Ezra tinha uma vida perfeita. O garoto mais popular da escola, namorando a popular líder de torcida, um futuro promissor na cidade. Até que um acidente o tira do seu status quo. De volta à escola, Ezra percebe que não se encaixa mais em seu antigo grupo. O acidente o deixou com uma limitação na perna que o impede de ser o brilhante tenista da escola e tudo parece estar perdido até que ele encontra uma garota chamada Cassidy Thorpe. Uma novata na escola, Cassidy mostra a ele um mundo novo onde sempre esteve presente, mas seus olhos não viam.
Essa é a proposta inicial do livo. É o que a curta sinopse conta (o que agradeço, porque a Novo Conceito costuma exagerar no tamanho destas) e é tudo o que temos, principalmente nas primeiras páginas. É incrível como nós nos apaixonamos pela Cassidy ao mesmo tempo em que o Ezra, a personalidade imprevisível e super nerd dela me encantou de uma forma! Ezra também é um personagem que criou um apelo comigo. É possível acompanhar a sua mudança de personalidade durante o livro.
Algo que faz do enredo é o mistério sobre Cassidy. Apaixonante, a personagem está rodeada de incertezas. E o mistério foi me consumindo até o clímax. Eu achei que a autora daria um desfecho previsível. E, mesmo que, no fim, eu tenha acertado aonde certas coisas iriam dar, me surpreendi totalmente com o que ela planejou para o desfecho. Foi uma coisa que não me passaria pela cabeça nem se eu pensasse muito, uma ideia incrível e que me deixou de boca aberta.
O Começo de Tudo foi uma experiência boa. Inevitavelmente usando esta metáfora, mas uma montanha-russa de emoções. O livro mostra-se convincente de uma realidade que poderia acontecer com você ou com um amigo. Em algumas partes, eu senti certas semelhanças com os romances de John Green. Um toque de superficialismo que ficou pequeno diante da realidade que os personagens passam. Robyn começou de um jeito espelhando-se em outro autor e no final, foi mais individual e marcante do que poderia ser. Vale muito à pena ser lido!
5 de 5
Ainda acho que a vida - independentemente do quão comum seja - de qualquer pessoa tem um ponto trágico e único, depois do qual tudo o que é realmente importante vai acontecer. Esse momento representa o catalisador, o primeiro passo da equação. Mas conhecê-lo não leva a nada, pois o resultado é determinado por aquilo que vem depois.
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Não esperava aqueles olhos de um profundo e inquietante azul-escuro, do tipo que faz a gente pensar se os céus se abririam quando ela ficasse zangada.
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Para mim, o silêncio representava segurança. As palavras podem nos trair se forem mal escolhidas, ou significar menos de usadas em exagero.
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Não sei se ele tem razão, mas sei que passei um longo tempo existindo e, agora, eu pretendo viver.
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