31.3.14

ENDERS, de Lissa Price

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Novo Conceito, 288 páginas.
Eu terminei Starters com um sorriso no rosto e a certeza de que ter tido uma das maiores surpresas do ano até agora. Então é lógico que assim que tive a oportunidade, peguei sua continuação, chamada Enders, para ler e tirar a minha opinião como um todo, já que a série trata-se de uma duologia. O volume final já começa com aquele ritmo rápido do primeiro livro, com a Callie, que até então pensava que ia viver num bem bom danado, dando-se conta de que estava muito errada, e sua vida mudando totalmente de ponta a cabeça como antes. Se esse começo começou a me agradar, foi na metade que as coisas começaram a desandar, infelizmente. Mesmo que mantivesse um ritmo incrível de enredo, com a rapidez que já posso caracterizar como sendo própria da Lissa Price, desta vez, a sua escrita não funcionou tão bem. Ela tem um estilo seco, que vai direto ao ponto, com poucas descrições, poucas palavras em parágrafos. Porém desta vez tudo ficou meio superficial, rápido demais. Algumas coisas importantes aconteciam sem que sua devida importância fosse dada e isso irritou bastante, principalmente por se tratar do último livro. Os acontecimentos acontecem rápido demais, um personagem muito importante introduzido muito rápido, a sua história é desvendada muito rápido, é tudo assim. E isso cansa. E decepciona também. Porque o segredo central do livro que, se tivesse sido tratado de outra forma, teria me deixado de boca aberta, não me surpreendeu tanto assim. Na verdade, eu só fiquei mesmo foi confuso porque com a rapidez, a autora não conseguiu explicar tudo de forma que fosse convincente, deixando para solucionar algumas pontas soltas deixadas na revelação como sendo que Callie deduziu sozinha, ou logo que soube do segredo pensou nisso, ou que é bastante improvável e irreal. Enders é uma despedida fraca e decepcionante para os personagens que me cativaram em Starters, e eu que pensava que se tratando de uma duologia, a autora saberia bem usar os acontecimentos e dividi-los bem nesses dois livros. Mas parece que ela colocou suas ideias legítimas no primeiro, pra no segundo fazer algo só pra poder colocar o desfecho em papel, e pronto. Faltou mais explicação sobre o que exatamente aconteceu no mundo, faltou explicar como as coisas ficaram daquele jeito, no final. Faltou me convencer de que ela não teve essa ideia logo que acabou de escrever o primeiro e introduziu porcamente no segundo. E também preciso dizer que o destino dos personagens não foi nada satisfatório, na minha opinião. NADA. Não que eu me importe se o final feliz ou triste, porque acho que ser bom ou ruim não depende disso. Mas o final foi ruim e pronto. Então, deixo aqui a minha resenha/ reclamação e exponho também a minha tristeza com o fim mal estruturado de uma série que tinha tudo para ser melhor. Mas infelizmente não foi. 

3/5

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