Porém, ao mesmo tempo em que parece ter muita coisa acontecendo, é bem vagarosa a forma como a autora resolve desenrolar tudo isso. Entrelaçando os enredos entre si de uma forma que, sim, é admirável, ela amarra a trama de Cidade dos Anjos Caídos, entretendo-nos com dosagens muito baixas e esporádicas, acredito que um dos motivos para o livro ser um dos menores da série seja o fato de que não há muito desenvolvimento aqui,
É como se ela tivesse instalado os assuntos que trataria no fim do livro e apenas no finzão mesmo se deu ao trabalho de resolver e, enquanto isso, ir enchendo linguiça com outras coisas. Não que eu não tenha gostado do destaque especial que Maia tenha ganhado, eu acho a história dela uma das mais fascinantes do universo da série, e também gosto muito dessa atmosfera creepy de filme de terror trash com toda aquela história da Igreja de Talto e tudo mais mas pareceu que foi porque a autora estava se segurando para não entregar o clímax muito rápido. Se ela tivesse colocado no papel de uma forma melhor, talvez o livro não evidenciasse tanto isso.
Acontecendo em pouquíssimo tempo, Cidade dos Anjos Caídos, por sua vez, tem um dos desfechos mais incríveis e que te fazem tombar da cadeira da série, se não o mais! Fica claro que quando idealizou tudo, Cassandra Clare queria levar as coisas para um outro nível e mostrar que a série tinha crescido e ela sabia aonde estava levando e, sinceramente, ela não decepciona nesse quesito. Eu lembro de ter ficado muito ansioso para ler o livro seguinte e mesmo estando um pouco saturado da série no momento, minha avidez por saber o final continua. Este volume me encantou da primeira vez e nesta segunda vez, mesmo depois de poucos meses, já foi lido sob um olhar quase completamente diferente. De qualquer forma, o meu amor por Os Instrumentos Mortais continua, assim como essa maratona, já estou partindo direto para o próximo! :)
3,5 de 5
- Claramente - disse Luke -, tem alguma coisa acontecendo e não sei nada a respeito.
Simon olhou para ele.
- Às vezes acho que este é o lema da minha vida.
***
" - Talvez - respondeu Isabelle. - Achei que me fazia ser especial. Não sei pensei em como poderia ter me mudado. Mas vejo meus irmãos entregando os respectivos corações e penso não sabem que não deveriam fazer isso? Corações são frágeis. E acho que mesmo quando a pessoa se cura, ela nunca mais volta a ser como era antes."
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