dia para a Bienal deste ano até que uma decisão de uma última me levou ao evento num sábado, feriado. O que todos classificaram como um verdadeiro programa de índio. E não é que foi mesmo? Filas, muitas pessoas, um pouco de estresse. Mas, enfim, é a Bienal e quando a gente se dá conta de que estamos todos ali pelo mesmo motivo, pela mesma paixão, tudo melhora! Andei um pouco mais do que no primeiro dia, porque não sabia quais livros compraria, uma vez que a minha lista tinha acabado na primeira ida. Andei por muitos estandes, dei voltas e voltas e acabei com uma quantidade boa de livros comprados. Fui no estande da Modo e encontrei a Larissa Siriani, que assinou um exemplar de seu livro As Bruxas de Oxford e acabei parando num lugar onde várias livros estavam sendo vendidos a preço de banana. Acabei não achando o que mais queria, que era o Era uma vez minha primeira vez da Thalita Rebouças, mas acabei comprando outro. Também passei na iD e fiz a festa na sessão dos livros de 19,90. E, de quebra, acabei vendo o Ziraldo. Sensação de dever cumprido me atingiu assim que passei pelo portal em que estava escrito "Até 2015!". Mais uma vez, valeu muito à pena! O meu saldo do dia: (Você pode encontrar outras fotos da Bienal no meu instagram @matheusgoulart2)

5.8.13

Resenha: Amor Infernal - Lisa Desrochers (Personal Demons #1)


Amor InfernalA vida de Frannie Cavanaugh nunca esteve tão movimentada - no último ano do ensino médio, precisa decidir para que universidade ir, acaba de se separar de Trevor e de abandonar a banda que ele lidera. Para complicar, os dois novos caras supergatos - Luc e Gabe - que surgiram do nada neste último ano da escola parecem ter por ela um interesse fora do normal. Amor angelical ou infernal? Movida por forças que buscam controlar suas emoções, Frannie se debate entre dois tipos de atração diametralmente opostos, mas igualmente irresistíveis. E, sem saber, numa feroz batalha entre Céu e Inferno pela possessão de sua alma.



Posso começar essa resenha com uma confissão? Esse livro foi recentemente resgatado da minha lista de abandonados, eu já o tinha lido até a página 250 e não tinha me animado a continuar. Algum tempo depois, mais animado (pero no mucho), comecei da primeira página e fui deixando o fluxo me levar. A curiosidade me trouxe até o final e aqui estou, fazendo a resenha do primeiro livro da trilogia Personal Demons, a qual eu vou querer finalizar.

O enredo corre um pouco arrastado pelas quase quinhentas páginas, dividindo a narrativa entre a protagonista Frannie e o demônio Luc - ou Lucifer -, que está no nosso plano para poder marcar a alma de Frannie para o inferno. Também temos Gabe - ou Gabriel -, que é um anjo e está aqui para levar a alma da protagonista para o lado do "bem". Confesso que a divisão de perspectivas foi um grande HELP para a história que ficaria muito irritante com apenas Frannie no comando.

Sim, a garota é insuportável! Junte a Bella do Crepúsculo, a Nora do Hush Hush e isso nem vai dar o nível de garotinha mimizenta no qual a Frannie se enquadra. Ela, por diversas vezes, para mostrar que se opunha a determinados assuntos fazia birra e chiliques que se estendem pela maioria dos capítulos da metade pro fim, uma atitude bem infantil para uma garota que já está no último ano de colegial. Também me pareceu um pouco forçado colocar o anjo Gabriel em pessoa para participar do livro, no começo, mas depois achei um pouco justificável e até corajoso mexer com um personagem bíblico tão importante da forma como a autora faz no livro.

A tradução foi algo que me incomodou bastante, em diversos momentos, senti que algumas coisas foiram traduzidas ao pé da letra, deixando o texto um pouco confuso e pobre. A mitologia por sua vez foi, ao meu ver, bem explicada, embora só vá fazer um sentido quando você chegar ao fim da leitura. Apesar dos pesares, a escrita da Lisa não é de todo ruim e o fim me instigou bastante para os próximos. Quero saber o que me espera em Pecado Original e mal posso esperar pra ler. Este livro é simples, mais para ser encarado como passatempo, pode ser um pouco difícil de se aguentar a personagem mala e tudo mais, porém vale pela criatividade e por ver personagens famosos sendo desconstruídos em um livro YA!

Editora: iD
Autora: Lisa Desrochers
Série: Personal Demons - Livro Um
Título original: Personal Demons
Páginas: 488
3,5 de 5

1.8.13

Resenha: A Culpa é das Estrelas - John Green



A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.


Eu evitei este livro por um tempo porque, afinal, ele tinha virado modinha em meados do ano passado. Sem contar que, ele não fazia o meu "estilo de leitura", então nem me interessei. Até que o peguei emprestado e me desafiei a ler. Mal sabia eu que estava pra testemunhar a leitura de um dos livros mais legais (senão o melhor) lido neste ano, até agora.

John Green conta com muita leveza a história de Hazel e Augustus, sendo o livro contado em primeira pessoa pela Hazel. Me admira a forma como ele montou esses dois personagens, mesmo sendo vítimas do câncer, os dois nunca perdiam a oportunidade de fazer uma piada sobre a doença ou qualquer outra coisa. Seu carisma nos ajuda a torcer pelos dois com mais avidez, conforme as páginas iam se passando, ia ficando com o coração na mal ao perceber que já estava extremamente envolvido com as suas histórias.

O enredo vai acontecendo rapidamente, de forma muito bem organizada em quase trezentas páginas, mostrando o desenvolvimento do relacionamento dos personagens principais, assim como a sua busca pelo autor de Aflição Imperial, um livro que ambos gostam e que tem um desfecho peculiar. A história se passou que eu nem senti e me envolver de forma muito, mas muito intensa.

Sim, assim como metade dos leitores deste livro, eu me emocionei com o final. Aí você pensa: "Ah, é normal chorar em livros!". Mas, não, pra mim não é. Até agora, só tinha ficado com olhos marejados e tudo mais. Porém, com este livro, eu chorei como se os personagens fossem reais. Estou com um pouco de vergonha por ter revelado isso, mas enfim, me julguem, é a verdade. Termino esta resenha com a impressão de que não fui muito eloquente e isto significa que gostei muito deste livro. Essa é uma ótima forma de começar o mês e espero que minhas leituras continue tão boas quanto essa. E nem preciso falar que este livro é ALTAMENTE RECOMENDADO!

Editora: Intrínseca
Autora: John Green
Série: Livro Único
Título original: The Fault in Our Stars
Páginas: 286
5 de 5 + FAVORITO

29.7.13

Resenha: Eternamente - Elizabeth Chandler (Beijada Por Um Anjo #6)

Eternamente
Os apaixonados, Tristan, o anjo, e Ivy, a mortal, finalmente conseguem se tocar. Isto só pode acontecer porque Tristan ocupou um corpo, o corpo de Luke. Mas Luke era procurado pela polícia — que não sabe que ele está morto e continua a persegui-lo. Portanto, Tristan torna-se, sem querer, um alvo da polícia. Da polícia e do verdadeiro criminoso, a quem não interessa ver Luke vivo. É preciso dar fim a esta perseguição. O casal precisa esclarecer rapidamente toda a confusão em que Luke se meteu. Mas, ao conviver com pessoas perigosas e chantagistas — e insistir em fazer o que for para ficar perto de Ivy —, o anjo aproxima-se das coisas ruins que podem levá-lo a fraquejar e perecer, especialmente agora, que ele é um anjo caído. Por causa de Ivy, Tristan vem se aproximando cada vez mais das forças mundanas e das trevas — e de Gregory também. Por outro lado, Gregory vem aumentando seu poder, especialmente depois que possuiu o corpo de Beth. E esse desequilíbrio de forças pode acabar em uma triunfante vitória do mal. A não ser que Ivy tome a frente dessa batalha...

Outras resenhas da série:
1.
Beijada por um anjo


Há três anos atrás iniciei a minha leitura desta série e não sabia muito o que esperar. Ainda iniciante na literatura YA sobrenatural, lembro de ter achado o primeiro livro uma coisa magnífica, ainda acho que ele tenha seus méritos e seja de fato muito bom, porém ao decorrer dos anos, ao ler os outros, fui ganhando outras percepções, mais maduras e críticas, talvez. Nós começamos exatamente de onde paramos no bom (porém nem tanto assim), Revelações. Tenho pra mim que o monte de firulas que é o quinto livro serviu apenas para poder fazer um número redondo no fim, afinal, muita coisa poderia ser descoberta somente em um livro. Isso o deixaria mais ágil, certamente. 

Mesmo torcendo pelo casal principal desde o início, Ivy e Tristan foram tornado-se personagens superficiais. O seu romance foi um pouco forçado do quarto livro pra cá, acredito que tenha sido por causa do enfoque maior que a autora deu no sobrenatural e nos vilões. Em Eternamente ainda temos aquele ar superficial e piegas de toda a série, porém, meu coração foi amolecido, porque, afinal, era o último livro da série e eu estava me despedindo dos personagens que por tanto tempo me fizeram ótima companhia. O bromance de Beth e Will mostra-se mais vívido do que o casal principal e eu tenho um pouco de raiva de Kelsey e os outros amigos de Ivy que nunca foram amigos de verdade mas ela os considera como tal.

Gregory está oficialmente de volta e eu fiquei orgulhoso pela ótima construção de personagem, ele é mal na medida certa, tem certa "razão" pelos seus crimes e está sempre um passo atrás dos seus oponentes, é um vilão difícil de se tirar de cena, tanto é que sua batalha contra os mocinhos perdurou por seis volumes. Mesmo que o casal tenha perdido sua força, avalio-os muito bem individualmente. Ivy tornou-se a mocinha forte que todos esperavam e Tristan, fazendo burrada atrás de burrada, mostrou-se humano, suscetível a erros. Lacey é o meu xodó de toda a série, sempre disposta a dizer verdades pra todo mundo e ajudar sempre também, fica na vontade que a autora retorna a esse universo com histórias só da Lacey. Philip, o irmão de Ivy, tem toda uma importância na série e mostra-se forte e amadurecido, embora tenha passado-se pouco tempo nos seis livros.
— Ivy — disse, pousando as mãos nos ombros dela —, podemos criar milhões de teorias sobre a minha redenção, mas uma coisa é certa: o amor é bom. Não existe a possibilidade do meu amor por você me condenar.
A tradução me decepcionou várias vezes, provavelmente porque a Novo Conceito decidiu mudar o tradutor de basicamente todos os livros logo no último, isso ocasionou algumas escorregadas, inclusive um erro enorme que envolve o nome que Ivy chamava Tristan quando ele estava sem sua memória. Nos anteriores ela chamava-o de João, mas nesse, numa lembrança, ela diz que o chamava de Guy, como deve ser na versão original. Sendo o último livro, não posso deixar de falar do desfecho. Se você não quer ver essa parte porque acha que isso vai atrapalhar a sua leitura, pule para o parágrafo seguinte!

Bem, o desfecho te dá a impressão de que a autora quis fugir de todas as previsibilidades de enredo que tinham ela tinha usado nos livros anteriores e nos dá algo bem novo e quase nunca usado em livros YA. Se a forma como ela terminou me agradou? Não, não me agradou. Porém, fiquei com uma sensação de orgulho e admiração ao ver que ela fez do jeito que quis, contrariando o esperado e dando um final bonito e justificável para a série. Realístico e sem muito do romance que compõe os outros livros, não vai agradar a todos, mas foi bem corajosa essa ideia dela e, sim, funcionou.

Para terminar, Beijada Por Um Anjo  é uma série que merece ser lida. Tem suas nuances, partes que não precisavam ter sido escritas e outras, por sua vez, muitíssimo bem escritas e planejadas. O romance não é seu ponto forte, mas a mitologia peculiar sobre anjos que Elizabeth Chandler recriou é algo digno de, no mínimo, curiosidade. Leiam, se apaixonem, odeiem, amem de novo, porque esta série está repleta disso e por um tempo me ajudou a fugir da realidade de forma bastante leve. Recomendo!

Editora: Novo Conceito
Autora: Elizabeth Chandler (Mary Claire Helldorfer)
Série: Beijada por um anjo - Livro Seis (FINAL)
Título original: Everafter
Páginas: 256
4,5 de 5

25.7.13

Resenha: Amante Sombrio - J. R. Ward (Irmandade da Adaga Negra #1)

Amante SombrioNas sombras da noite, em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra, entre vampiros e seus carrascos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Ainda assim, nenhum deles deseja a aniquilação de seus inimigos mais que Wrath, o líder da Irmandade da Adaga Negra. Wrath é o vampiro de raça mais pura dentre os que povoam a terra e possui uma dívida pendente com os assassinos de seus pais. Ao perder um de seus mais fiéis guerreiros, que deixou orfã uma jovem mestiça, ignorante de sua herança e destino, não lhe resta outra saída senão levar a bela garota para o mundo dos não mortos. Traída pela debilidade de seu corpo, Beth Randall se vê impotente em tentar resistir aos avanços desse desconhecido, incrivelmente atraente, que a visita todas as noites envolto em sombras. As histórias dele sobre a Irmandade a aterrorizam e fascinam. Seu simples toque faísca, um fogo que pode acabar consumindo a ambos.

Eu sempre tinha ouvido falar sobre a Irmandade da Adaga Negra e me desencorajei a ler porque estava mais do que saturado de livros que possuem vampiros como tema principal, além de ter a consciência de que a série tem mais de 10 livros e ainda não foi terminada (:O). Mas eu estava sem livros pra ler, e acabei pegando esse emprestado. A minha intenção era ler sem compromisso, se eu gostasse ia ler apenas esse e me dar por satisfeito.

Mas ao final desta leitura, não consigo nem cogitar me dar por satisfeito. No livro de J. R. Ward nós entramos numa nova mitologia para vampiro, o que, de certa forma, dá um refresco à história e consegue o benefício da surpresa em pleno mundo literário pós-boom vampiresco. Ele começa como quem não quer nada, apresentando três capítulos com personagens diferentes. 

O mistério vai se solucionando a cada capítulo, ligando os personagens e evidenciando a trama que existe no enredo. Enredo esse muito bem distribuído. Os capítulos, de tamanho médio, no máximo vinte páginas, sempre continham mais do que um ponto de vista em uma mesa cena (o livro é narrado em 3ª pessoa) e uma trocada de perspectiva que fazem com que pareça que está lendo um roteiro de filme.

Os personagens principais deste livro Beth e Wrath desenrolam suas histórias com suavidade, apresentado-se aos poucos e conquistando o carisma de quem lê. Os outros integrantes da Irmandade são igualmente carismáticos, embora em boa parte do livro passam ao leitor um ar sombrio, o que não podia deixar de existir, já que eles são vampiros. Butch, o policial, é um dos destaques desse livro, assim como o vilão que é daqueles de dar arrepios.

A tradução está muito boa, embora algumas palavras ficassem um pouco com cara de Sessão da Tarde, não me lembro de ter lido um palavrão aqui, então acho que isso contribuiu para o ar de filme dublado. Mas nada que deixe o livro infantil, claro, ele é bem adulto, possui cenas de sexo e muita violência. Estou compleetamente ansioso para ler Amante Eterno que, pelo que me parece, irá focar-se em outro personagem da Irmandade. Mal posso esperar! E, claro, fica aqui a recomendação de que leia este livro. Ele te conquista sem compromissos e se não gostar completamente, no final, vai pelo menos ter se divertido um pouco com a leitura.

Editora: Universo dos Livros
Autor: J. R. Ward
Série: Irmandade da Adaga Negra - Livro 1
Título original: Dark Lover
4,5 de 5