27.4.14

Divergente (2014)

Enquanto assistia a esse filme prometi a mim mesmo duas coisas: Que tentaria ao máximo não pensar nas semelhanças com o livro e avaliar o filme sem envolver o meu coração de fã. Lá em 2012, quando eu li o primeiro livro da série Divergente, foi tudo muito realístico. A forma como a Veronica Roth narra tudo é bem visual e tem aquele ritmo de filme. Então nem posso dizer o quanto fiquei feliz e empolgado ao saber que eles adaptariam este livro. Voltando ao filme, aqui nós temos um início bem fiel que inclusive me deixou um pouco emocionado porque foi exatamente como eu tinha imaginado. Pouco a pouco somos apresentados ao sistema de facções, assim como somos introduzidos à personalidade da Tris, muitíssimo bem. Foi muito bom mostrar seu deslumbramento com espelhos, a incompatibilidade com a facção de origem, tudo muito bem capturado pelos roteiristas. As mudanças mais visíveis não me incomodaram porque foi uma forma de ajudar o espectador que não teve conhecimento dos livros a entender melhor a atmosfera da série. Eu vi um pessoal dizendo que o filme tinha pegado mais leve nas cenas de ação, o que é verdade. Boa parte dos acontecimentos mais fortes de Divergente não estão no filme, porém, as cenas aqui contidas já cumprem o seu trabalho, apesar de ter faltado um desenvolvimento melhor pro Peter, já que a sua parte foi excluída e ele ficou meio que um personagem avulso durante todo o filme. Também preciso falar sobre as atuações. Meu Deus, a Shaileene é muito ruinzinha, tadinha. Dificilmente muda de expressão, mas seria contradição dizer que ela cumpriu bem o papel da Tris? É que, no caso da protagonista, ela é sim calada e pensativa e desconfio que não demonstra seus sentimentos facilmente. E ainda tem uma cena que me deixou com o coração na mão que, na minha opinião, foi superior a do livro. Não posso dizer aqui porque é um spoiler dos brabos, mas foi muito bem interpretada. O Quatro foi apresentado com bastante cuidado, porém algumas coisas foram romantizadas demais, o que me incomodou um pouco. O ator que representou não é lá um primor, mas não é nada horrível. Também tem outros atores que cumpriram um papel marcante no filme, como a mãe e o pai da Tris, a Tori e a Christina e o Will, pelos quais sou tão apaixonado como na saga literária <3. Mas o destaque mesmo fica para Kate Winslet, o maior nome do filme, que é simplesmente A MELHOR JEANINE que eu poderia imaginar. Dá pra ficar com raiva, dá pra acreditar nas suas mentiras... Uma escolha muito boa, sem dúvida. Divergente foi um filme com bastante ação, captou bem a atmosfera dos livros, com uma trilha sonora incrível e já é um hype cinematográfico. Mesmo tendo o enredo mais introdutório dos três, foi tudo o que poderia ser e foi muito bom. Recomendo pra todo mundo e já estou esperando ansiosamente para a adaptação de Insurgente e tenho certeza de que as coisas vão ficar ainda melhores!

4/5

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