22.1.14

Conká e sua Batuk Freak


Em minhas andanças descobrindo músicas por aí, cheguei até Karol Conká, a qual já tinha ouvido falar sobre algumas vezes. Agora interessado em ouvir seu som, coloquei para ouvir o seu primeiro álbum Batuk Freak, sem a mínima ideia do que ela era, do que ela fazia e acabei levando uma bela de uma surpresa. O seu disco é simplesmente absurdo de bom! Com uma levada de rap e a batucada que dá o título do álbum, Karol brinca com rimas muito bem feitas e samples diversos. Desde uma festa até preconceito e discursos de auto-aceitação, as músicas têm uma variedade de enfoques. Porém, todas soam muito bem, concisas e bem produzidas. Corre, corre erê é a primeira e já traz a batucada, os samples e a influência do candomblé. É bem pegajosa e ótima pra dançar. Gueto ao Luxo, Gandaia e Vô Lá se juntam à vertente mais dançante e festeira do álbum. Você não vai contém uma letra toda cheia de verdades, assim como Bate a Poeira que é um dos destaques do Batuk. A parceria com Rincon Sapiência traz toques de reggae e berimbal, uma das músicas mais diferentes e bem produzidas que já ouvi. Mundo Loco é barulhenta, mas é boa. Que Delícia literalmente é deliciosa e bem calminha. Olhe-se assume a vertente trap com muitas referências internacionais e a participação do rapper Tuty e os já familiares samples. Boa Noite é uma das músicas mais pegajosas e ótimas do álbum. "Ouça esse som bem alto e se emocione" fica na cabeça, assim como o refrão "Boa noite meu senhor e senhora", o flow de Karol não decepciona, combina perfeitamente com o ritmo e as batidas cheias de personalidade da música. Da vontade de ficar ouvindo a noite inteira! Caxambu é toda favelística, barulhenta, melódica e tem sample de funk, contagiante e com a influência candomblé. Karol foi a artista que me conquistou totalmente nos últimos tempos. Com músicas marcantes, bem produzidas que me faz questionar o motivo de ela não estar estourando na rádio no lugar de alguns artistas por aí. Mas enfim, gosto não se discute, né? As músicas barulhentas e a pegada underground da Conká me lembram muito a rapper M.I.A e ela é meio que a nossa M.I.A brasileira, pra mim. Sem dúvida, vou continuar acompanhando seu trabalho. E indico demais o álbum, um dos trabalhos mais notáveis do rap brasileiro dos últimos tempos!

5 de 5

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