31.1.14

Resenha de filme: O Ditador (2012)

 
Depois do sucesso estrondoso de Borat, o ator Sasha Baron Cohen volta para mais um filme non-sense de muito sucesso. Desta vez usando a sua acidez humorística para fazer uma crítica ao estilo de vida americano e aos esteriótipos do dia-a-dia. Sasha representa um ditador, chamado Aladeen que comanda um país de nome Wadiya (pronunciando-se "vadia") que ao ver seu reino ditatorial sendo ameaçado, quando é alvo de um golpe e um sósia é colocado em seu lugar prestes a assinar um acordo de democracia no país. Sozinho no país que odeia, os Estados Unidos, ele tenta de todas as formas recuperar o seu posto e impedir que Wadiya conheça a democracia. 

Ao contrário da maioria das pessoas, eu nunca assisti Borat. Não sei, nunca me interessei por este filme. Mas, por alguma razão, desde o seu trailer, O Ditador me chamou bastante atenção. Quando finalmente fui assistir, uma sensação foi de que as minhas expectativas estavam completamente certas. Esse filme é completamente hilário. Cheio de cenas politicamente incorretas, com muitas piadas de humor negro e situações ridículas que me fizeram gargalhar, e muito. Mesmo que Aladeen seja a personificação do anti-herói, a figura caricata que ele é, mesmo com seus egocentrismos e atitudes muito erradas, nos faz torcer para ele durante o filme. E ainda mais pelo improvável par romântico com Zoey, interpretado pela minha querida Anna Faris (que infelizmente não tem muito mérito como atriz, mas seus filmes são sempre uma delicinha de se assistir). Cheia de exageros em expressões, ela consegue levar bem o personagem, justamente porque ela é exagerada e estereotipada como todos os outros personagens deste filme.
Uma das coisas que me agradou bastante nesse filme foi as suas milhares de referências à cultura pop. Sim, há muita crítica social e política presente aqui (exemplo o discurso de Aladeen na cena da assinatura do acordo), mas as aparições de celebridades e as citações também são uma carta na manga na trama. O Ditador é bizarramente divertido, despretensioso, mas consegue mostrar a que veio em pouco mais de uma hora de filme. Me fez ficar com vontade de ver Borat, embora ainda tenho um pé atrás quanto ao filme. Recomendo pra todo mundo que quer se divertir e se diverte com esse tipo de humor. É uma ótima pedida!

Assista ao trailer!


29.1.14

Resenha: Anjo Mecânico - Cassandra Clare (As Peças Infernais #1)

Já sou fã de Cassandra Clare pelos livros de Os Instrumentos Mortais e ao terminar os livros que já foram lançados da série anterior, decidi me aventurar pelo mundo de Peças Infernais, que nada mais é que uma prequel (ou seja, uma história que precede) de Instrumentos Mortais. Na história, temos Tessa, uma garota que muda de Nova York para Londres, após perder sua tia. Ela recebeu uma carta do irmão Nathaniel e vai atrás dele, que é sua única família. Chegando lá, é recebida por duas irmãs muito estranhas e pouco depois descobre estar sendo mantida em cárcere privado pelas Irmãs Sombrias, enquanto elas fazem uso do poder que ela acaba de descobrir que possui a troco de que se Tessa não obedece-las, irão matar o seu irmão. Bem, se quer uma dica, não leia a sinopse de Anjo Mecânico, aqui está tudo o que você precisa saber para começar a leitura.

Desavisado, lá fui eu ler a contra-capa do livro, e acabei sendo surpreendido por muitas revelações que fazem parte de mais da metade do livro. Anjo Mecânico tem um início lento, mas acho que não seria tão pedante caso eu não tivesse lido essa sinopse. O livro começa bem devagar, com uma açãozinha nas primeiras páginas, para depois mergulhar-nos em um oceano completo de marasmo. Entendo que Cassandra Clare precisou re-explicar alguns aspectos acerca dos Caçadores de Sombras (ela até acrescentou algumas informações ao decorrer deste livro) mas não pude evitar me sentir entediado quando as coisas que eu já sabia eram explicadas novamente. Estranhei bastante o começo da história, não me sensibilizava com nenhum dos personagens, muito menos conseguia lembrar o nome de cada e quem era quem.Cheguei até a considerar um abandono, persuadido pela lembrança de que, sim, no último ano, Cassandra Clare pulou de surpresa para a lista dos meus autores favoritos.

Foi lá pela página 200 que consegui presenciar uma grande virada na história. Nós finalmente conseguimos nos familiarizar com os personagens, assim como o que mais ou menos a autora quer nos propor neste livro. Daí, mesmo sem muita ação, é só amor. Cassie conseguiu me conquistar com a escrita envolvente e o absurdo de criatividade que usou para a criação desta história. Tanto em relação à mitologia quanto ao enredo. Will foi um personagem que me deu muito asco no começo (principalmente pela sua semelhança com outro protagonista da autora), mas me acostumei depois. Tessa é a mocinha de sua época, com alguns aspectos de Clary e uma mudança notável entre o começo e o fim das páginas. Jem é o personagem com quem mais me familiarizarei, talvez esteja acontecendo o mesmo que aconteceu com Simon. É um personagem cheio de história, super interessante, pra quem torço muito, embora já tenha um destino traçado, o qual não me agradou.

O desfecho deste livro é uma das coisas mais incríveis que já li. Tudo explode nas últimas páginas, mantendo o mesmo ritmo até o seu final. Com revelações muito surpreendentes e muitas pontas soltas para serem solucionadas nos próximos livros. E, preciso fazer um desabafo, depois daquele epílogo, eu sinceramente não sei o que achar. Estou completamente no escuro. Anjo Mecânico é um steampunk (gênero de ficção científica que acrescenta modernismo a tempos antigos), um risco que a autora cometeu por associar esse tipo de história à fantasia adolescente que conquistou os fãs de Instrumentos Mortais, teve suas falhas no início e, apesar disso, terminou cheio de promessas para volumes seguintes muito bombásticos. Mais um livro da Cassandra Clare que contém seus elementos já conhecidos, que não me arrependo em nada de ter lido e recomendo avidamente!


Editora: Galera Record
Autora: Cassandra Clare
Série: As Peças Infernais #1
Título original: Clockwork Angel
Páginas: 392
  4 de 5

24.1.14

Resenha: Terra das Sombras: O Inimigo - Henri B. Neto (Saga das Sombras #2)

http://skoob.s3.amazonaws.com/livros/326040/TERRA_DAS_SOMBRAS_O_INIMIGO_1379686271P.jpg
No segundo volume da Saga das Sombras, Adrian Regis lida com as consequências da sua recém-descoberta sobre ser um Arcano. Com plena consciência dos perigos que correm seus amigos Líon e Serina, ele tenta fazer o máximo para manter os amigos sã e salvos do plano de vingança de Alexander Morton, ao mesmo tempo em que se concentra em reintegrá-los à vida social dos alunos da Constantine. Em O Inimigo nós temos o desenrolar da história que se iniciou no livro anterior, desta vez muito bem dosado com mais romance e suspense. Mas antes de devidamente começar essa resenha, devo informar que li o primeiro livro faz tempo e não me lembro da tal ligação entre os amigos de Adrian e o vilão da saga, já entendo o motivo da vingança, mas se existe algo mais, me escapa totalmente da memória. Isso parece ser uma coisa importante, então vou procurar o autor para ter as minhas dúvidas sanadas. Também preciso avisar que só pude aproveitar a leitura deste livro da forma que ele merecia quando já tinha solucionado as milhares de perguntas que se formaram na minha mente, essas só foram respondidas com a leitura propriamente dita.

Mesmo com vagas lembranças do livro anterior (lembro-me de ele ter sido bem introdutório, então acho que não perdi muita coisa), logo de início eu já consegui notar uma boa evolução na escrita de Henri B. Neto. Se no primeiro livro, suas palavras soavam leves e simples, um pouco rasas, diga-se de passagem, neste, ele dá um senhor aprofundamento nas cenas. Abordando-nos de uma forma extremamente visual, juro que consegui imaginar exatamente da forma como ele descrevia algumas cenas, a atmosfera, os trejeitos dos personagens, tudo é precisamente captado por ele e isso é um feito bem admirável. Com a já falada senhora evolução, mesmo este livro sendo quase tão pequeno e rápido quanto o outro, consegui ter uma fixação maior dos acontecimentos. O enredo é bem vapt-vupt, o autor economiza cenas adicionais, colocando apenas material importante, um atrás do outro. E isso me agradou bastante! Me fez devorar o livro em apenas uma sentada, ávido pela continuação. Mesmo que neste livro, nós tenhamos poucos acontecimentos, o que é descrito foi muito válido.

Com algumas trocas de pontos de vistas, Henri nos mostra as faces do universo que ele criou, movendo a história de forma bem dinâmica. O início do envolvimento de Adrian com Serina acontece rápido, mas justamente por esse dinamismo e a forma confortável como ele leva a história, as coisas acontecem numa velocidade aceitável. O que quero dizer é, que mesmo tomando poucas páginas, o romance foi muito bem representado, foi bem coeso e convincente. O que também é um feito admirável, uma vez que por um escorregão as coisas poderiam ter soado forçadas ou superficiais. Agora, se for pra falar de um personagem em especial, não poderia falar de qualquer outro que não fosse Oliver. Ele aparece sem deixar grandes expectativas, foi me criando um pouco de desconfiança e curiosidade a cada vez que seu nome era citado na história e no final, simplesmente tomou o livro de assalto. Roubando a cena para ele, fazendo um dos cliffhangers mais avassaladores que eu já li. 

O desfecho, como já disse nas linhas acima, é bem convidativo para o próximo. Tem o quê de ter o enredo se afunilando desesperadoramente nas últimas páginas do primeiro, mas é levado com muito mais habilidade do que em "O Guardião". Embora tenha ocorrido uma evolução da escrita do Henri, ainda é possível encontrar alguns erros, sinais de uma edição nem tão eficiente assim. E são erros bem grandes como "viajem", além de outros escorregões. Há também a incerteza quanto ao cenário em que a série se passa, não que isso seja um problema realmente grande, mas pela quantidade de referências que há à cidade que eles moram e suas características, eu imaginava que Ventura se localizasse nos Estados Unidos, mas aparentemente os personagens conhecem Sessão da Tarde, então são brasileiros? Realmente gostaria de saber... Mas, tirando isso, O Inimigo foi uma leitura que apreciei do começo ao fim, li nervosamente, ri, fiquei com raiva, ansioso, nervoso. Uma gama enorme de sentimentos, o que é exatamente o que espero em um livro. Só posso dizer aqui que espero loucamente pelo último volume, aguardando as perguntas acumuladas nesses dois livros serem respondidas da melhor forma possível. E, tenho muitas dúvidas quanto a esse final. Não sei se foi só comigo, mas a minha imaginação simplesmente viajou com as possibilidades. Recomendadíssimo!

Editora: Independente
Autor: Henri B. Neto
Série: Saga das Sombras - Livro Dois
Título original: Terra das Sombras: O Inimigo
Páginas: 280
4,5 de 5
Outros livros da série:

22.1.14

Resenha: Olho Por Olho - Jenny Han & Siohban Vivian (Burn For Burn #1)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzL_WNx6s7cTpP6oIh_giwCLJHGHFKGkvCzCl0cBdUhutmJgXFnxA05lryIv5AE3GTZVG_lHBJ4e4h-7wWEUQXJuheS3c3k-SBJECN6A14OaZ0vXgUqWe8hGDRMZ0hd8oybQ_1I1siipRT/s1600/Olho-por-Olho-Frente.jpgTrês garotas. Um objetivo em comum: Vingança. Lillia, Kat e Mary vivem vidas diferentes. A primeira é uma popular líder de torcida, a segunda é a ex-amiga rejeitada das populares e Mary é a que volta com o propósito de vingança, por ter sofrido bullying na infância de um dos amigos de Lillia. Apesar de Mary voltar para se vingar, ou dar uma lição, o plano só concretiza com a ideia de Kat e posteriormente com a entrada de Lillia ao grupo. A partir daí, elas vão dar o troco nas pessoas com quem têm problemas, uma ajudando a outra, até que a vingança esteja completa. "[...]procure entender - se possível - os verdadeiros motivos que transformaram essas três meninas" diz a sinopse. E não sei se fazer a gente pensar no quão injustificável era cada coisa que elas faziam era a grande coisa do livro, mas foi exatamente isso o que aconteceu. 

Até agora, só vi em uma delas um grande motivo para todo aquele ódio e as frases de efeito como "hoje irei acabar com todos os que me fizeram sofrer" soam apenas como frases de efeito, uma vez que nada realmente grave (com exceção de um acontecimento isolado) acontece na trama. Devo admitir que o começo me empolgou muito, as narrações alternadas, que aos poucos iam entrelaçando as suas histórias e contando seus motivos para se virarem contra algumas pessoas, me fez virar as páginas que nem um louco, querendo saber onde tudo aquilo ia acabar. Nós acompanhamos os planos em ordem cronológica que, posteriormente, pode ser classificado também como uma ordem de importância. A cada plano concretizado, nós podemos perceber que os feitos das meninas vão se tornando mais cruéis. 

Voltando ao fato das promessas que o livro faz. Em boa parte das narrações, nós podemos contar com frases bem fortes, que implicam ações fortes, marcantes. Se por um lado as ações foram bem leves, levando-se em conta toda a trama de vingança prometida, é justificável quando se vê que o que os que levam os castigos não fizeram coisas tão terríveis. Com exceção de uma em especial, as vinganças das meninas parecem servir apenas para preencher o livro, uma vez que se tornaram sem sentido pra mim. Elas precisavam mesmo ter feito aquilo? As personagens são bem cativantes, embora Lillia e Kat não tenham me convencido muito, Kat é uma daquelas personagens fortes que mesmo depois de levar vários baques continua em pé. Mary é o trunfo do livro.

Ela fica de lado por boa parte do livro, mas mostra grande importância, com um twist digníssimo de enredo. Mas se a história de Mary foi a que mais me agradou e convenceu, alguns detalhes colocados no desfecho me irritaram (bastante). Não sei qual foi a motivação das autoras, se quiseram fazer algum tipo de semelhança a um livro famoso do Stephen King, se tudo aquilo era linguagem figurada, alucinação... Mas a forma como foi despejado, superficialmente concluído nas últimas páginas, fez-se um dos cliffhangers mais safados que eu já li. E não estou falando de forma positiva. Me irritou tanto as titicas que as autoras tentaram criar, mudando totalmente o clima anterior de leitura, guardando perguntas para o próximo... Só espero que elas não empaquem ainda mais no segundo para trazer respostas no terceiro porque isso realmente me deixaria bem chateado. Olho por olho me entreteu e por alguns detalhes, não me agradou. Mas eu vi gente que gostou bastante, por isso não retiro minha recomendação. De qualquer forma, curiosidade me consome para saber o que será feito em Dente por dente.


Editora: Novo Conceito
Autora: Jenny Han & Siohban Vivian
Série: Burn For Burn - Livro Um
Título original: Burn For Burn
Páginas: 320
3,5 de 5

Conká e sua Batuk Freak


Em minhas andanças descobrindo músicas por aí, cheguei até Karol Conká, a qual já tinha ouvido falar sobre algumas vezes. Agora interessado em ouvir seu som, coloquei para ouvir o seu primeiro álbum Batuk Freak, sem a mínima ideia do que ela era, do que ela fazia e acabei levando uma bela de uma surpresa. O seu disco é simplesmente absurdo de bom! Com uma levada de rap e a batucada que dá o título do álbum, Karol brinca com rimas muito bem feitas e samples diversos. Desde uma festa até preconceito e discursos de auto-aceitação, as músicas têm uma variedade de enfoques. Porém, todas soam muito bem, concisas e bem produzidas. Corre, corre erê é a primeira e já traz a batucada, os samples e a influência do candomblé. É bem pegajosa e ótima pra dançar. Gueto ao Luxo, Gandaia e Vô Lá se juntam à vertente mais dançante e festeira do álbum. Você não vai contém uma letra toda cheia de verdades, assim como Bate a Poeira que é um dos destaques do Batuk. A parceria com Rincon Sapiência traz toques de reggae e berimbal, uma das músicas mais diferentes e bem produzidas que já ouvi. Mundo Loco é barulhenta, mas é boa. Que Delícia literalmente é deliciosa e bem calminha. Olhe-se assume a vertente trap com muitas referências internacionais e a participação do rapper Tuty e os já familiares samples. Boa Noite é uma das músicas mais pegajosas e ótimas do álbum. "Ouça esse som bem alto e se emocione" fica na cabeça, assim como o refrão "Boa noite meu senhor e senhora", o flow de Karol não decepciona, combina perfeitamente com o ritmo e as batidas cheias de personalidade da música. Da vontade de ficar ouvindo a noite inteira! Caxambu é toda favelística, barulhenta, melódica e tem sample de funk, contagiante e com a influência candomblé. Karol foi a artista que me conquistou totalmente nos últimos tempos. Com músicas marcantes, bem produzidas que me faz questionar o motivo de ela não estar estourando na rádio no lugar de alguns artistas por aí. Mas enfim, gosto não se discute, né? As músicas barulhentas e a pegada underground da Conká me lembram muito a rapper M.I.A e ela é meio que a nossa M.I.A brasileira, pra mim. Sem dúvida, vou continuar acompanhando seu trabalho. E indico demais o álbum, um dos trabalhos mais notáveis do rap brasileiro dos últimos tempos!

5 de 5

17.1.14

Resenha: As Bruxas de Oxford - Larissa Siriani (Trilogia Coração da Magia #1)

A história de Larissa Siriani, passa-se em Oxford, uma cidade pequena nos Estados Unidos onde há uma casa cheia de lendas sobre supostas bruxas que ali viveram e foram queimadas, jurando vingança aos moradores da cidade. Muito anos depois, uma garota tímida e albina, chamada Malena, muda-se com seus pais e os seis irmãos (todos homens) para a casa onde aquelas terríveis lendas se passam. Não bastasse morar em um lugar bem assustador, Malena começa a testemunhar o surgimento de "poderes", capacitando-a de mover e destruir coisas com a força do pensamento. Além de tudo, o passado da casa começa a vir à tona, assustando a garota cada vez mais. Esse livro foi uma leitura bem rápida, coisa de um dia. E, vendo o pouco tempo que levei para concluir, você deve imaginar que eu gostei muito, que fiquei muito envolvido pela leitura. A resposta é:

Não! O motivo de eu ter lido As Bruxas de Oxford em uma velocidade assustadora, é do livro ser bem raso e leve, facilitando a leitura sem cansar. Eu comecei o livro meio sem saber o que esperar, já fazia tempos que tinha vontade de ler, sempre adorei a capa antiga (e prefiro a antiga do que a nova, muito!) e tudo mais. Aí encontrei com a autora na Bienal e comprei o seu livro. Demorou um pouco, mas finalmente li. A curiosidade inicial me fez passar pelas páginas em que pouca coisa realmente acontece, as primeiras cinquenta, coloquei na minha cabeça que deveria melhor depois de um tempo e continuei lendo, esperançoso. Esperando algo grande ou que pelo menos me divertisse um pouco. O enredo deste livro, apesar de ser introdutório (algo que nem sempre está relacionado à enredo ruim), me deixou completamente entediado.


Eu não sei o motivo, sinceramente. Porque este livro contém tudo o que já me encantou em outros livros do gênero, o romance, o sobrenatural, o mistério. Mas talvez esse tenha sido o problema, ele contém exatamente as mesmas fórmulas dos livros do gênero. E, infelizmente, essas fórmulas não foram bem introduzidas, ao meu ver. O romance é bem clichê e sem sal, acontece rapidamente. É tipo, te conheci e já te amo. O jeito como a história se desenrola também não me agradou, a autora colocou muita coisa sem importância no começo, pra no final querer fazer uma bagunça enorme cheia de informações e coisas acontecendo que, por sua rapidez, acabaram nem tornando-se assim tão convincentes. O desfecho é aquela coisa, acontece muito rápido, a gente nem vê e já chegou. Alguns furos aparecem nas últimas páginas, o que me leva a pensar que parece que a autora escreveu o livro todo pra no final, já cansada de escrever, não se dar ao trabalho de pensar direito na coerência. 

Queria muito ter gostado de As Bruxas de Oxford, mas o livro mostrou um enredo raso e pouco empolgante, uma história sem brilho e personagens que não me cativaram em momento algum. A mitologia, por sua vez, é bem coesa e interessante e foi bem muito bem bolada pela autora. Por isso, sou a favor de manter a primeira capa. O vidro quebrado tem muuuito mais a ver com a história do que essa capa atual. O que a garota de batom lilás tem a ver com Malena e as irmãs bruxas? Sinceramente. Apenas pra seguir moda... Enfim, não vou deixar aqui a minha recomendação. Mas, claro, se você quiser pode ler sem problemas, afinal, mais da metade das resenhas do skoob são positivas e dizem ter amado com todas as forças esse livro. É a vida. Não sei se leio o próximo, a sinopse me chamou bastante, mas tenho medo de ser apenas uma sinopse boa. 

Editora: Literata
Autora: Larissa Siriani
Série: Trilogia Coração da Magia - Livro Um
Título original: As Bruxas de Oxford
Páginas: 247
  2 de 5

16.1.14

Resenha: Perfeitas - Sara Shepard (Pretty Little Liars #3)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfFDEXJ7p1-71XN3RtHyVveHvz0ErFO6-RvNGeLxF0YgZ9qM0vjzFN7B5nV25v6Bbj5kMuF18Z0kqBNtzv4iNwPbEK4xg5xI_jELO0HGxOKql9YnDV52GdTqAf3QK1RigaE2axPVgAxR7S/s400/258256464.jpgEm Perfeitas, finalmente temos um vislumbre das garotas chegando perto de descobrir quem é o assassino de Alison. Com suas vidas em status quo, Spencer, Aria, Hanna e Emily acham que todos os seus problemas deram uma trégua, embora as quatro saibam que antes de uma calmaria vem uma tempestade. E a que vem é uma tempestade daquelas! Suas vidas novamente ficam à disposição de A, que inferniza o quanto pode a vida das meninas e elas veem os seus pesadelos e segredos virem à tona. Este livro é um marco na série, ele contém mais informações do que a autora costumava dar nos outros, as coisas resolvem-se mais do que nos volumes anteriores e dá impressão de que a história está por ser contada totalmente ao leitor. Se você pensa que todos os segredos serão revelados em Perfeitas, está muito enganado. Mas a gente pode ter um pequeno gostinho da verdade neste livro.

Descobrimos junto com as personagens, um pouco da história real da morte de Alison, enquanto acompanhamos as suas vidas ficarem cada vez mais problemáticas pelo intermédio de A. Essa coisa de mostrar os tormentos das meninas, é uma boa tática para enrolar a história e fazer mais livros. Acredito que a autora continuará nesse mesmo mistério pela dezena de livros que já foram lançados e tenho um pouco de medo. Se, por enquanto, não foi nada mal ser "enrolado" pela Sara Shepard, depois de um tempo isso pode ficar um pouco chato. Acompanhamos em capítulos alternados as garotas que refletem a realidade suburbana e classe média da juventude americana. Tudo é bem caricato, os problemas que cada uma delas tem, os lugares que frequentam, as coisas que fazem, suas ideologias. Mas acredito que esta seja mesmo a realidade. A juventude criada pelos trejeitos de filmes e o entretenimento em geral que dita regras.

Eu não tenho uma personagem favorita das quatro. Todas estão na mesma margem de intelecto e culpa no cartório. É bem excruciante acompanhar Spencer fazendo besteiras que ela podia muito bem evitar, então por isso ela se tornou a que eu menos gostei neste livro. Eu, absolutamente amo a trama da Aria e a Hanna teve uma história boa que pode se prolongar para os próximos e eu torço para que sim. Devo confessar que pulava as partes da Emily porque, apesar da autora ter tido uma boa intenção, tudo ficou muito entediante para mim. A escrita da Sara é bem envolvente, os capítulos são pequenos, então eu devorei esse livro sem nem perceber. Mesmo com o medo e o receio que tive no começo da leitura por esse se tratar de um livro de uma série de trezentos outros, eu consegui aproveitar muito bem essa leitura e já posso classificar PLL como uma das minhas séries favoritas de YA.

O enredo tem o mesmo ritmo dos outros. Acompanhamos a perda do status quo, a "normalidade" (porque de normal a vida dessas meninas não tem nada) em que geralmente se passam os inícios de livro e que sempre me deixam um pouco entediado, depois as coisas começam a esquentar, com a vida das quatro ficando complicadas basicamente à mesma medida, com acontecimentos que, pelo para mim, foram surpreendentes e me levaram a esse desfecho tão surpreendente quanto. Eu ainda não consigo acreditar no que aconteceu e, pelo que A falou no final do livro, acredito que a situação vá mudar no próximo livro. O mistério parece não ter fim e tenho medo das cartas que a autora diz ter na manga. Enfim, vamos esperar o próximo. Então, indico Perfeitas pra você que quer se divertir com uma boa história YA e ainda ficar encucado com alguns mistérios no caminho. Recomendo!

Editora: Rocco
Autora: Sara Shepard
Série: Pretty Little Liars - Livro Três
Título original: Perfects
Páginas: 303
4 de 5

Outros livros da serie:

15.1.14

Vídeo: Maratona Literária - Dia 3

 

Resenha: A Seleção - Kiera Cass (The Selection #1)

Em uma sociedade distópica caracterizada por um sistema de castas que divide as famílias em grupos de acordo com suas vocações, localizada nas ruínas dos Estados Unidos, que agora se chamam Illéa, o príncipe do país decide fazer um concurso inusitado. Chamado de "A Seleção", a competição que muito se assemelha a um reality show, pretende escolher uma garota dentre trinta e cinco selecionadas. E dentre essas está America, que cai de paraquedas na lista das pretendes do príncipe Maxon. Ela já possui um relacionamento, o qual precisa manter em segredo devido ao fato de Aspen pertencer a uma casta inferior à sua, o que não melhoria a sua situação já precária. Com o pensamento no namorado, entrando na competição apenas pelos benefícios que trará à sua família. Uma vez dentro do concurso, America aprende que sua vida mudará e muito no tempo que nele permanecer.  

A Seleção, de início, me ganhou por essa capa. É impossível passar pela livraria sem notá-la e consequentemente, morrer de paixão por essa obra de extremo bom gosto. Com o livro em mãos (devo mencionar que ele é igualmente lindo por dentro), a história começa de forma tímida. Mostrando-nos a personagem principal, que narra o livro em tempo integral, e o mundo em que ela vive. Pouco demora até que America seja selecionada, não poderia ser diferente, afinal esse é um fato que é informado logo na sinopse. Embora o enredo estivesse se desenrolando bem rápido e a história estivesse sendo contada muito bem, havia algo que me incomodava. De alguma forma, esse livro me passou uma ideia superficial, clichê e água-com-açúcar assim que comecei a leitura. Os personagens não me cativaram o bastante, os diálogos pareciam-se com todos aqueles que vemos em livros de romance por aí. Até então não tinha visto um diferencial e não tinha ficado propriamente grudado ou com vontade de retornar à leitura a qualquer momento em que estivesse disponível. Para ser mais direto, queria largar o livro, ler outro. Meu pensamento: "Isso não vai mudar em nada a minha vida".

Mas, com o decorrer das páginas, com a já citada super habilidade da autora de contar a história muito bem, a história foi me ganhando mais e mais. Kiera Cass é direta, lembrando um pouco a escrita da Veronica Roth. Mas ao mesmo tempo, traz mais detalhes que a escrita da autora de Divergente, deixando a história mais rica, ao mesmo que entusiasmante e carismática. As semelhanças com outras distopias, me irritaram um pouco. Se você prestar bastante atenção aos aspectos parecidos, vai achar um bom número e isso é uma coisa ruim. Mesmo com as semelhanças, essa obra conseguiu alcançar o individualismo depois de um tempo, mérito da escrita envolvente e da história que cada vez mais se torna interessante e gostosa de se ler. A Seleção é um livro bem introdutório, não posso dizer que foi "parado" porque a história não me prometeu muita ação. O romance água-com-açúcar irrita, alguns clichês também, mas aprendi a me acostumar com eles e apreciar mais as coisas boas do que ruins do livro.

Ainda batendo na tecla das promessas, vejo que no começo da leitura, estava totalmente errado quando me indagava sobre o que este livro mudaria na minha vida. Com a leitura já concluída, posso afirmar: ele não mudou nada! Mas onde estava escrito que ele o faria? Eu não recebi nenhuma promessa ou expectativa que não fossem as minhas e logo vi que esperar algo de uma leitura é uma coisa pouco inteligente de se fazer e pretendo parar daqui por diante. Se for falar sobre o que A Seleção cumpriu foi me entreter, o que, no caso, é o dever de todo o livro, assim como me deixar interessado e curioso sobre o que aconteceria em seguida. O desfecho contém um cliffhanger, nível 4 de 5, nada que vá te deixar muito desesperado, embora eu já anseie para A Elite. Não imagino o que possa acontecer em seguida. De alguma forma, a falta de riscos que Kiera tomou neste livro me deixou meio que desprevenido para o que vier a seguir. Mas todo mundo sabe que é ótimo ter uma boa surpresa.

Editora: Seguinte
Autora: Kiera Cass
Série: The Selection - Livro Um
Título original: The Selection
Páginas: 368
4 de 5

14.1.14

TO TREMENDO ROSANA: Capa em alta definição de City of Heavenly Fire!

Todos os Shadowhunters, por favor, tremam comigo! Acaba de ser divulgada a capa em alta definição (depois de uma revelação glamourosa em plena Times Square) de City Of Heavenly Fire, último livro da série Os Instrumentos Mortais. O livro sairá em maio lá fora e por enquanto ainda não há data confirmada pela editora brasileira, infelizmente! A capa seguindo a tendência das capas da nova trilogia, contém dois personagens na capa, com um diferencial do fogo (celestial, rs) atrás do título do livro. Eu amei tudo isso, mal posso esperar para ler o livro, mas esse carinha/anjo caído/Sebastian atrás da Clary realmente me incomodou. Fez a capa ficar um pouco descombinada entre si, não me agradou não. E vocês? O que acharam da capa? Dissertem aí nos comentários! :)

Vídeo: Maratona Literária - Dia 1

Além de participar da Maratona Literária como todo mundo, lendo!, resolvi documentar em vídeos os meus avanços com as leituras que coloquei na listinha para a Maratona. Fiquei um bom tempo sem gravar vídeos, espero que gostem! :)


13.1.14

Resenha: Bubble Gum - Lolita Pille

Uma garota de cidade pequena que tem um sonho de se mudar pra cidade grande e ser uma estrela. É essa a situação inicial do enredo de Bubble Gum, parece clichê, não é mesmo? Bem, é aí que você se engana. A fórmula já usada em diferentes histórias ganha um olhar crítico e ácido pelo olhar de Lolita Pille. Ela conta a história de Manon, a garota da cidade pequena, que mora em Terminus, um lugar que ela odeia, assim como a sua vida, trabalhando em um velho bistrô sem nenhum contato com o mundo que ela tanto tem vontade de fazer parte. E, vivendo a vida que a garota tanto sonha (e também narrando a historia em capítulos alternados), está Derek Delano. Um bilionário, drogado e entediado com a vida. Os primeiros capítulos tem ambos vivendo histórias distintas até o seu primeiro encontro. Enquanto Manon vê em Derek uma oportunidade única de subir na vida e ser a estrela que sempre sonhou, ele só pensa que finalmente achou alguém com quem pudesse executar o seu plano: causar a sua destruição.

Se você quer um conselho, não leia a sinopse que está na orelha do livro. Graças a Deus, eu não li e só depois de terminar a leitura que fui ver que eles resumem a história até mais ou menos as suas últimas páginas. Isso pode tirar a surpresa do enredo, assim como decepcionar as pessoas ao ver como tudo aquilo vai "demorar" a se desenrolar. Agora, à respeito do livro e como eu cheguei até ele. Foi totalmente por acaso, na Bienal, no estande da editora, por um desconto incrível e um interesse súbito nessa capa linda. Alguns meses depois, nunca imaginaria que este livro comprado sem saber do que se tratava, se tornaria um dos favoritos da vida. Não estou brincando! Até então, nunca tinha lido um livro que ao mesmo tempo em que se mostra profundo, é completamente fácil de entender e tem uma escrita tão viciante como a de Lolita. Ela mostra os prós e contras (mais os contras) da vida das celebridades, a vontade que todo mundo tem em ser famoso e a nossa capacidade de ser manipulado. Porque, sim, além do consumo de drogas e aparição de artistas, rola muita manipulação neste livro.


A acidez (e sinceridade, em certos casos) presente nos comentários de Derek e Manon durante o livro criam quotes em potencial a cada parágrafo. Ambos muito bem estruturados e criados pela autora. E, observando os personagens principais, podemos notar uma construção com diferenças e evolução ao decorrer do livro. Existe as mudanças de personalidade de Manon, que ocorrem por três vezes na história e que me foram muito convincentes, tendo em vista as coisas pela qual a garota passou. E, Derek, por si só já sendo um fantástico personagem, que me provocou aquela velha sensação de amor e ódio durante a leitura, tem sim as mudanças de visão, embora vá até o final com o que prometeu a si mesmo, ela demonstra mais humanidade à medida que o livro vai terminando. Coberto de crítica social,  eu acabei por adquirir um novo olhar acerca das coisas que Lolita põe em foco neste livro. 

O desfecho é incrível, surpreendente, um pouco imaginativo demais, confesso, mas que faz todo um conjunto à toda a grandeza genial e um pouco doentia presente neste livro. Ele tem vários momentos bons, poucos ruins, não me deixou entediado por um momento e foi uma boa companhia quando este tédio me atingia. Muito bem construído, bem escrito, fora dos padrões. Como uma verdadeira bad girl a autora escreve de uma forma que mostra o quão sem rumo é a mente dos personagens, ao mesmo tempo em que desde o começo sabe onde quer chegar. É coeso e ao mesmo tempo lhe falta coesão, é uma antítese dele próprio, pois mostra o quão mortal pode ser a busca pelo sonho de ser famoso e o quanto, apesar de sabermos sobre as consequências, todos nós desejamos isso. É fantástico e merece ser lido por você que está lendo esta resenha. O primeiro favorito do ano, favorito da vida e confesso que vai ser bem difícil desse posto lhe ser tirado. Que venham os outros e que venham mais livros dessa autora que já admiro totalmente.

Editora: Intrínseca
Autora: Lolita Pille
Série: Livro Único
Título original: Bubble Gum
Páginas: 272
5 de 5 + <3

10.1.14

Resenha: Cítrico - Simone O. Marques (Sabores do Sangue #2)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXO-rlbGeQWa_doZVFeYz6m9kMOyuDU_RmEgKup8we6eBRu5O5WdbK2D5Ym-UKI6XMZtC1qnyavZHIQlxiaMd84AtJKhTp_C86hEatsMPY_nTymzOlrm-ppm6FtJt42zs3frmml4AzqWRy/s300/citrico%252B-%252Bweb%252B-%252Bsom%252B%2525281%252529.jpgDepois de 3 demorados anos, o segundo livro da série Sabores de Sangue, foi lançado. E, alguns meses depois do lançamento, eu finalmente consegui chegar a ler a continuação de Agridoce. Eu fiz uma resenha para o primeiro livro mas, gente, foi em 2010, no comecinho do blog. Então tanto o meu gosto, capacidade de análise e eloquência eram um pouco deficientes naquela época. Por isso, não vou linkar a resenha no post, como sempre faço. Mas se quiser se arriscar e ler a minha resenha, que agora classifico como bem confusa (até mesmo pra mim), é só pesquisar no arquivo do blog. Quando digo que a resenha ficou confusa até mesmo pra mim foi porque eu fui lê-la afim de refrescar a minha memória a respeito de um livro que eu tinha lido há 3 anos atrás e não achei nada útil ou que me desse um insight com o enredo do livro anterior.

E, preciso confessar. No início, foi bem difícil. Cítrico começa muito pouco tempo depois do final de Agridoce, então a autora quase não se preocupa em lembrar do leitor do que houvera nas cenas finais do primeiro volume. Com Anya na casa de seu tutor, ainda adaptando-se ao fato de ser portadora da doença do sangue (vulgo vampira), nós descobrimos pelos diversos pontos de vista adotados durante a leitura, muitas coisas acerca da diferente mitologia criada por Simone O. Marques. Confesso que os primeiros capítulos de Cítrico foram bem maçantes pra mim. Não sei se foi porque eu ficava parando toda hora para lembrar quem era o personagem e pra que ele servia na história ou porque os primeiros capítulos estão em sua maioria isentos de alguma ação ou acontecimento contribuinte para a evolução do enredo. 

Porém, passados os primeiros capítulos. Já um pouco familiarizado com a história, achei bastante interessante o fato de ela colocar nesse livro informações explicando todos os três lados que são afetados pelo Despertar. E, mesmo que eu tenha sentido falta de alguma ação, Simone conseguiu me entreter apenas com essa forma de nos mostrar o que queremos ver, apresentando um novo personagem e ao mesmo tempo explicando sobre o que ele é. Com o devido esclarecimento, a metade do livro se concentra em estabelecer o conflito e criar ação. E, posso dizer, só essa parte já vale pelo livro inteiro. As coisas mudam de figura bem rápido, o cenário muda e o que até então permanecia intocado, passa a se cruzar.

Já posso adiantar que meu personagem favorito deste livro é Dante. Gente, eu amo uma paixão proibida e essa que foi criada no livro... Meu Deus! É simplesmente uma coisa de outro mundo que eu nunca imaginaria no primeiro livro e me pegou totalmente de surpresa no segundo. Não vou revelar porque ele faz parte daquela virada do meado do livro. Torço muito para que dê certo. Anya me passou uma espécie de amor e ódio. Mais ódio do que amor. Ela chora muito. Eu não estou brincando! Ela leva um susto e pá chorou. Alguém fala algo pra ela e pá chorou de novo. Mesmo que ela seja toda a representação da garota frágil e superprotegida que viu a vida virar de ponta a cabeça, essa coisa de chorar o tempo todo ficou repetitivo e um pouco forçado. E acho que esqueci de falar que Anya atrai quase todos os personagens do sexo masculino deste livro, isso meio que faz parte de um poder que ela tem e tudo mais. Isso não me incomodou, só queria fazer essa observação mesmo, haha. Daniel é legal, mas... Ele acabou por virar um segundo Ivan, chato de galocha.

O fato de Anya poder atrair todos os homens a todo tempo foi um grande trunfo da autora. Porque, depois de ver que até com as pessoas erradas ela é capaz de criar algum efeito de atração, a ideia do casal romântico principal fica meio que incerta na cabeça do leitor e gostaria muito de saber o que Simone tem em mente para os próximos livros, porque realmente não faço ideia. A gente tem meio que uma segunda vilania estabelecida então acho que posso prever muito sofrimento para Anya nos próximos livros. Sim, "nos próximos". Tive uma surpresa quando soube que teria mais livros na série, jurava que fosse uma trilogia. Espero que a autora tenha história útil até lá, tenho algumas expectativas e espero que ela as supere, assim como fez com Cítrico. Não fosse a deficiência, embora necessária, nas primeiras páginas, esse livro ganharia cinco estrelas facilmente. Porque tem uma boa história, uma mitologia fascinante, uma escrita muito fácil e ao mesmo tempo bem rica e personagens muito apaixonantes. Mas deixo aqui a minha recomendação pra esse que é um dos melhores livros que li da nova cena nacional e uma das séries favoritas de vampiros. Esse é um daqueles que você precisa ler! :)

Editora: Literata
Autora: Simone O. Marques
Série: Sabores do Sangue - Livro Dois
Título original: Cítrico
Páginas: 290
  4 de 5

8.1.14

Maratona Literária 2.0

Oi, pessoal! Voltei agora para anunciar minha participação na Maratona Literária! Uma maratona para blogueiros/leitores que tem o intuito de diminuir o tempo ocioso nas férias e a leitura de livros que já estão na sua estante faz tempo e você nunca se deu ao trabalho de lê-los. A maratona acontecerá do dia 13 a 19 de janeiro, ou seja, são 7 dias para cumprir uma meta estipulada por você mesmo! Mais informações, você encontra no site Café com blá blá blá, inclusive de como se inscrever. Eu já estabeleci a minha meta de leituras e pretendo ler 100 páginas por dia :)


Meus livros escolhidos foram Perfeitas (Pretty Little Liars (#3), A Seleção e As Bruxas de Oxford. Será que vou conseguir?!

7.1.14

Resenha: Cidade das Almas Perdidas - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais #5)

http://www.babidewet.com/wp-content/uploads/2013/12/cidade-das-almas-perdidas.jpgAtenção: Esta resenha contém spoilers dos livros anteriores 
 
E aqui estamos. O penúltimo livro da saga d'Os Instrumentos Mortais. Dando continuidade ao que tinha sido formado no volume anterior, Cidade das Almas Perdidas traz os personagens buscando resolver a situação (bem complicada, diga-se de passagem) criada. Se em Anjos Caídos, Cassandra Clare trouxe a mim um misto de sensações e surpresas com um enredo non-stop, que lembra muito o de Cidade dos Ossos, porém mais maduramente elaborado do que este, em Almas Perdidas, ela dá uma freada no ritmo. Ao invés de trazer mistérios e respostas como no anterior, ela resolve mostrar os personagens tentando concluir sua difícil missão de encontrar Jace e achar uma forma de erradicar Sebastian sem levar o Caçador de Sombras junto.

O fato é que, sempre deixo um parágrafo inteiro para a sinopse e, desta vez, não pude, afinal em apenas uma frase pude definir o livro inteiro. Claro que há acontecimentos durante os capítulos, com enfoques em tramas menores, mas o material realmente importante para a série, resume-se apenas a isso. Não vou negar, o começo e o meio do livro foram um pouco maçantes, principalmente por conta da trama de Clary. Eu não conseguia continuar lendo o livro tendo que ver suas atitudes burras e precipitadas. Certo que se não fossem essas atitudes inconsequentes, a série não teria andamento, mas a Clary me irritou muito neste livro. Muito mesmo. A única coisa que me ajudou a continuar foram as tramas paralelas. 
 
Muitas das vezes, as histórias de Simon, Alec e até mesmo Jordan e Maia se mostravam mais interessantes do que o acontecimento principal. Mesmo que contenha um enredo defeituoso já característico dos "meios de trilogia" da Cassandra Clare, os últimos capítulos deste livro, assim como foram os de Cidade das Cinzas e dos demais, me tiraram completamente o fôlego. Em um aumento de ritmo que não te deixa assustado, afinal, é por isso que você espera durante toda as partes entediantes, dado o histórico da autora, ela mostra grandes revelações e uma habilidade de criar destinos cruéis e muitas incertezas para os seus personagens favoritos. 
 
Ao término da leitura, algumas pontas soltas já se encaixaram na minha cabeça e já imagino algo (muito pouco) do que irá acontecer em City of Heavenly Fire (Cidade do Fogo Celestial, espero). Cidade das Almas Perdidas é um livro que demora a engrenar, mas quando vem é simplesmente impossível de largar, contém muitos dos meus ingredientes favoritos da série, inclusive a sua mitologia muito peculiar e interessante, poderia ter sido encurtado de alguma forma, mas se mostra extremamente importante para o andamento da história e traz a impressão de que Cassandra Clare guardou suas melhores ideias pro final. Esteve recolhendo tudo para nos dar algo que já posso prever, até mesmo pelo que os próprios personagens dizem, será algo bem grande. O desfecho super digno que a série merecia desde o final de Cidade de Vidro. Então é isso, essa é minha resenha acalorada, ansiosa e um pouco confusa de Cidade das Almas Perdidas. E já posso adiantar, me encontro super ansioso para maio (embora dificilmente o livro venha sair no Brasil no mesmo mês que lá fora). Não importa quando, que chegue logo \o/

Editora: Galera Record
Autora: Cassandra Clare
Série: Os Instrumentos Mortais - Livro Cinco
Título original: City of Lost Souls
Páginas: 430
  4 de 5
 

5.1.14

Matangi!

 
Nunca tinha ouvido M.I.A antes ou, pelo menos, me dado ao trabalho de associar alguma das músicas dela que já tinha ouvido até então. Mas em 2013, minha amiga me apresentou ela e fui ouvir com mais calma. O resultado: Acabei me apaixonando perdidamente pelo trabalho de M.I.A, se antes apenas apreciava o som de Bad Girls, agora sua sonoridade característica já me encanta profundamente e me encontro completamente aficionado por essa cantora/rapper de músicas estranhas cheia de referências alternativas, que trouxe o underground ao mainstream, mesmo que involuntariamente. Matangi, o primeiro trabalho de M.I.A que eu ouvi por inteiro, o primeiro até agora, espero. Traz um apanhado de canções diferentes porém semelhantes entre si, já fazendo referências ao próprio trabalho, M.I.A, todas com seus instrumentais divergentes do que se costuma ouvir por aí na cena eletrônica que tanto faz sucesso. E, o que mais me encanta no Matangi e na carreira da M.I.A em geral é que ela é uma personalidade sem temores. Suas letras estão sempre com algum típico de crítica e, quase sempre, comentários ácidas acerca de algo. Em "Boom Skit", uma faixa do álbum, ela se dispõe a dissertar sobre todo o ocorrido com Madonna e o seu dedo do meio no SuperBowl em 2012, além de críticas que ela ouve sobre o seu som e sua personalidade. O maior desabafo do álbum e, mesmo sendo uma faixa curta, se mostra uma das melhores!


Agora, indo um pouco mais afundo nas canções. Bad Girls foi a primeira do Matangi que eu ouvi, porque meio que foi um hit em 2012, logo de início me interessei muito pela música, porque ela era muito diferente. Estaria M.I.A se referindo a ela mesma na letra de Bad Girls? De qualquer forma, a música é genial e uma das melhores do Matangi. A faixa-título soa super estranha quando ouvida pela primeira vez, mas os "Matangiiii" sendo pronunciados ficam na cabeça depois de um tempo. Only 1 U se complementa com a faixa-título e é uma das minhas favoritas, juntamente com Sexodus/ Exodus que são a mesma música, com versos diferentes e aTENTion, que brinca com a palavra durante toda a canção. Agora, precisamos falar sobre duas verdadeiras obras-primas que são, de longe, as melhores (à primeira ouvida, porque, depois de um tempo, simplesmente não consigo definir nenhuma como a minha preferida) Double Bubble Trouble, que tem reggae e uma viradinha super dançante, SUPER DANÇANTE MESMO! E Y.A.L.A é aquela música matadora, onde tudo é perfeito, o instrumental, a letra, a força crítica. Super inspirada! Bring the Noize é pra se jogar e dançar mesmo, é bem "revisitação" da própria M.I.A para ela mesma. Gente, as outras eu não citei porque essa resenha ficaria grande demais, mas as amo igualmente. Resumindo, Matangi é um álbum must-listen pra todo mundo, gostando ou não de rap, de alternativa ou da própria M.I.A, porque eu tinha muitos preconceitos contra ela e consegui superá-los depois de ouvir o álbum. Então talvez você possa também. Então, faça o favor, e VÁ ESCUTAR!


http://bobagenselivros.blogspot.com.br/search/label/Matheus%20Goulart

3.1.14

E, com vocês, 2014!


Oi, pessoal! Iniciando mais um ano aqui no Bobagens & Livros. Desta vez, com mais mudanças do que nunca :) Pelo que vocês podem ver, nós temos uma colaboradora, Paula Freitas, que irá estar resenhando filmes e falando sobre outras coisas mais. Um novo visual lindíssimo, que irá ser a cara da temporada 2014 do blog, que trará mais postagens, mais simplicidade e opinião! E, claro, esperamos que vocês nos presenteiem com as suas, estaremos mais ativos nos comentários, sempre iniciando uma boa discussão. Então é isso, espero que gostem de tudo o que vier por aqui este ano e que continuem com a gente! Vamos fazer deste ano, o melhor!

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2.1.14

Resenha de filme: Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994)



Acho que todos no mundo que conheçam o mínimo de cinema já ouviu qualquer coisa mínima sobre Tarantino, ou já ouviu apenas o nome desse roteirista, diretor e ator que criou um dos filmes mais divertidos que já pude assistir.

  

E esse filme é: Pulp Fiction ou Pulp Fiction – Tempo de Violência, como é chamado aqui no Brasil, um filme de 1994, escrito e produzido por Quentin Tarantino, é reconhecido como uma de suas maiores e melhores obras, que já foi merecidamente ganhador de alguns prêmios. O filme se passa no lado violento de Los Angeles, em uma forma não cronológica que aborda três contos que se complementam ao longo do filme em uma única história. Não espere que Pulp Fiction seja um filme chocante com um grande clímax ou uma lição de moral que levará pra toda vida, pois Pulp Fiction é apenas um conto – um ótimo, longo, engraçado conto e não levará nada dele a não ser a diversão do diálogo de seus personagens e seus personagens.

 

Sem qualquer cronologia o filme inicialmente se passa em um restaurante qualquer de Los Angeles que tem como clientes naquele momento, Pumpkin (Tim Roth) e Honey Bunny (Amanda Plummer) que decidem fazer um assalto de última hora no local, interrompidos pela musica tema do filme, de Dick Dale (ouça aqui) e os nomes dos atores aparecendo aos poucos na nossa telona, fazendo uma leve pausa, a história prossegue no segundo conto que aborda um serviço sendo realizado por assassinos profissionais, Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), um serviço que foi mandado por seu chefe, o mega gângster Marsellus Wallace (Ving Rhames) que é casado com a bela e polêmica Mia Wallace (Uma Thurman). O terceiro conto se inicia em um encontro do boxeador Butch Coolidge (Bruce Willis) com Marsellus, onde entram em um acordo sobre a próxima luta do boxeador.
 

Após todos esses cortes com sequencias que não faziam o menor sentido, queria desligar a televisão e desistir, mas isso não passou de uma breve vontade quando os contos começaram a se encaixar me
fazendo vibrar e rir aqui no sofá.
 
Os contos se entrelaçaram de uma forma interessante, de certa forma esperada, o que leva a um final simples e com muita ação – que considero a minha segunda parte preferida do filme, assista e veja se é a sua também! Mergulhe nesse mundo de drama, ação e sem ordem que Tarantino proporciona em Pulp Fiction, e divirta-se sem pensar em nenhuma questão moralista ou política preocupante a te orientar ao certo, pois certamente ele não pensou nisso quando escreveu esse roteiro incrível.
  Assista ao trailer!

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