Editora: Agir
Autora: Alexandra Adornetto
Título original: Halo
Novo! Série: Halo - Livro Um
Páginas: 472 (Versão Impressa) / 8921 (Kindle eBook)
Tempo de leitura: 1 semana
O primeiro livro da série Halo que, tenho certeza que irei acompanhar, contém uma história dotada de espiritualidade e referências religiosas, com uma apresentação natural do bem e do mal. O bem sendo caracterizado por Deus e seus anjos e o mal sendo caracterizado pelo Diabo e os seus demônios.
Eu tenho que confessar, eu cheguei a cogitar abandonar este livro no meio da leitura. Simplesmente porque o livro tem um começo bom, mas um meio bem parado e um enredo que não evolui de forma alguma. Mas enfim, que tal conhecer um pouco mais do livro antes?
O livro sobre anjos tão famoso da Alexandra Adornetto conta a história de Bethany, sendo essa a personagem principal, e seus irmãos anjos, Gabriel e Ivy. Os três estão em uma missão na Terra, sendo esta a primeira de Beth. Por ela ser uma novata, acaba adquirindo um vislumbre pelos humanos. Ela descobre que tudo isso é mais do que um vislumbre quando se apaixona por Xavier.
Ok, o livro tem muitos clichês mas uma coisa pode ser dita. Alexandra quebrou a monotonia YA quando colocou a criatura sobrenatural como personagem principal, até então, não tinha visto nenhum nessa onda de anjos em que a personagem fosse desde o começo um anjo. Porém, você pode desconsiderar, pois Bethany e uma mocinha indefesa assim como as garotas sem-graça e sem poderes dos outros livros.
— Às vezes a gente conhece uma pessoa e simplesmente encaixa. A gente se sente bem com ela, como se a conhecesse a vida inteira, e não precisa fingir ser o que não é.
Sério gente! Ela fez muito mimimi durante o livro. Principalmente quando acontece uma coisa entre ela e Xavier, não posso revelar mais senão é spoiler. Ela parece que vai se matar a qualquer momento. Mas, quando você para pra pensar e se colocar no lugar dela, todo o seu mimimi é justificado. Uma vez que ela é um anjo, não conhece o amor, muito menos as pegadinhas das personalidades humanas e pode perder o garoto que de repente virou o amor de sua vida a qualquer momento.
Tem uma coisa que me incomodou muito durante o livro. E é a quantidade de páginas, eu não tinha me importado, até porque Cidade dos Ossos é enorme e Cassandra ocupou muito bem as páginas com acontecimentos! É justamente a falta desses acontecimentos que faz o livro ficar morninho durante o meio, certo que, para um livro enorme, algum há de ter para você ficar com aquele tédio, até mesmo o livro da Clare me deixou assim, mesmo que fosse por bem menos tempo do que este.
Xavier era uma doença, eu não queria ficar boa. Se a minha atração por ele constituía uma ofensa que poderia provocar uma represália divina, que assim fosse. Que o Céu caísse na minha cabeça. Eu não me importava.
Bem, se você quer saber, eu adorei esse livro. Mas foi mais pelo fim do que pelo resto. De certa forma, a narração de fatos banais como uma simples ida ao cinema, ou ao café ou o primeiro porre em uma festa cheia de copinhos vermelhos ajuda a nos manter um pouco mais próximos dos personagens e foi o mais completo medo de que algo de ruim acontecesse a eles que me deixou de coração mole no final, sério, até a morte da personagem mais insignificante me deixaria triste.
Beth é uma chata, um anjo que tinha tudo para ser um personagem incrível, com uma narração muito legal, fascinante e diferente do habitual acabou se tornando como todas as outras humanas, mas a quantidade de páginas me fez ficar amigo dela e torcer para que ela ficasse com o bendito Xavier que, com certeza, vai encantar as menininhas ou as mais velhas que ainda torcem como menininhas. Aí vai uma dica para nossos autores queridos: Se o personagem não é onipresente e não tem o melhor raciocínio, não o faça de protagonista que narra em primeira pessoa!
Fala sério, eu decifrei o vilão do livro em 3 segundos e Bethany que sente coisas desse tipo nem ao menos desconfiou. Mas enfim, senti muito a falta de saber de outros acontecimentos, a narração falha da personagem nos faz ficar no escuro durante boa parte do livro mas nos faz aproximar-se dela. A escrita de Alexandra não é uma coisa que deva ser destacada, mas não é ruim. O jeito como ela separou os acontecimentos bons e ruins com uma grande margem de tempo entre eles nunca me agradou e nunca vai me agradar, mas ela merece méritos por ter criado uma trama boa.
Existem muitas almas com uma necessidade desesperada de orientação, de conforto, e é meu dever atendê-las. Porém, como de hábito, no momento em que vislumbrei mentalmente o rosto de Xavier, quaisquer noções de responsabilidade ou culpa sumiram, e só conseguia pensar em encontrá-lo.
E mesmo que eu tenha escrito que Beth é burra e tudo mais, ela é aquela burra apaixonada e muito apaixonante como Bella Swan e Nora Grey, espero que ela melhore e cresça um pouco mais no próximo livro (que pelo que vi vai ser bombástico!) e, por fim, o desfecho não me agradou. Quando pensei que tudo estava bem, teve aquele final de Tudo estava bem em sua vida, até que... É sério, eu odeio chamadas forçadas para o próximo livro e tenho certa saudade dos livros da Saga Crepúsculo em que todos tinham um início meio e fim, autores deviam seguir mais esse estilo!
Para resumir tudo, uma frase que combina com Halo é: os fins justificam os meios e é justamente isso o que acontece. Mesmo que o livro seja enorme, compre-o, goste do início, se entedie com o meio e adore o fim, esperando ansiosamente por isso. Se isso já aconteceu, ou não aconteceu dessa forma com você, me conte, vou adorar responder aos comentários sobre o livro ali embaixo. Recomendo bastante o livro de Alexandra Adornetto sendo o início de uma série muito promissora em que o melhor de tudo é que ela: Já tem um fim, por isso, sem preocupação com oportunismos de Alexandra e c*gada no meio da saga. Ansiosamente espero por Hades, mesmo com medo de que seja um Lua Nova da vida.
Uma nota: FUCK THE SHORT REVIEWS! Eu escrevo livros, por isso é bem difícil escrever certas coisas em poucas linhas pra mim. Se você não gosta das resenhas grandes, bem, aconselho você a mudar de blog. Eu tenho muitas opiniões durante a lida de um livro e também adoro ler resenhas grandes, pois me parece ser uma opinião mais concreta e convincente do livro. Enfim, passado o desabafo/ aviso, vamos à nota. Que não será lá uma Brastemp...
9/10
Justificativa: Os fins justificam os meios, mas não é legal ficar entediado lendo um livro...