Olá leitor! Faz muito tempo que não crio um especial aqui no Bobagens & Livros, praticamente deixei de fazê-los desde o fim do ano passado. Mas percebi que esse foi o nosso diferencial quando começamos e tirando que eu adoro fazer e sei que vocês adoram ler curiosidades sobre os assuntos que abordo aqui. Prometo que os nossos especiais serão agora mais frequentes e quero bastante comentários, hein? Esse especial fala sobre as capas de livros, em que muitas vezes julgamos-nas. Mas, e quando um livro não é tão bom quanto a capa? E quando a capa não é tão boa quanto o livro? Vamos seguir com a dissertação pelo assunto, por enquanto, já tenho uma segunda parte garantida, mas só vou passar a colocar números nos títulos quando já estiver numa quantidade boa e já tiver passado do dois.
Um passo importante na publicação de um livro é a escolha da capa. A criação muitas vezes é comparada com conceber um filho, ou até mesmo escrever um livro. Isso requere muito trabalho dos editores e da equipe gráfica de determinada editora. A capa tem de ter algo a ver com o livro e ao mesmo tempo ser bonita e combinar com a tipologia, ou seja, as fontes que eles querem usar. Esse vai ser o chamativo quando o leitor for numa livraria, então esta capa tem de estar deslumbrante e chamar atenção.
O tema desta edição do especial é sobre a criação de uma capa e boa parte delas são escolhidas em bancos de imagens que consistem em sites com imagens com direitos autorais, que você pode fazer a aquisição e ter ela para uso comercial ou próprio. Um exemplo de imagens de bancos são as capas da série Fallen que se originaram de um ensaio feito com uma modelo brasileira, de tema gótico e acabou que a modelo qualquer acabou virando a Luce do livro e estas capas, de tão bonitas foram usadas em boa parte das edições pelo mundo.
As capas da série foram bastante elogiadas pela cor e a combinou muito bem com a temática e a tipologia escolhida para o livro. Nos livros Young Adult de hoje, as da série Fallen têm as melhores capas e, sem dúvida, essa foi uma boa escolha para o mercado editorial. Porque o livro é um sucesso e best-seller em quase todos os países em que foi lançado, sem contar que todas essas cores frias e esse ensaio são um colírio para os olhos, dá pra comprar julgando pela capa, não é mesmo?
Agora, um exemplo famoso e distinto são os da série Hush Hush (Ou Sussurro, no Brasil). As fotos foram a partir de um ensaio fotográfico com modelos contratados exatamente para as capas do livro e o resultado foi ótimo. A própria Becca participou da escolha e, com certeza, os personagens têm algumas semelhanças com os modelos escolhidos e isso deu um ar bem pessoal às capas. Elas têm uma tipologia própria, como se penas tivessem se agarrando às letras.
As cores são sempre em preto e branco e as fotografias são impressionistas e cheias de efeitos especiais. O modelo da primeira se chama Drew Doynon, ele é de Conneticut e tem vinte e um anos, os fãs adoraram a sua escolha e o fã site mais famoso da série, o
Fallen Archangel fez uma entrevista com o modelo. A tradução foi feita pelo
Série Sussurro BR.
Como você se envolveu com esse projeto?
Na verdade, James Porto pediu para me ver porque ele achou que eu me parecia muito com o Patch. Eu fui vê-lo em seu estúdio e nós imediatamente fotografamos, então ele me disse que eu era o cara certo para o livro. Eu vi uma parte do trabalho de James e soube que este iria ser um projeto incrível. Ele verdadeiramente tem um dom.
Essa é sua primeira capa de livro? Se for, como se difere de uma típica sessão de fotos?
Sim, esta é minha primeira capa de livro. Eu acho que capas de livro são um pouco diferentes porque não são simples sessões de fotos e exijem mais esforço tanto do modelo quanto do fotógrafo. Você pode ver só de olhar para a capa que foi feito muito trabalho na bonita sessão fotográfica, e eu definitivamente não consigo fazer perfeitamente aquela pose o tempo todo *risos*
Você leu o livro para se inspirar no personagem? Se sim, você acha que tem outras coisas em comum com Patch além da bela aparência?
Na época da sessão eu não tive a chance de ler o livro. James leu, e me deu detalhes sobre meu personagem e sobre o enredo do livro. Depois de ter lido, acho que tenho coisas em comum com ele. Acho que a primeira impressão que algumas pessoas têm sobre mim antes de conversarmos é parecido com o que acontece com Patch, um "bad boy" arrogante *risos* Mas assim como Patch, também há mais em mim do que as pessoas podem ver.
Como é se ver com asas?
É maravilhoso. Eu acho que toda criança sonha em voar, e eu ainda sonho com isso. É como se ver como algo mais do que você realmente é, e eu gostei dessa sensação.
Como modelo, é estranho haver tanto excitamento numa sessão que nem aparece seu rosto?
É um pouco estranho, mas o fato de haver tanto excitamento sem ver um rosto mostra o quão boa a sessão realmente é, e eu tenho orgulho de ser parte disso. Acho que isso também se adiciona ao mistério que envolve Patch e deixa que os leitores façam uma imagem dele com suas próprias imaginações.
Algum dos seus amigos ou família viu a capa? O que eles acharam? Eles leram o livro?
Grande parte da minha família e dos meus amigos viu. Todo mundo com quem eu falei achou a capa o máximo. Minha mãe acha que é a melhor coisa que já existiu e ela deve ter acabado com todos os exemplares de todas as livrarias locais *risos* Ela distribui panfletos no trabalho e terminou o livro em um ou dois dias. Ela amou e recomenda a todos.
Quem fez o figurino? Aqueles eram seus jeans? *risos*
Haha, sim, aqueles eram meus jeans. Eles eram novos e eram meus únicos jeans pretos, e eu não tinha certeza se iam caber em mim, mas tudo deu certo.
Nós ouvimos dizer que um trampolim foi usado na sessão. Foi uma sessão fisicamente puxada? Julgando a partir da capa original, parece que você teve que fazer algumas poses bem loucas.
Oh garoto, o trampolim foi a melhor parte! Foi muito puxado e eu tive que ficar pulando e me curvando por horas.Também houve muitas tentativas e erros com as posições de anjo, mas depois nós conseguimos.Também foi a sessão mais divertida que eu já fiz. Eu não pulava num trampolim há anos e isso trouxa muitas memórias de infância. E eu não tive que ir à academia por alguns dias *risos*
Algum acontecimento na sessão que você queira dividir conosco?
Bem, eu não era o único me divertindo. Todo mundo deu uns saltos no trampolim.
Você teve que se preparar para a sessão de alguma forma?
Eu não tive que me preparar antes de ir para a sessão, mas a maquiagem demorou um pouco porque eles tiveram que colocar asas quebradas nas minhas costas. Também tive que me alongar um pouco, não queria distender nenhum músculo no trampolim *risos*
Você pode nos contar se estará em alguma outra capa dessa série?
Eu não tenho certeza, mas acho que estarei em algum lugar da próxima capa. Eu estou apenas torcendo, porque sei a qualidade das imagens e sei que os leitores e fãs iriam adorá-las. Eu também gostaria muito de vê-las!
Então é isso, essa é a primeira parte do Julgando pela capa. Espero que tenham gostado de saber mais sobre a criação, a partir de bancos de imagens e com modelos e ensaios próprios e, além disso, ainda ficaram sabendo como foi a sessão de Hush, hush. Ainda não sei se terão mais partes, mas como disse, uma segunda é mais que necessário para podermos falar sobre outro assunto que está em minha cabeça neste momento.