Autor: Alyson Nöel
Ano: 2010
Título Original: Blue Moon
Comecei Lua Azul confiante. Li algumas resenhas da série pela Deborah e gostei muito da percepção dela da série. Então decidi que teria que dar mais uma chance aos Imortais. Mesmo minha resenha não tendo sido negativa, depois de alguns meses fui influenciado por algumas pessoas e passei a odiar Para Sempre.
Na continuação da série "Os Imortais", Ever agora é imortal e Damen a está ajudando a usar seus poderes. Tudo está perfeito na vida da garota até que Damen começa a ter alguns sintomas estranhos. Ele não consegue mais materializar as coisas e nem se transportar para Summerland, a ante-sala do paraíso.
–– Ever, por favor. Você precisa levar a sério! Ainda tenho muita coisa para ensinar.E então, na escola, surge um cara novo chamado Roman e todos parecem gostar dele. De sua simpatia, beleza... Mas há algo nele que incomoda Ever, sempre que ela o encontra fica com arrepios há algo de ruim nele. Mais tarde, as coisas pioram. Damen fica com uma doença estranha e não se lembra mais dela, agora tudo o que ele aparenta saber fazer é odiá-la e ficar com Stacia Miller.
–– Por que tanta pressa? –– Afofo meu travesseiro e dou um tapinha ao meu lado, na esperança de que ele saia da escrivaninha e venha ficar comigo. –– Achei que a gente tivesse todo o tempo do mundo. –– Sorrio. E quando ele olha pra mim, todo o meu corpo esquenta, eu perco o fôlego e não posso deixar de imaginar se algum dia me acostumarei com sua extraordinária beleza, sua pele macia e moreno, os cabelos castanhos e brilhosos, o rosto perfeito e o corpo esgui e bem definido, o perto yin moreno para o meu yang louro e palido. –– Sou uma aluna muito aplicada, você vai ver –– digo enquanto meus olhos encontram os dele, dois poços escuros de uma profundidade impenetrável.
Pode parecer implicância, mas Lua Azul me lembrou muito Crescendo da Becca Fiztpatrick. Não só pelo mocinho se separar da mocinha inexplicavelmente mas pelos nomes das vilãs e pelos mocinhos irem ficar com as vilãs, que sempre perseguiram a mocinha. Mas, contradizendo a todos, eu acho que neste livro Ever está mais madura. Ela é uma controladora e ciumenta perigosa, mas sabe assumir isso.
Apesar de só fazer escolher erradas, ela age. Movimentando a história. O que não me fez querer largar o livro de jeito algum. Você passa o tempo todo querendo saber o que acontece com Damen. Ao mesmo tempo que vê viagens de Ever à Summerland e ela sofrendo na escola com a aparente lavagem cerebral que Roman fez em todos, fazendo o sistema de castas e grupos do almoço acabarem.
Pelo fato de Damen ficar separado de Ever, achei que o livro seria um drama só. Mas não foi, Lua Azul é ainda mais surpreendente que Para Sempre e Alyson Nöel nos deixa de queixo caído com suas afirmações que condizem com fatos reais e uma mitologia que se divide entre o misticismo e a pura ficção. O meu personagem favorito deste livro foi a cartomante e vidente, Ava, que apareceu pela primeira vez na festa de Haloween, no primeiro livro.
Acho que não tinha noção de como estava tensa, nem de quanta negatividade estava carregando até Ava me obrigar a perceber. Embora esteja disposta a fazer qualquer coisa para entrar naquela sala e me aproximar de Summerland, tenho que admitir que pode ser que essas bobagens realmente funcionem.Nesta parte da história, Miles e Heaven aparecem bem menos. Eu gostei muito já que tenho uma raiva infinita de Heaven e Miles é no mínimo um personagem caricato demais para mim. Mas confesso, ele foi quem quebrou o drama do primeiro livro com suas piadas em momentos geniais. Riley, a irmã morta de Ever, aparece apenas em um flashback da história. Mas mesmo assim tem uma grande importância no livro.
O modo de escrito da autora, Alyson Nöel, meio que me irritou um pouco por ser apenas no presente. Mas, de fato, isso influencia um pouco na narração de Ever. É tão vê-la planejar e fazer, parece que como estamos presos ao presente nos privamos de algumas divagações sobre o que já passou no livro. Me arrependo de já não ter comprado Lua Azul logo quando acabei Para Sempre.
Recomendo muito que leiam, é um livro profundamente simpático e cinematográfico. O meio e o fim são de tirar o fôlego, você fica sempre com aquele bolo no estômago. Presenciando as cenas e sentindo sempre o mesmo que Ever em determinadas situações. O final é extremamente emocionante e é cheio de pontas soltas. Quer dizer, ele é carregado de artifícios para deixar você com vontade de ler o próximo.
Porém, vou deixar pra ler um livro antes de Terra de Sombras, como diz Damen, não se pode abusar da sorte que tem, então acredito que se ler o próximo eu vá ficar com um pouco de tédio pela história que, como dizem pelas resenhas, o próximo terá mais mitologia e nada novo na série. Mas, mesmo assim, os dois primeiros já estão aprovados e você pode ler sem medo de ser feliz!
–– Não! –– grito. Minha voz reflete nas paredes da sala vazia e ecoa de volta para mim. –– Por favor! –– imploro. –– Volte! Vou me esforçar mais. Sério! Prometo não ter ciúmes nem ficar irritada. Assistirei a tudo se você retroceder o filme.
Mas não importa quando eu implore, quanto peça para ver novamente. O cristal se foi, desapareceu
Olho em volta, procurando por alguém para me ajudar, alguma espécia de bibliotecário que me oriente em relação aos registros akáshicos, embora eu seja a única pessoa no loca. Apoiando a cabeça nas mãos, perguntando-me como pude ser tão estúpida a ponto de deixar meus ciúmes e minhas inseguranças assumirem o comando mais uma vez.
Eu já sabia sobre Drina e Damen. Já sabia o que veria. E, agora, como fui fraca para engolir e lidar com o que estava vendo, não faço ideia de como salvá-lo. Não faço ideia de como fomos de um começo maravilhoso a um fim tão horrível.